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Crise se agrava e gera incerteza econômica na Tailândia

Primeira-ministra Yingluck Shinawatra enfrenta crescentes protestos populares na capital a poucas semanas de uma eleição

Manifestantes antigovernistas: no domingo, milhares de manifestantes participaram de uma passeata em Bangcoc, num prelúdio aos protestos que começam em 13 de janeiro (Pornchai Kittiwongsakul/AFP)
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Da Redação

Publicado em 6 de janeiro de 2014 às 11h29.

Bangcoc - A Tailândia se encaminha para um confronto político na próxima semana, quando manifestantes de oposição prometem paralisar Bangcoc, agravando uma crise que divide a nação e deve afetar o crescimento econômico em 2014.

A primeira-ministra Yingluck Shinawatra enfrenta crescentes protestos populares na capital a poucas semanas de uma eleição, em 2 de fevereiro, na qual ela deve ser reeleita, graças ao apoio que desfruta entre tailandeses pobres, especialmente no norte e nordeste do país. A dúvida, porém, é se haverá condições para a realização do pleito.

No domingo, milhares de manifestantes participaram de uma passeata em Bangcoc, num prelúdio aos protestos que começam em 13 de janeiro, quando a oposição planeja impedir o acesso a órgãos públicos e ocupar cruzamentos viários importantes durante dias, na esperança de assim pressionar Yingluck a cancelar a eleição extraordinária.

Os manifestantes acusam Yingluck de ser um fantoche de seu irmão, o bilionário ex-premiê populista Thaksin Shinawatra, que vive voluntariamente exilado desde que foi derrubado por um golpe de Estado, em 2006.

A oposição exige que a primeira-ministra renuncie e ceda lugar a um "conselho popular" não eletivo, que durante um ano implantaria uma vaga plataforma de reformas antes de convocar uma eleição.

Também na segunda-feira, o ministro do Comércio, Niwattumrong Boonsongpaisan, disse que o crescimento do PIB de 2014 deve ficar em apenas 3 a 3,5 por cento – uma estimativa anterior era de 4 a 5 por cento– casos os protestos continuem, especialmente porque eles podem adiar gastos públicos de 65 bilhões de dólares em infraestrutura.


A incerteza econômica tende a abalar os mercados. O baht voltou a registrar na segunda-feira sua menor cotação em quatro anos frente ao dólar, e o índice de referência da Bolsa local caiu ao seu menor nível desde agosto de 2012 durante o começo do pregão, mas acabou fechando com alta de 0,5 por cento, por causa de algumas aquisições vultosas no final da sessão.

Desde o começo de novembro, quando a crise começou, o índice já encolheu mais de 15 por cento.

Yingluck se recusa a cancelar a eleição, dizendo que isso seria inconstitucional, e na segunda-feira ela fez um apelo aos manifestantes para que pensem na economia.

"Peço aos manifestantes que não fechem os órgãos públicos em 13 de janeiro", disse ela a jornalistas. "Muitos países já indicaram que estão preocupados de que, se os protestos não terminarem, a Tailândia será afetada de muitas maneiras, particularmente em termos de economia."

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Bangcoc - A Tailândia se encaminha para um confronto político na próxima semana, quando manifestantes de oposição prometem paralisar Bangcoc, agravando uma crise que divide a nação e deve afetar o crescimento econômico em 2014.

A primeira-ministra Yingluck Shinawatra enfrenta crescentes protestos populares na capital a poucas semanas de uma eleição, em 2 de fevereiro, na qual ela deve ser reeleita, graças ao apoio que desfruta entre tailandeses pobres, especialmente no norte e nordeste do país. A dúvida, porém, é se haverá condições para a realização do pleito.

No domingo, milhares de manifestantes participaram de uma passeata em Bangcoc, num prelúdio aos protestos que começam em 13 de janeiro, quando a oposição planeja impedir o acesso a órgãos públicos e ocupar cruzamentos viários importantes durante dias, na esperança de assim pressionar Yingluck a cancelar a eleição extraordinária.

Os manifestantes acusam Yingluck de ser um fantoche de seu irmão, o bilionário ex-premiê populista Thaksin Shinawatra, que vive voluntariamente exilado desde que foi derrubado por um golpe de Estado, em 2006.

A oposição exige que a primeira-ministra renuncie e ceda lugar a um "conselho popular" não eletivo, que durante um ano implantaria uma vaga plataforma de reformas antes de convocar uma eleição.

Também na segunda-feira, o ministro do Comércio, Niwattumrong Boonsongpaisan, disse que o crescimento do PIB de 2014 deve ficar em apenas 3 a 3,5 por cento – uma estimativa anterior era de 4 a 5 por cento– casos os protestos continuem, especialmente porque eles podem adiar gastos públicos de 65 bilhões de dólares em infraestrutura.


A incerteza econômica tende a abalar os mercados. O baht voltou a registrar na segunda-feira sua menor cotação em quatro anos frente ao dólar, e o índice de referência da Bolsa local caiu ao seu menor nível desde agosto de 2012 durante o começo do pregão, mas acabou fechando com alta de 0,5 por cento, por causa de algumas aquisições vultosas no final da sessão.

Desde o começo de novembro, quando a crise começou, o índice já encolheu mais de 15 por cento.

Yingluck se recusa a cancelar a eleição, dizendo que isso seria inconstitucional, e na segunda-feira ela fez um apelo aos manifestantes para que pensem na economia.

"Peço aos manifestantes que não fechem os órgãos públicos em 13 de janeiro", disse ela a jornalistas. "Muitos países já indicaram que estão preocupados de que, se os protestos não terminarem, a Tailândia será afetada de muitas maneiras, particularmente em termos de economia."

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