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Coreia do Norte mostra relatório próprio de direitos humanos

País reiterou a sua rejeição a um documento da ONU divulgado neste ano dizendo que se tratava de "rumores" perpetuados por "forças hostis"

Líder da Coreia do Norte, Kim Jong-Un, em Pyongyang (KCNA/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 7 de outubro de 2014 às 20h57.

Nações Unidas - A Coreia do Norte apresentou nesta terça-feira às delegações da Organização das Nações Unidas ( ONU ) o seu extenso relatório sobre os direitos humanos no país e reiterou a sua rejeição a um documento da entidade divulgado neste ano dizendo que se tratava de "rumores" perpetuados por "forças hostis".

O relatório de 372 páginas da Comissão de Inquérito da ONU detalhou situações de abusos generalizados na Coreia do Norte, incluindo o uso de campos de prisioneiros, tortura sistemática, fome e mortes comparáveis ​​às atrocidades da era nazista.

A delegação da Coreia do Norte organizou uma rara reunião aberta na sede da ONU em Nova York, convidando representantes dos países e jornalistas. A reunião em uma sala de conferências da ONU estava repleta de diplomatas e repórteres.

O diplomata norte-coreano Choe Myong Nam, que representa a Associação Norte-Coreana de Estudos de Direitos Humanos, explicou que, embora possa haver sobressaltos ocasionais na situação dos direitos humanos no seu país, Pyongyang está no caminho certo.

"Como somos uma sociedade de transição, à medida que avançamos pode haver alguns problemas, por exemplo nas áreas econômica e outras áreas, pode ser que precisemos construir mais casas e espaços sociais a fim de proporcionar às pessoas melhores condições de vida", disse Choe.

"É por isso que na nossa constituição há uma cláusula que prevê que, após a sociedade se desenvolver, as liberdades fundamentais e os direitos humanos serão aproveitados ainda mais pelo povo", acrescentou.

Choe disse que os problemas econômicos também eram culpa de "forças externas", uma aparente referência a sanções internacionais contra a Coreia do Norte pelos seus múltiplos testes de armas nucleares e mísseis balísticos.

Um resumo da resposta da Coreia do Norte ao relatório da ONU diz que "as forças hostis estão persistentemente desprezando 'a questão dos direitos humanos' da Coreia do Norte em uma tentativa de manchar a sua imagem e derrubar o sistema social e a ideologia escolhidos pelo povo coreano".

Choe também reiterou declarações anteriores de Pyongyang de que não existem campos de prisioneiros na Coreia do Norte. Ele admitiu que a Coreia do Norte tem "centros de detenção, onde as pessoas melhoram a sua mentalidade e olham para trás sobre seus erros e são recicladas por meio do trabalho".

O diplomata norte-coreano também reclamou sobre os planos para uma nova resolução da Assembleia-Geral da ONU criticando a situação dos direitos humanos da Coreia do Norte neste ano, um ritual anual também enfrentado por Irã, Mianmar e Síria.

A resolução deste ano sobre a Coreia do Norte, dizem diplomatas, deverá refletir as conclusões do relatório do inquérito da ONU.

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Nações Unidas - A Coreia do Norte apresentou nesta terça-feira às delegações da Organização das Nações Unidas ( ONU ) o seu extenso relatório sobre os direitos humanos no país e reiterou a sua rejeição a um documento da entidade divulgado neste ano dizendo que se tratava de "rumores" perpetuados por "forças hostis".

O relatório de 372 páginas da Comissão de Inquérito da ONU detalhou situações de abusos generalizados na Coreia do Norte, incluindo o uso de campos de prisioneiros, tortura sistemática, fome e mortes comparáveis ​​às atrocidades da era nazista.

A delegação da Coreia do Norte organizou uma rara reunião aberta na sede da ONU em Nova York, convidando representantes dos países e jornalistas. A reunião em uma sala de conferências da ONU estava repleta de diplomatas e repórteres.

O diplomata norte-coreano Choe Myong Nam, que representa a Associação Norte-Coreana de Estudos de Direitos Humanos, explicou que, embora possa haver sobressaltos ocasionais na situação dos direitos humanos no seu país, Pyongyang está no caminho certo.

"Como somos uma sociedade de transição, à medida que avançamos pode haver alguns problemas, por exemplo nas áreas econômica e outras áreas, pode ser que precisemos construir mais casas e espaços sociais a fim de proporcionar às pessoas melhores condições de vida", disse Choe.

"É por isso que na nossa constituição há uma cláusula que prevê que, após a sociedade se desenvolver, as liberdades fundamentais e os direitos humanos serão aproveitados ainda mais pelo povo", acrescentou.

Choe disse que os problemas econômicos também eram culpa de "forças externas", uma aparente referência a sanções internacionais contra a Coreia do Norte pelos seus múltiplos testes de armas nucleares e mísseis balísticos.

Um resumo da resposta da Coreia do Norte ao relatório da ONU diz que "as forças hostis estão persistentemente desprezando 'a questão dos direitos humanos' da Coreia do Norte em uma tentativa de manchar a sua imagem e derrubar o sistema social e a ideologia escolhidos pelo povo coreano".

Choe também reiterou declarações anteriores de Pyongyang de que não existem campos de prisioneiros na Coreia do Norte. Ele admitiu que a Coreia do Norte tem "centros de detenção, onde as pessoas melhoram a sua mentalidade e olham para trás sobre seus erros e são recicladas por meio do trabalho".

O diplomata norte-coreano também reclamou sobre os planos para uma nova resolução da Assembleia-Geral da ONU criticando a situação dos direitos humanos da Coreia do Norte neste ano, um ritual anual também enfrentado por Irã, Mianmar e Síria.

A resolução deste ano sobre a Coreia do Norte, dizem diplomatas, deverá refletir as conclusões do relatório do inquérito da ONU.

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