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Coreia do Sul suspenderá importação de petróleo do Irã

País irá se tornar o primeiro dos principais clientes asiáticos do Irã a suspender as compras de petróleo a partir de 1º de julho

As fontes não quiseram ser identificadas porque não estavam autorizadas a falar à mídia sobre o assunto (Chung Sung-Jun/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 21 de maio de 2012 às 16h26.

Suel - A Coreia do Sul vai efetivamente se tornar o primeiro dos principais clientes asiáticos do Irã a suspender as compras de petróleo a partir de 1o de julho, quando a proibição de seguros da União Europeia vai evitar novas importações.

A maior da refinaria da Coreia do Sul a SK Energy vai parar a importação de petróleo iraniano após a proibição entrar em vigor, disseram duas fontes com conhecimento direto do assunto nesta segunda-feira.

No mês passado, fontes da indústria disseram que a única outra refinaria sul-coreana que compra petróleo iraniano, a Hyundai Oil Bank, pararia de importar a partir de junho.

O Irã exporta a maioria de seus 2,2 milhões de barris de petróleo por dia para a Ásia, onde estão quatro de seus maiores compradores: China, Índia, Japão e Coreia do Sul.

As sanções dos EUA e da União Europeia (UE) com vistas a travar o programa nuclear iraniano, reduzindo as receitas do país com petróleo, tornaram as compras difíceis.

A proibição iminente da UE de oferecer seguro para remessas brutas iranianas até agora provou ser um dissuasor eficaz, com todos os clientes asiáticos do Irã tendo dificuldades para garantir cobertura aos negócios.


As fontes não quiseram ser identificadas porque não estavam autorizadas a falar à mídia sobre o assunto, o qual o governo coreano considera politicamente sensível.

"A SK Energy não vai comprar petróleo iraniano depois de trazer uma carga barril 2 milhões de barris no início de junho", disse uma das duas fontes. "A SK Energy não vai importar petróleo iraniano para entrega em julho."

Ambas as refinarias se recusaram a comentar sobre seus planos.

Os Estados Unidos e a Europa estão tentando espremer as receitas do Irã com as exportações de petróleo para forçá-lo a interromper um programa nuclear, pois temem que ele será usado para construir armas. Teerã diz que o programa é para geração de energia.

O governo da Coreia do Sul evitou tomar uma posição oficial sobre a questão das importações de petróleo iraniano. Os Estados Unidos são o seu principal aliado para segurança contra a Coreia do Norte, que tem um programa de armas nucleares.

China e Índia, principais parceiros comerciais com o Irã, reduziram as compras de petróleo, mas ambas as nações disseram publicamente que não apoiam as sanções unilaterais da UE e dos Estados Unidos contra Teerã.

Observadores do setor dizem que a sanção ao seguro marítimo será a medida mais eficaz adotada pelas nações ocidentais em 17 anos de sanções contra o programa nuclear iraniano.

A sanção da UE proíbe seguradoras europeias e resseguradoras de realizar cobertura de navios que transportam petróleo iraniano em qualquer lugar do mundo. Cerca de 90 por cento do seguro do mundo petroleiro é subscrito pelo Ocidente.

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Suel - A Coreia do Sul vai efetivamente se tornar o primeiro dos principais clientes asiáticos do Irã a suspender as compras de petróleo a partir de 1o de julho, quando a proibição de seguros da União Europeia vai evitar novas importações.

A maior da refinaria da Coreia do Sul a SK Energy vai parar a importação de petróleo iraniano após a proibição entrar em vigor, disseram duas fontes com conhecimento direto do assunto nesta segunda-feira.

No mês passado, fontes da indústria disseram que a única outra refinaria sul-coreana que compra petróleo iraniano, a Hyundai Oil Bank, pararia de importar a partir de junho.

O Irã exporta a maioria de seus 2,2 milhões de barris de petróleo por dia para a Ásia, onde estão quatro de seus maiores compradores: China, Índia, Japão e Coreia do Sul.

As sanções dos EUA e da União Europeia (UE) com vistas a travar o programa nuclear iraniano, reduzindo as receitas do país com petróleo, tornaram as compras difíceis.

A proibição iminente da UE de oferecer seguro para remessas brutas iranianas até agora provou ser um dissuasor eficaz, com todos os clientes asiáticos do Irã tendo dificuldades para garantir cobertura aos negócios.


As fontes não quiseram ser identificadas porque não estavam autorizadas a falar à mídia sobre o assunto, o qual o governo coreano considera politicamente sensível.

"A SK Energy não vai comprar petróleo iraniano depois de trazer uma carga barril 2 milhões de barris no início de junho", disse uma das duas fontes. "A SK Energy não vai importar petróleo iraniano para entrega em julho."

Ambas as refinarias se recusaram a comentar sobre seus planos.

Os Estados Unidos e a Europa estão tentando espremer as receitas do Irã com as exportações de petróleo para forçá-lo a interromper um programa nuclear, pois temem que ele será usado para construir armas. Teerã diz que o programa é para geração de energia.

O governo da Coreia do Sul evitou tomar uma posição oficial sobre a questão das importações de petróleo iraniano. Os Estados Unidos são o seu principal aliado para segurança contra a Coreia do Norte, que tem um programa de armas nucleares.

China e Índia, principais parceiros comerciais com o Irã, reduziram as compras de petróleo, mas ambas as nações disseram publicamente que não apoiam as sanções unilaterais da UE e dos Estados Unidos contra Teerã.

Observadores do setor dizem que a sanção ao seguro marítimo será a medida mais eficaz adotada pelas nações ocidentais em 17 anos de sanções contra o programa nuclear iraniano.

A sanção da UE proíbe seguradoras europeias e resseguradoras de realizar cobertura de navios que transportam petróleo iraniano em qualquer lugar do mundo. Cerca de 90 por cento do seguro do mundo petroleiro é subscrito pelo Ocidente.

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