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Consumo de carne na Argentina cai ao nível mais baixo da história

Símbolo do país, consumo da carne bovina vem caindo nos últimos anos

Os argentinos nunca comeram tão pouca carne (Leo Feltran)
DR

Da Redação

Publicado em 19 de outubro de 2011 às 20h13.

Buenos Aires - Cada argentino consome em média atualmente 53 quilos de carne bovina por ano, o nível mais baixo já registrado em um país que tem mais cabeças de gado bovino que habitantes, segundo estatísticas oficiais.

Em 2000, o consumo de carne per capita foi de 66 quilos e em 1958, o mais antigo registro oficial, de 98 quilos, segundo o Instituto de Promoção da Carne Bovina Argentina.

Nos dois últimos anos, o consumo de carne retrocedeu 22%, dentro de uma tendência de baixa que vem de períodos anteriores e se deve a um 'déficit estrutural' na produção bovina provocada pelo intervencionismo governamental, afirmou à Agência Efe Miguel Schiariti, da Câmara da Indústria de Carne.

A opinião é compartilhada por outros analistas do setor agropecuário , que acrescentaram que a pecuária sofreu fortes perdas pela seca de 2009, o que contribuiu para um forte encarecimento da carne bovina e favoreceu o consumo de frango, em alta há duas décadas.

Entre 2006, quando começou 'uma má política criadora de gado', e 2009 foram perdidas 12,5 milhões de cabeças de gado bovino, o equivalente a 18% do estoque, destacou Schiariti, autor de um relatório sobre as dificuldades do setor.

O estoque de gado bovino caiu de 58 milhões de cabeças de 2007 para as atuais 48 milhões (oito milhões mais que o número de habitantes do país), principalmente devido às vacas reprodutoras vendidas por conta da redução da rentabilidade do setor, explicou.

'Recuperar o estoque é um processo muito longo. Como somos otimistas, creio que demorará entre cinco e sete anos, mas há outros que dizem que teremos que esperar até 2020', comentou o analista.

Como os criadores de gado retêm vacas para recompor seu estoque, calcula-se que a produção de carne bovina alcançará este ano cerca de 2,6 milhões de toneladas.

Os preços da carne bovina aumentaram 180% nos últimos 18 meses, até se situarem em uma média de 32 pesos por quilo, mais que o dobro do preço do frango, segundo estatísticas privadas.

As estatísticas oficiais apontam que, nos primeiros oito meses deste ano, a Argentina exportou 105.310 toneladas de cortes de carne bovina, o que significa 17% menos que no mesmo período de 2010, quando vendeu ao exterior um total de 184.287 toneladas.

Por outro lado, o consumo de carne de frango se situa em 38 quilos por pessoa ao ano, dentro de uma tendência de alta que começou na década dos anos 1990. EFE

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Buenos Aires - Cada argentino consome em média atualmente 53 quilos de carne bovina por ano, o nível mais baixo já registrado em um país que tem mais cabeças de gado bovino que habitantes, segundo estatísticas oficiais.

Em 2000, o consumo de carne per capita foi de 66 quilos e em 1958, o mais antigo registro oficial, de 98 quilos, segundo o Instituto de Promoção da Carne Bovina Argentina.

Nos dois últimos anos, o consumo de carne retrocedeu 22%, dentro de uma tendência de baixa que vem de períodos anteriores e se deve a um 'déficit estrutural' na produção bovina provocada pelo intervencionismo governamental, afirmou à Agência Efe Miguel Schiariti, da Câmara da Indústria de Carne.

A opinião é compartilhada por outros analistas do setor agropecuário , que acrescentaram que a pecuária sofreu fortes perdas pela seca de 2009, o que contribuiu para um forte encarecimento da carne bovina e favoreceu o consumo de frango, em alta há duas décadas.

Entre 2006, quando começou 'uma má política criadora de gado', e 2009 foram perdidas 12,5 milhões de cabeças de gado bovino, o equivalente a 18% do estoque, destacou Schiariti, autor de um relatório sobre as dificuldades do setor.

O estoque de gado bovino caiu de 58 milhões de cabeças de 2007 para as atuais 48 milhões (oito milhões mais que o número de habitantes do país), principalmente devido às vacas reprodutoras vendidas por conta da redução da rentabilidade do setor, explicou.

'Recuperar o estoque é um processo muito longo. Como somos otimistas, creio que demorará entre cinco e sete anos, mas há outros que dizem que teremos que esperar até 2020', comentou o analista.

Como os criadores de gado retêm vacas para recompor seu estoque, calcula-se que a produção de carne bovina alcançará este ano cerca de 2,6 milhões de toneladas.

Os preços da carne bovina aumentaram 180% nos últimos 18 meses, até se situarem em uma média de 32 pesos por quilo, mais que o dobro do preço do frango, segundo estatísticas privadas.

As estatísticas oficiais apontam que, nos primeiros oito meses deste ano, a Argentina exportou 105.310 toneladas de cortes de carne bovina, o que significa 17% menos que no mesmo período de 2010, quando vendeu ao exterior um total de 184.287 toneladas.

Por outro lado, o consumo de carne de frango se situa em 38 quilos por pessoa ao ano, dentro de uma tendência de alta que começou na década dos anos 1990. EFE

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