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Coreia do Norte afirma que novo satélite registrou imagens de bases dos EUA em Guam

secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, "condenou de maneira veemente o lançamento"

Satélite: entrada em órbita é um desafio às resoluções da ONU que proíbe Pyongyang de utilizar tecnologias de mísseis balístico (AFP/AFP)
AFP

Agência de notícias

Publicado em 22 de novembro de 2023 às 08h32.

A Coreia do Norte afirmou nesta quarta-feira, 22, que seu líder Kim Jong Un examinou imagens de bases dos Estados Unidos na ilha de Guam, no Pacífico, que foram registradas pelo novo satélite de vigilância lançado esta semana.

A entrada em órbita do satélite Malligyong-1, anunciada na terça-feira pela Coreia do Norte, é um desafio às resoluções da ONU que proíbem Pyongyang de utilizar tecnologias de mísseis balísticos.

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Kim "observou as fotos aeroespaciais da base aérea de Anderson, o porto de Apra e de outras importantes bases militares das forças americanas feitas no céu de Guam, no Pacífico", afirmou a agência oficial de notícias KCNA, que também citou que as fotografias foram recebidas às 21H21 (locais) de quarta-feira.

O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, "condenou de maneira veemente o lançamento", informou seu porta-voz, Farhan Haq.

"Qualquer lançamento da Coreia do Norte que utilize tecnologia de mísseis balísticos é contrário às resoluções do Conselho de Segurança", acrescentou.

Após o lançamento, a agência KCNA afirmou que a Coreia do Norte pretende lançar outros satélites "a curto prazo".

"O lançamento de um satélite de reconhecimento é um direito legítimo da RPDC (República Popular Democrática da Coreia) para reforçar suas capacidades de autodefesa", destacou.

A Coreia do Sul reagiu ao lançamento com o anúncio de que retomará as operações de vigilância na fronteira com a Coreia do Norte, que foram suspensas em 2018 no âmbito de um acordo para reduzir as tensões militares.

O lançamento também foi condenado por Japão e Estados Unidos, no momento em que a aproximação entre Coreia do Norte e Rússia preocupa a Washington e seus aliados na região.

A Coreia do Sul afirma que Pyongyang fornece armas a Moscou em troca de tecnologias espaciais russas.

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