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Condenação de Manning mostra que "algo vai mal", diz ONG

A ACLU acrescentou que um sistema legal "que não distingue interesse público e traição ao país privará o público de informação crítica

Bradley Manning: o soldado foi condenado hoje, em uma corte militar, a 35 anos de prisão e expulso do exército com desonra  (REUTERS/Gary Cameron/Files)
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Da Redação

Publicado em 21 de agosto de 2013 às 15h32.

Washington - A organização de direitos civis União de Liberdades Civis dos Estados Unidos (ACLU) lamentou nesta terça-feira a sentença a 35 anos de prisão para o soldado Bradley Manning e a considerou uma prova de que "algo vai verdadeiramente mal" no sistema de justiça do país.

"Quando um soldado que compartilhou informação com a imprensa e o público é castigado muito mais duramente que outros que torturaram prisioneiros e mataram civis, há algo que está verdadeiramente mal em nosso sistema de justiça", disse Ben Wizner, diretor do projeto de Expressão e Privacidade da ACLU em comunicado.

"Este não é só um dia triste para Bradley Manning, também é um dia triste para todos os americanos que dependem de informantes corajosos e de uma "imprensa livre" para um debate público totalmente informado", acrescentou o representante da organização, uma das mais antigas e amplas do país.

A ACLU acrescentou que um sistema legal "que não distingue entre o vazamento à imprensa no interesse público e a traição ao país não só produzirá resultados injustos, mas privará o público de informação crítica, que é necessária para a prestação de contas democrática".

Manning foi condenado hoje em uma corte militar a 35 anos de prisão e expulso do exército com desonra pelo histórico vazamento de mais de 700 mil documentos confidenciais para o Wikileaks.

O soldado americano enfrentava acusações que chegariam ao máximo a uma pena de 90 anos depois de ser considerado culpado no final de julho de várias violações da lei de espionagem, roubo de informação governamental e abuso de sua posição de analista no Iraque, mas foi absolvido da acusação mais grave, de ajuda ao inimigo.

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"Quando um soldado que compartilhou informação com a imprensa e o público é castigado muito mais duramente que outros que torturaram prisioneiros e mataram civis, há algo que está verdadeiramente mal em nosso sistema de justiça", disse Ben Wizner, diretor do projeto de Expressão e Privacidade da ACLU em comunicado.

"Este não é só um dia triste para Bradley Manning, também é um dia triste para todos os americanos que dependem de informantes corajosos e de uma "imprensa livre" para um debate público totalmente informado", acrescentou o representante da organização, uma das mais antigas e amplas do país.

A ACLU acrescentou que um sistema legal "que não distingue entre o vazamento à imprensa no interesse público e a traição ao país não só produzirá resultados injustos, mas privará o público de informação crítica, que é necessária para a prestação de contas democrática".

Manning foi condenado hoje em uma corte militar a 35 anos de prisão e expulso do exército com desonra pelo histórico vazamento de mais de 700 mil documentos confidenciais para o Wikileaks.

O soldado americano enfrentava acusações que chegariam ao máximo a uma pena de 90 anos depois de ser considerado culpado no final de julho de várias violações da lei de espionagem, roubo de informação governamental e abuso de sua posição de analista no Iraque, mas foi absolvido da acusação mais grave, de ajuda ao inimigo.

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