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Corpo de miss morta em protestos é velado na Venezuela

O governo venezuelano informou que o incidente está sob investigação, mas tem sugerido que Gênesis Carmona foi baleada por um manifestante da própria oposição

Gênesis Carmona: "Ela queria apoiar seu país e veja o que lhe custou ter saído com um apito e uma bandeira na mão. Foi morta por mercenários do governo", disse tio da miss (Mauricio Centeno-Notitarde/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 21 de fevereiro de 2014 às 17h28.

Valência, Venezuela - O corpo da miss Gênesis Carmona, que morreu depois de ser ferida em um protesto contra o governo, foi velado nesta sexta-feira na cidade venezuelana de Valência.

Familiares e amigos da jovem estudante de 22 anos disseram que a miss, estudante do último ano de marketing, não gostava de política, mas que foi atraída para os comícios contrários ao governo devido às condições econômicas sombrias do país. A mãe de Carmona também foi ao protesto para protegê-la.

"Ela queria apoiar seu país e veja o que lhe custou ter saído com um apito e uma bandeira na mão. Foi morta por mercenários do governo", disse o tio de Carmona, José Gil.

"Não há comida, não há leite nem para as crianças. É horrível o que está acontecendo neste país, é por isso que a Carmona estava no protesto."

O governo venezuelano informou que o incidente está sob investigação, mas tem sugerido que Carmona foi baleada por um manifestante da própria oposição, o que causou desconforto entre as centenas de pessoas que participavam do sepultamento do corpo da miss.

Pessoas presentes no sepultamento de Carmona disseram que viram um grupo de até 50 homens armados em motocicletas. Eles invadiram o protesto e provocaram pânico entre os cerca de três mil manifestantes, segundo os relatos.

"Nós estávamos protestando pacificamente e de repente pareceu que estávamos em uma guerra", disse o estudante universitário Emílio Morillo, de 18 anos.

Kendry Gill, estudante de direito de 22 anos, também estava no protesto e afirmou que nove pessoas foram baleadas, incluindo uma outra jovem que permanece internada em estado grave com um dos pulmões perfurados. "Foi uma emboscada. Estávamos protestando pacificamente, nós não tínhamos nenhuma arma", disse a estudante.

Carmona é uma das seis pessoas que morreram desde o dia 12 de fevereiro, quando os protestos se intensificaram na Venezuela. A morte dela ocorre também em meio a preocupação crescente da escalada da violência no país.

Enquanto vários atos têm sido pacíficos, pequenos grupos de manifestantes têm enfrentado autoridades policiais do governo com bombas e pedras, além de bloquearem ruas com barricadas de lixo em chamas. Policiais e tropas do governo revidam com bombas de gás lacrimogêneo, balas de borracha e canhões de água.

Os confrontos entre manifestantes e policiais e a perseguição de ativistas antigoverno ocorrem, em sua maioria, na parte da noite. Durante o dia, comércio e escolas continuam abertos em Caracas e a rotina dos moradores segue próxima da normalidade. Fonte: Associated Press.

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Familiares e amigos da jovem estudante de 22 anos disseram que a miss, estudante do último ano de marketing, não gostava de política, mas que foi atraída para os comícios contrários ao governo devido às condições econômicas sombrias do país. A mãe de Carmona também foi ao protesto para protegê-la.

"Ela queria apoiar seu país e veja o que lhe custou ter saído com um apito e uma bandeira na mão. Foi morta por mercenários do governo", disse o tio de Carmona, José Gil.

"Não há comida, não há leite nem para as crianças. É horrível o que está acontecendo neste país, é por isso que a Carmona estava no protesto."

O governo venezuelano informou que o incidente está sob investigação, mas tem sugerido que Carmona foi baleada por um manifestante da própria oposição, o que causou desconforto entre as centenas de pessoas que participavam do sepultamento do corpo da miss.

Pessoas presentes no sepultamento de Carmona disseram que viram um grupo de até 50 homens armados em motocicletas. Eles invadiram o protesto e provocaram pânico entre os cerca de três mil manifestantes, segundo os relatos.

"Nós estávamos protestando pacificamente e de repente pareceu que estávamos em uma guerra", disse o estudante universitário Emílio Morillo, de 18 anos.

Kendry Gill, estudante de direito de 22 anos, também estava no protesto e afirmou que nove pessoas foram baleadas, incluindo uma outra jovem que permanece internada em estado grave com um dos pulmões perfurados. "Foi uma emboscada. Estávamos protestando pacificamente, nós não tínhamos nenhuma arma", disse a estudante.

Carmona é uma das seis pessoas que morreram desde o dia 12 de fevereiro, quando os protestos se intensificaram na Venezuela. A morte dela ocorre também em meio a preocupação crescente da escalada da violência no país.

Enquanto vários atos têm sido pacíficos, pequenos grupos de manifestantes têm enfrentado autoridades policiais do governo com bombas e pedras, além de bloquearem ruas com barricadas de lixo em chamas. Policiais e tropas do governo revidam com bombas de gás lacrimogêneo, balas de borracha e canhões de água.

Os confrontos entre manifestantes e policiais e a perseguição de ativistas antigoverno ocorrem, em sua maioria, na parte da noite. Durante o dia, comércio e escolas continuam abertos em Caracas e a rotina dos moradores segue próxima da normalidade. Fonte: Associated Press.

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