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Coreias selam acordos para reunião de famílias separadas

Coreia do Norte e Coreia do Sul aproximaram suas posturas ao término do primeiro contato bilateral de alto nível em sete anos

Representantes da Coreia do Norte (E) e da Coreia do Sul: países estabeleceram compromisso de realizar o programado encontro de famílias separadas (Unification Ministry/Yonhap /Reuters)
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Da Redação

Publicado em 14 de fevereiro de 2014 às 07h43.

Seul - Coreia do Norte e Coreia do Sul aproximaram nesta sexta-feira suas posturas ao término do primeiro contato bilateral de alto nível em sete anos, com os compromissos de realizar o programado encontro de famílias separadas na próxima semana e não se atacar mutuamente.

Segundo o estipulado pelas duas Coreias, "as reuniões de famílias divididas serão realizadas como o previsto entre 20 e 25 de fevereiro", informou à Agência Efe uma porta-voz do Ministério da Unificação de Seul após a reunião bilateral entre delegações dos dois Governos na aldeia fronteiriça de Panmunjom.

Na reunião, que foi uma continuação do primeiro encontro de alto nível desde 2007 realizado na quarta-feira, Norte e Sul também se comprometeram a "deixar de se atacar mutuamente", segundo a porta-voz, em referência às frequentes ameaças e acusações entre ambos países.

Além disso, apontou a porta-voz, Seul e Pyongyang "continuarão as negociações de alto nível sobre seus respectivos interesses" políticos, econômicos, militares e humanitários nas próximas semanas, no entanto não há data para o próximo encontro bilateral.

Durante a chegada a Seul, o líder da delegação sul-coreana, Kim Kyou-hyun, qualificou os acordos de hoje como "um primeiro passo para o desenvolvimento das relações entre as duas Coreias baseado na confiança" e confiou em que ambos países possam aprofundar seu entendimento no futuro.

O resultado das negociações foi um êxito para Coreia do Sul, cuja principal prioridade era garantir a realização do encontro de famílias separadas.


O regime de Kim Jong-un tinha exigido adiar os próximos exercícios militares entre Coreia do Sul e EUA, que começarão no dia 24, para que não coincidissem com as reuniões familiares, mas Seul rejeitou plenamente esta possibilidade ao confirmar que as manobras ocorrerão segundo o previsto.

Superada hoje esta diferença, a Coreia do Sul enviará no sábado ao Norte uma equipe de 15 pessoas para realizar os preparativos do reencontro, no qual 200 famílias que ficaram divididas pela Guerra da Coreia (1950-53) poderão voltar a ver seus parentes.

Espera-se que esta reunião familiar, a primeira desde outubro de 2010, abra uma etapa duradoura de reconciliação entre as duas Coreias, cujas relações permanecem seriamente deterioradas após anos de atritos e desencontros.

O Governo da Coreia do Sul espera chegar em breve a um acordo com o Norte para dar periodicidade às reuniões de famílias, já que há dezenas de milhares de solicitantes e quase todos eles são idosos.

A Guerra da Coreia mantém há seis décadas diferenças entre o Norte e Sul, já que o conflito terminou com um armistício que nunca foi substituído por um tratado de paz definitivo.

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Seul - Coreia do Norte e Coreia do Sul aproximaram nesta sexta-feira suas posturas ao término do primeiro contato bilateral de alto nível em sete anos, com os compromissos de realizar o programado encontro de famílias separadas na próxima semana e não se atacar mutuamente.

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Na reunião, que foi uma continuação do primeiro encontro de alto nível desde 2007 realizado na quarta-feira, Norte e Sul também se comprometeram a "deixar de se atacar mutuamente", segundo a porta-voz, em referência às frequentes ameaças e acusações entre ambos países.

Além disso, apontou a porta-voz, Seul e Pyongyang "continuarão as negociações de alto nível sobre seus respectivos interesses" políticos, econômicos, militares e humanitários nas próximas semanas, no entanto não há data para o próximo encontro bilateral.

Durante a chegada a Seul, o líder da delegação sul-coreana, Kim Kyou-hyun, qualificou os acordos de hoje como "um primeiro passo para o desenvolvimento das relações entre as duas Coreias baseado na confiança" e confiou em que ambos países possam aprofundar seu entendimento no futuro.

O resultado das negociações foi um êxito para Coreia do Sul, cuja principal prioridade era garantir a realização do encontro de famílias separadas.


O regime de Kim Jong-un tinha exigido adiar os próximos exercícios militares entre Coreia do Sul e EUA, que começarão no dia 24, para que não coincidissem com as reuniões familiares, mas Seul rejeitou plenamente esta possibilidade ao confirmar que as manobras ocorrerão segundo o previsto.

Superada hoje esta diferença, a Coreia do Sul enviará no sábado ao Norte uma equipe de 15 pessoas para realizar os preparativos do reencontro, no qual 200 famílias que ficaram divididas pela Guerra da Coreia (1950-53) poderão voltar a ver seus parentes.

Espera-se que esta reunião familiar, a primeira desde outubro de 2010, abra uma etapa duradoura de reconciliação entre as duas Coreias, cujas relações permanecem seriamente deterioradas após anos de atritos e desencontros.

O Governo da Coreia do Sul espera chegar em breve a um acordo com o Norte para dar periodicidade às reuniões de famílias, já que há dezenas de milhares de solicitantes e quase todos eles são idosos.

A Guerra da Coreia mantém há seis décadas diferenças entre o Norte e Sul, já que o conflito terminou com um armistício que nunca foi substituído por um tratado de paz definitivo.

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