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Comissão Europeia propõe negociação para adesão de dois países ao bloco

De acordo com o chefe da diplomacia europeia, o bloco pensa em abrir negociações para adesão com a Albânia e Macedônia antes de 2025

Comissão Europeia: a última ampliação foi realizada em 2013, com a inclusão da Croácia (Vincent Kessler/Reuters)
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AFP

Publicado em 17 de abril de 2018 às 14h41.

Última atualização em 17 de abril de 2018 às 14h43.

A Comissão Europeia propôs aos países do bloco, nesta terça-feira (17), iniciar as negociações de adesão com dois Estados da região dos Bálcãs Ocidentais - Albânia e Macedônia -, embora Bruxelas já tenha descartado qualquer nova ampliação antes de 2025.

De acordo com a chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini, em entrevista coletiva em Estrasburgo (nordeste da França), "a Comissão recomenda que o Conselho [da UE] decida abrir negociações de adesão com a Albânia e com a Antiga República Iugoslava da Macedônia (ARIM)".

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O Executivo comunitário dá, com isso, um novo impulso em sua política de adesão ao bloco, desde sua última ampliação: Croácia em 2013. Desde então, Bruxelas decidiu deter qualquer novo ingresso, enquanto enfrentava a crise econômica, seguida da crise migratória e do Brexit.

Para ativar as perspectivas de adesão dos Bálcãs Ocidentais, a Comissão apresentou uma estratégia em fevereiro, advertindo que, antes de qualquer adesão, os países dessa região em guerra na década de 1990 deveriam, primeiramente, solucionar suas disputas fronteiriças.

Um litígio com a Grécia sobre o uso do nome de "Macedônia", por esse país conhecido na ONU como ARIM, freava até o momento suas ambições de adesão à UE e à OTAN, mas Tirana e Atenas conciliaram suas posições. Agora, Bruxelas espera ver um acordo até junho.

A decisão sobre Albânia e Macedônia "se baseia nos progressos realizados sobre as recomendações em 2016 e um exame das medidas postas em marcha por Tirana e por Skopje", afirmou a chefe da diplomacia europeia.

Após a proposta da Comissão, cabe aos 28 países europeus avaliar os progressos e tomar a decisão final. Caso se confirme, ambos os países se uniriam a Montenegro e Sérvia, assim como a Turquia, no caminho da adesão negociada.

Em relação a outros territórios da extinta Iugoslávia, Bósnia-Herzegovina e Kosovo "ainda precisam de progressos" para decidir se haverá negociações, acrescentou Mogherini.

O caso de Kosovo é particular. Cinco países da UE - Espanha, Grécia, Romênia, Eslováquia e Chipre - não reconhecem sua independência unilateral da Sérvia.

Os Bálcãs Ocidentais serão os convidados da próxima cúpula de presidentes da UE prevista para acontecer em Sófia, em 17 de maio. Nesse encontro, deve-se tratar da relação com esses países de uma região na qual a Rússia tenta ter maior influência e a China mobiliza seus encantos econômicos.

"Os Bálcãs Ocidentais são Europa e vão fazer parte do futuro da UE, de uma UE mais forte e mais unida", acrescentou a chefe da diplomacia.

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