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Obama planeja viagem histórica a Cuba nas próximas semanas

A visita de Obama a Cuba será parte de uma viagem mais ampla que o presidente dos EUA fará pela América Latina no próximo mês

Presidentes Obama (EUA) e Castro (Cuba): a visita de Obama a Cuba será parte de uma viagem mais ampla que o presidente dos EUA fará pela América Latina no próximo mês (Reuters / Kevin Lamarque)
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Da Redação

Publicado em 18 de fevereiro de 2016 às 09h07.

Washington - O presidente dos EUA, Barack Obama , fará uma visita histórica a Cuba nas próximas semanas, de acordo com altos funcionários de sua administração, tornando-se o primeiro presidente norte-americano a colocar os pés na ilha em quase 90 anos.

A breve visita em meados de março marcará um momento decisivo para as relações entre os EUA e Cuba, uma nação comunista afastada dos EUA há mais de meio século até que Obama e o presidente de Cuba, Raúl Castro, se reaproximaram há mais de um ano.

Desde então, as embaixadas das nações foram reabertas em Washington e em Havana e o tráfego aéreo comercial foi restabelecido.

A visita de Obama a Cuba será parte de uma viagem mais ampla que o presidente dos EUA fará pela América Latina no próximo mês, disseram as autoridades, que pediram anonimato porque a viagem não foi anunciada oficialmente. A Casa Branca planeja anunciar a visita e dar mais detalhes na tarde desta quinta-feira.

Embora a visita de Obama a Cuba já era esperada em sua último ano como presidente, a notícia criou resistência de seus adversários, incluindo pré-candidatos republicanos à presidência.

O senador do Texas Ted Cruz, cujo pai fugiu para os EUA de Cuba na década de 1950, disse que Obama não deveria visitar o país enquanto a família Castro estiver no poder.

Já o senador da Flórida Marco Rubio, outro filho de imigrantes cubanos, criticou o presidente pela visita chamando Cuba de "ditadura comunista antiamericano".

"Hoje, um ano e dois meses após a abertura de Cuba, o governo cubano permanece tão opressivo como sempre", disse Rubio ao canal de televisão CNN.

Com menos de um ano para deixar o cargo, Obama tem se mostrado ansioso para fazer rápidos progressos para restaurar laços econômicos e diplomáticos e cimentar as relações que seu governo começou com Cuba. Na sequência de negociações secretas entre seus governos, Obama e Castro anunciaram no final de 2014 que suas relações começariam a ser normalizadas, e meses depois ocorreu a primeira reunião frente a frente entre um presidente norte-americano e um cubano desde 1958.

No entanto, Obama tem enfrentado a oposição, entre republicanos e até mesmo democratas, que luta contra o levantamento do embargo econômico dos EUA, afirmando que a revogação dessas sanções iria recompensar um governo e ainda se engajar em violações dos direitos humanos e aspirações democráticas sufocantes.

A republicana Ileana Ros-Lehtinen, republicana da Flórida nascida em Cuba, chamou a visita de "absolutamente vergonhosa".

"Por mais de 50 anos, os cubanos têm fugido do regime de Castro", disse Lehtinen, a mais antiga cubano-americana no Congresso. "O país que lhes concede refúgio - os Estados Unidos - decidiu agora literalmente abraçar os seus opressores", acrescentou.

Em dezembro, Obama afirmou em uma entrevista ao Yahoo News que se ele fosse visitar Cuba, antes ele teria que "falar com todo mundo". As autoridades não especificaram ainda o que levou a esta mudança nas últimas semanas.

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Washington - O presidente dos EUA, Barack Obama , fará uma visita histórica a Cuba nas próximas semanas, de acordo com altos funcionários de sua administração, tornando-se o primeiro presidente norte-americano a colocar os pés na ilha em quase 90 anos.

A breve visita em meados de março marcará um momento decisivo para as relações entre os EUA e Cuba, uma nação comunista afastada dos EUA há mais de meio século até que Obama e o presidente de Cuba, Raúl Castro, se reaproximaram há mais de um ano.

Desde então, as embaixadas das nações foram reabertas em Washington e em Havana e o tráfego aéreo comercial foi restabelecido.

A visita de Obama a Cuba será parte de uma viagem mais ampla que o presidente dos EUA fará pela América Latina no próximo mês, disseram as autoridades, que pediram anonimato porque a viagem não foi anunciada oficialmente. A Casa Branca planeja anunciar a visita e dar mais detalhes na tarde desta quinta-feira.

Embora a visita de Obama a Cuba já era esperada em sua último ano como presidente, a notícia criou resistência de seus adversários, incluindo pré-candidatos republicanos à presidência.

O senador do Texas Ted Cruz, cujo pai fugiu para os EUA de Cuba na década de 1950, disse que Obama não deveria visitar o país enquanto a família Castro estiver no poder.

Já o senador da Flórida Marco Rubio, outro filho de imigrantes cubanos, criticou o presidente pela visita chamando Cuba de "ditadura comunista antiamericano".

"Hoje, um ano e dois meses após a abertura de Cuba, o governo cubano permanece tão opressivo como sempre", disse Rubio ao canal de televisão CNN.

Com menos de um ano para deixar o cargo, Obama tem se mostrado ansioso para fazer rápidos progressos para restaurar laços econômicos e diplomáticos e cimentar as relações que seu governo começou com Cuba. Na sequência de negociações secretas entre seus governos, Obama e Castro anunciaram no final de 2014 que suas relações começariam a ser normalizadas, e meses depois ocorreu a primeira reunião frente a frente entre um presidente norte-americano e um cubano desde 1958.

No entanto, Obama tem enfrentado a oposição, entre republicanos e até mesmo democratas, que luta contra o levantamento do embargo econômico dos EUA, afirmando que a revogação dessas sanções iria recompensar um governo e ainda se engajar em violações dos direitos humanos e aspirações democráticas sufocantes.

A republicana Ileana Ros-Lehtinen, republicana da Flórida nascida em Cuba, chamou a visita de "absolutamente vergonhosa".

"Por mais de 50 anos, os cubanos têm fugido do regime de Castro", disse Lehtinen, a mais antiga cubano-americana no Congresso. "O país que lhes concede refúgio - os Estados Unidos - decidiu agora literalmente abraçar os seus opressores", acrescentou.

Em dezembro, Obama afirmou em uma entrevista ao Yahoo News que se ele fosse visitar Cuba, antes ele teria que "falar com todo mundo". As autoridades não especificaram ainda o que levou a esta mudança nas últimas semanas.

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