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Corpos de 15 refugiados são encontrados na Ucrânia

Autoridades ucranianas dizem ter encontrado 15 corpos de refugiados, supostamente assassinados pelos separatistas pró-russos

Tropas ucranianas em Lugansk: porta-voz dos rebeldes rejeitou acusações (Valentyn Ogirenko/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 19 de agosto de 2014 às 10h10.

Kiev - As autoridades ucranianas informaram nesta terça-feira ter encontrado 15 corpos de refugiados supostamente assassinados pelos separatistas pró-russos, segundo Kiev, quando tentavam abandonar a cidade de Lugansk, no leste da Ucrânia

"Achamos 15 corpos de civis", assegurou o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional e Defesa da Ucrânia (CSND), Andrei Lisenko, que no final da noite de ontem informava sobre dezenas de mortos como resultado do ataque dos rebeldes a uma coluna de refugiados.

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Segundo Lisenko, os trabalhos de resgate tiveram que ser suspensos pelos combates que há na zona entre as forças de Kiev e os rebeldes.

"Os terroristas tentam destruir as provas de seu delito. Bloquearam a zona onde foi destruída a coluna. E disparam para matar contra os carros de jornalistas e analistas militares das Forças Armadas da Ucrânia" que tratam de se aproximar do lugar, ressaltou o centro de imprensa das forças governamentais ucranianas.

O porta-voz do CSND explicou que os refugiados foram atacados na saída de Lugansk, em uma estrada que une esta cidade com um lance da fronteira russo-ucraniana em mãos dos separatistas.

"A coluna (de refugiados) foi aniquilada praticamente em sua totalidade. Aparentemente, os guerrilheiros esperavam essa coluna e desta maneira puderam atacar com tudo", disse Lisenko, que ressaltou que entre os falecidos "há muitas mulheres e crianças". Os adultos e as crianças iam, segundo Lisenko, separadamente em vários caminhões do exército que levavam bandeiras brancas e distintivos para indicar que transportavam a população civil.

O porta-voz dos rebeldes, Konstantin Knirik, rejeitou taxativamente as acusações de Kiev e as tachou de "grosseira propaganda".

"Certamente que ninguém disparou contra os refugiados. (...) Não há nenhuma prova documentada. As acusações não se sustentam com nada", assegurou Knirik.

Lugansk, sitiada há semanas pelas forças governamentais e palco dos mais sangrentos combates entre os dois grupos, "está à beira da sobrevivência", adverte em comunicado a assembleia municipal dessa cidade, na qual seguem cerca de 250 mil de seus 430 mil habitantes.

Segundo o porta-voz do CSND, os combates por rua já chegaram ao centro da cidade, embora os rebeldes desmintam essa informação.

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