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Cuba condena 12 por corrupção, e três são ex-vice-ministros

O julgamento é parte da ofensiva contra a corrupção anunciada pelo presidente Raúl Castro desde que assumiu o poder, em 2006

Imagem da fábrica Pedro Soto Alba, em Moa, Cuba, da estatal Cubaníquel: os 12 funcionários foram condenados por cometer crimes associados à expansão da fábrica Pedro Soto Alba (©AFP / Str)
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Da Redação

Publicado em 21 de agosto de 2012 às 20h20.

Havana - Um tribunal cubano condenou à prisão por corrupção 12 diretores da empresa estatal Cubaníquel, incluindo três ex-vice-ministros, no âmbito de uma operação do presidente Raúl Castro, informou nesta terça-feira o jornal oficial Granma.

Os 12 funcionários foram condenados por "cometer crimes associados à corrupção durante o processo de negociação, contratação e execução do projeto de expansão da fábrica Pedro Soto Alba, em Moa (leste), para a extração, refino e comercialização de níquel e cobalto", afirma o Granma.

O julgamento é parte da ofensiva contra a corrupção anunciada pelo presidente Raúl Castro desde que assumiu o poder, em 2006, em substituição ao irmão Fidel Castro, no único país comunista do Ocidente.

O níquel é o principal produto de exportação cubano e a usina de Moa, na província oriental de Holguín, é parte de uma empresa mista entre o Estado cubano e a companhia canadense Sherritt International.

Há quase dois anos, a então ministra da Indústria Básica, Yadira García, havia sido destituída por "deficiências" no controle dos investimentos e do processo produtivo, mas até agora não tinham sido divulgadas informações sobre autoridades deste setor investigadas ou detidas.

"Devido à gravidade dos fatos e as suas nocivas consequências em uma das atividades estratégicas para a economia do país", o tribunal provincial de Holguín (leste) condenou os 12 funcionários, entre eles o ex-vice-ministro Alfredo Zayas (2004-2007), diretor executivo da empresa, condenado a 12 anos de prisão, a sentença mais longa.

O ex-vice-ministro Ricardo González (2001-2004 e 2007-2010), membro da direção da empresa e presidente do comitê de direção do projeto, foi condenado a 10 anos de prisão, afirmou o jornal.

Já o ex-vice-ministro Antonio de los Reyes (1980-1999), membro do comitê de direção do projeto, foi condenado a oito anos.

Os outros nove condenados, que tinham diferentes cargos na empresa, receberam penas de quatro a sete anos de prisão.

Os doze condenados, assim como a promotoria, podem apelar ao Supremo Tribunal cubano.

A ampliação da usina buscava elevar a produção de 30.000 para 49.000 toneladas ao ano. Em 2005, na presença de Fidel Castro, foi assinado um convênio entre Cuba e a Sherritt para este projeto, com um investimento de 450 milhões de dólares em partes iguais.

Segundo números oficiais, as vendas de níquel forneceram 1,1 bilhão de dólares em 2010 à ilha, que possui reservas de 800 milhões de toneladas. Cuba exporta cerca de 75 mil toneladas anuais do metal.

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Havana - Um tribunal cubano condenou à prisão por corrupção 12 diretores da empresa estatal Cubaníquel, incluindo três ex-vice-ministros, no âmbito de uma operação do presidente Raúl Castro, informou nesta terça-feira o jornal oficial Granma.

Os 12 funcionários foram condenados por "cometer crimes associados à corrupção durante o processo de negociação, contratação e execução do projeto de expansão da fábrica Pedro Soto Alba, em Moa (leste), para a extração, refino e comercialização de níquel e cobalto", afirma o Granma.

O julgamento é parte da ofensiva contra a corrupção anunciada pelo presidente Raúl Castro desde que assumiu o poder, em 2006, em substituição ao irmão Fidel Castro, no único país comunista do Ocidente.

O níquel é o principal produto de exportação cubano e a usina de Moa, na província oriental de Holguín, é parte de uma empresa mista entre o Estado cubano e a companhia canadense Sherritt International.

Há quase dois anos, a então ministra da Indústria Básica, Yadira García, havia sido destituída por "deficiências" no controle dos investimentos e do processo produtivo, mas até agora não tinham sido divulgadas informações sobre autoridades deste setor investigadas ou detidas.

"Devido à gravidade dos fatos e as suas nocivas consequências em uma das atividades estratégicas para a economia do país", o tribunal provincial de Holguín (leste) condenou os 12 funcionários, entre eles o ex-vice-ministro Alfredo Zayas (2004-2007), diretor executivo da empresa, condenado a 12 anos de prisão, a sentença mais longa.

O ex-vice-ministro Ricardo González (2001-2004 e 2007-2010), membro da direção da empresa e presidente do comitê de direção do projeto, foi condenado a 10 anos de prisão, afirmou o jornal.

Já o ex-vice-ministro Antonio de los Reyes (1980-1999), membro do comitê de direção do projeto, foi condenado a oito anos.

Os outros nove condenados, que tinham diferentes cargos na empresa, receberam penas de quatro a sete anos de prisão.

Os doze condenados, assim como a promotoria, podem apelar ao Supremo Tribunal cubano.

A ampliação da usina buscava elevar a produção de 30.000 para 49.000 toneladas ao ano. Em 2005, na presença de Fidel Castro, foi assinado um convênio entre Cuba e a Sherritt para este projeto, com um investimento de 450 milhões de dólares em partes iguais.

Segundo números oficiais, as vendas de níquel forneceram 1,1 bilhão de dólares em 2010 à ilha, que possui reservas de 800 milhões de toneladas. Cuba exporta cerca de 75 mil toneladas anuais do metal.

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