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Conselho da Argélia rejeita candidaturas e cancela eleição de julho

A votação deveria permitir a eleição do sucessor de Abdelaziz Bouteflika, que renunciou em abril, após a forte pressão da população

Argelia: a alternativa será a prorrogação do mandato do presidente interino, Abdelkader Bensalah (Zohra Bensemra/Reuters)
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AFP

Publicado em 2 de junho de 2019 às 14h33.

O Conselho Constitucional da Argélia cancelou de fato as eleições presidenciais previstas para 4 de julho ao rejeitar as duas únicas candidaturas apresentadas, defendendo uma prorrogação do mandato do presidente interino, que termina em 9 de julho.

A votação deveria permitir a eleição do sucessor do presidente Abdelaziz Bouteflika, que renunciou em 2 de abril, após a forte pressão dos manifestantes e das Forças Armadas.

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"O Conselho Constitucional rejeita as duas candidaturas apresentadas e anuncia, portanto, a impossibilidade de celebrar as presidenciais em 4 de julho", anunciou a televisão estatal.

O Conselho afirmou que corresponde ao atual presidente "convocar novamente a comissão eleitoral e finalizar o processo eleitoral até a escolha do (novo) presidente da República e o juramento de seu mandato".

Desta maneira, a instituição sugere a prorrogação do mandato do presidente interino, Abdelkader Bensalah, nomeado em 9 de abril após a renúncia de Bouteflika.

De acordo com a Constituição, Bensalah assumiu o cargo de chefe de Estado durante "90 dias no máximo", antes de transmitir o poder ao novo presidente eleito neste intervalo.

Bensalah, que tem como principal missão organizar as eleições presidenciais, permanecerá no posto, de fato, além do prazo previsto pela Constituição.

Desde 22 de fevereiro, os argelinos protestam nas ruas, em particular em Argel, para pedir uma mudança de sistema político no país.

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