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Criador do BRIC está impressionado com novo Lula do México

O’Neill se diz impressionado com as profundas reformas do país liderado pelo presidente Enrique Peña Nieto

Peña Nieto: presidente apresentou pelo menos dez emendas constitucionais no seu primeiro ano no cargo (Bloomberg)
DR

Da Redação

Publicado em 18 de dezembro de 2013 às 19h23.

Cidade do México - Jim O’Neill tem acompanhado as iniciativas de reforma em vários países do mundo durante seus 33 anos de carreira em Wall Street. Apenas poucos deles, disse ele, conseguiram mais do que o México neste ano.

“Eu não conheço muitos países que tenham passado por um período de reformas tão profundas”, disse O’Neill, que cunhou o termo BRICs enquanto trabalhava como um dos principais economistas do Goldman Sachs Group Inc. em 2001, prevendo corretamente uma explosão de crescimento para o Brasil, a Rússia, a Índia e a China. “Os mercados estão começando a dar realmente certa credibilidade ao México só agora, quando a reforma energética começou a avançar”.

O presidente Enrique Peña Nieto apresentou pelo menos dez emendas constitucionais no seu primeiro ano no cargo, incluindo medidas para abrir o setor de petróleo do México aos investimentos privados pela primeira vez em 75 anos. Peña Nieto promulgará ainda nesta semana as novas leis de exploração, que visam atrair gigantes do petróleo como a Exxon Mobil Corp. e a Chevron Corp., depois que a maioria dos estados ratificou as mudanças adotadas pelo Congresso nacional.

O’Neill estima que as reformas impulsionarão o crescimento no longo prazo do México de 3 por cento atual para 5 por cento, ajudando a acionar um rali de títulos que ultrapassará os ganhos em outros mercados emergentes no ano que vem. O Barclays Plc prevê que as reformas estimularão a demanda dos investidores pelos bônus nas próximas semanas e que os yields sobre os valores de prazos maiores cairão aproximadamente 0,25 ponto porcentual até o final do ano.

Agenda de reformas

Peña Nieto, 47, não perdeu tempo em impulsionar sua agenda assim que assumiu a presidência há um ano. No seu segundo dia no cargo, ele assinou um pacto com os dois maiores partidos da oposição para buscar propostas legislativas para estimular o crescimento econômico.


A agenda de reforma foi elogiada por Bill Gross, da Pacific Investment Management Co., pelo presidente da BlackRock Inc., Laurence D. Fink, e pelo ex-secretário do Tesouro americano Lawrence Summers. O’Neill diz que as vitórias legislativas posicionam Peña Nieto para ser o mais bem-sucedido decisor político do G20 da década, título concedido por ele ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva na década passada.

As mudanças implementadas por Peña Nieto incluem obrigar os professores a passarem por avaliações anuais e reduzir o poder das empresas de telecomunicação dominantes, como a América Móvil SAB do bilionário Carlos Slim. Ele também assinou medidas para incentivar os bancos a fazerem mais empréstimos e criou impostos sobre alimentos para cães, refrigerantes e lanches de conteúdo calórico alto, em uma tentativa de reduzir a dependência do governo em relação à receita do petróleo.

Economia informal

O’Neill, 56, saiu do Goldman Sachs em abril e agora tem uma coluna no Bloomberg View, o site de opinião da Bloomberg LP. Ele disse que um dos maiores desafios do México é a alta porcentagem da população com empregos sem carteira assinada. Cerca de 60 por cento dos trabalhadores não está registrado, segundo o instituto nacional de estatística.

O aumento dos salários na China tornará o México mais competitivo como centro de produção industrial, ajudando a impulsionar o crescimento econômico, disse O’Neill.

Se a administração de Peña Nieto “realmente persuadir os investidores sobre sua seriedade e continuar com o programa de reformas, então muitas pessoas vão querer investir no México”, disse O’Neill.

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Cidade do México - Jim O’Neill tem acompanhado as iniciativas de reforma em vários países do mundo durante seus 33 anos de carreira em Wall Street. Apenas poucos deles, disse ele, conseguiram mais do que o México neste ano.

“Eu não conheço muitos países que tenham passado por um período de reformas tão profundas”, disse O’Neill, que cunhou o termo BRICs enquanto trabalhava como um dos principais economistas do Goldman Sachs Group Inc. em 2001, prevendo corretamente uma explosão de crescimento para o Brasil, a Rússia, a Índia e a China. “Os mercados estão começando a dar realmente certa credibilidade ao México só agora, quando a reforma energética começou a avançar”.

O presidente Enrique Peña Nieto apresentou pelo menos dez emendas constitucionais no seu primeiro ano no cargo, incluindo medidas para abrir o setor de petróleo do México aos investimentos privados pela primeira vez em 75 anos. Peña Nieto promulgará ainda nesta semana as novas leis de exploração, que visam atrair gigantes do petróleo como a Exxon Mobil Corp. e a Chevron Corp., depois que a maioria dos estados ratificou as mudanças adotadas pelo Congresso nacional.

O’Neill estima que as reformas impulsionarão o crescimento no longo prazo do México de 3 por cento atual para 5 por cento, ajudando a acionar um rali de títulos que ultrapassará os ganhos em outros mercados emergentes no ano que vem. O Barclays Plc prevê que as reformas estimularão a demanda dos investidores pelos bônus nas próximas semanas e que os yields sobre os valores de prazos maiores cairão aproximadamente 0,25 ponto porcentual até o final do ano.

Agenda de reformas

Peña Nieto, 47, não perdeu tempo em impulsionar sua agenda assim que assumiu a presidência há um ano. No seu segundo dia no cargo, ele assinou um pacto com os dois maiores partidos da oposição para buscar propostas legislativas para estimular o crescimento econômico.


A agenda de reforma foi elogiada por Bill Gross, da Pacific Investment Management Co., pelo presidente da BlackRock Inc., Laurence D. Fink, e pelo ex-secretário do Tesouro americano Lawrence Summers. O’Neill diz que as vitórias legislativas posicionam Peña Nieto para ser o mais bem-sucedido decisor político do G20 da década, título concedido por ele ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva na década passada.

As mudanças implementadas por Peña Nieto incluem obrigar os professores a passarem por avaliações anuais e reduzir o poder das empresas de telecomunicação dominantes, como a América Móvil SAB do bilionário Carlos Slim. Ele também assinou medidas para incentivar os bancos a fazerem mais empréstimos e criou impostos sobre alimentos para cães, refrigerantes e lanches de conteúdo calórico alto, em uma tentativa de reduzir a dependência do governo em relação à receita do petróleo.

Economia informal

O’Neill, 56, saiu do Goldman Sachs em abril e agora tem uma coluna no Bloomberg View, o site de opinião da Bloomberg LP. Ele disse que um dos maiores desafios do México é a alta porcentagem da população com empregos sem carteira assinada. Cerca de 60 por cento dos trabalhadores não está registrado, segundo o instituto nacional de estatística.

O aumento dos salários na China tornará o México mais competitivo como centro de produção industrial, ajudando a impulsionar o crescimento econômico, disse O’Neill.

Se a administração de Peña Nieto “realmente persuadir os investidores sobre sua seriedade e continuar com o programa de reformas, então muitas pessoas vão querer investir no México”, disse O’Neill.

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