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Coreia do Norte ameaça lançar novos projéteis após 4º teste em 12 dias

A Coreia do Norte voltou a condenar os exercícios militares na Coreia do Sul com a participação dos Estados Unidos

Armas: a Coreia do Norte lançou dois projéteis que aparentemente são mísseis balísticos de curto alcance (KCNA/Reuters)
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AFP

Publicado em 6 de agosto de 2019 às 10h15.

Última atualização em 6 de agosto de 2019 às 10h17.

A Coreia do Norte ameaçou nesta terça-feira realizar novos testes de armamento, depois do lançamento de dois mísseis no quarto teste em apenas 12 dias, e condenou o início dos exercícios militares na Coreia do Sul com a participação dos Estados Unidos.

O centro da controvérsia na escala de tensões na península coreana está nos exercícios militares conjuntos no território da Coreia do Sul, que o governo do Norte definiu como uma "violação flagrante" dos esforços de paz.

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Esses exercícios sempre foram um elemento de forte irritação para Pyongyang, mas em edições passadas o Norte evitou realizar testes de mísseis durante o período das manobras.

De acordo com o Estado-Maior das Forças Armadas sul-coreanas, a Coreia do Norte lançou dois projéteis que aparentemente são mísseis balísticos de curto alcance a partir do litoral da província de Hwanghae.

Esses projéteis voaram por 450 km na direção do Mar do Japão, a uma velocidade de pelo menos Mach 6,9, segundo fontes do Sul, o que o equipara com os mísseis que o Norte testou nos últimos 12 dias.

Para o governo da Coreia do Sul, seriam mísseis balísticos de curto alcance, enquanto que o Norte apenas fez referência a "um sistema guiado de foguetes de grande alcance".

Uma fonte da chancelaria norte-coreana, por sua vez, acusou os exercícios militares conjuntos de serem uma "violação flagrante" dos esforços de paz na península coreana, pois "são agressivas manobras de guerra que simulam um ataque surpresa contra a Coreia do Norte".

Violação flagrante

A violação, segundo a chancelaria, diria respeito à declaração conjunta de 12 de junho entre a Coreia do Norte e os Unidos, a Declaração de Panmunjom e a Declaração Conjunta de setembro".

Esses documentos pretendem "estabelecer uma nova relação entre a Coreia do Norte e os Estados Unidos e construir um regime de paz duradouro e estável na península coreana", segundo a fonte.

Após um ano de ameaças e crescente tensão, o presidente americano Donald Trump, e o líder norte-coreano Kim Jong Un realizaram uma reunião histórica no ano passado em Singapura, quando assinaram um documento vago sobre a "desnuclearização" da península.

Os dois líderes se encontraram novamente no Vietnã, em uma reunião que terminou abruptamente sem acordos, depois mantivera um rápido encontro na Linha de Demarcação que divide a península coreana, quando concordaram em manter os canais de conversação em um nível técnico, embora esses contatos ainda não tenham sido retomados.

Trump procura chegar a um acordo para conter a política nuclear da Coreia do Norte, e Pyongyang, em troca, exige a suspensão das sanções adotadas por Washington e parte da comunidade internacional.

A fonte norte-coreana acusou os Estados Unidos de "implantarem uma enorme quantidade de equipamentos militares ofensivos" no território da Coreia do Sul, demonstrando que americanos e sul-coreanos "persistem em sua posição que consiste em nos considerar como um inimigo".

Por outro lado, disse a fonte, o governo norte-coreano permanece em sua posição de procurar "resolver problemas por meio do diálogo", embora isso esteja se tornando cada vez mais difícil.

A Coreia do Norte deve procurar "um novo caminho", disse a fonte norte-coreana, retomando a retórica agressiva que implica que, se os Estados Unidos e a Coreia do Sul continuarem ignorando os alertas do Norte, "faremos com que paguem um alto preço".

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