Comissão adia decisão sobre eleição contestada na Tailândia
Processo eleitoral foi prejudicado pelos protestos da oposição que impediram o funcionamento normal das sessões em quase um quarto do país
Da Redação
Publicado em 6 de fevereiro de 2014 às 09h31.
Bangcoc - Autoridades eleitorais tailandesas tentaram na quinta-feira salvar o processo eleitoral do fim de semana, prejudicado pelos protestos da oposição que impediram o funcionamento normal das sessões em quase um quarto do país.
Os funcionários se reuniram por duas horas, mas suspenderam a reunião sem obter avanços, alegando que "questões jurídicas" precisam ser esclarecidas. Uma nova sessão foi marcada para sexta-feira.
A realização da eleição de domingo foi contestada pelo Partido Democrata, o principal da oposição, que boicotou o pleito. Além disso, a Comissão Eleitoral investiga possíveis irregularidades durante a campanha, que transcorreu em meio a uma prolongada crise política no país.
Se não for anulada, a eleição provavelmente reconduzirá a primeira-ministra Yingluck Shinawatra ao seu cargo. Mas, seja qual for o resultado, ela não irá alterar o status quo disfuncional, após oito anos de polarização e tumulto.
A confiança dos consumidores, que reflete a posição da população quanto ao futuro econômico, as oportunidades de emprego e a renda, chegou em janeiro ao seu menor nível em 26 meses, segundo uma pesquisa divulgada na quinta-feira por uma universidade.
O comparecimento eleitoral no domingo foi de 47,7 por cento dos 43 milhões de tailandeses aptos a votarem, segundo a comissão. O dado exclui o eleitorado de nove províncias onde não foi possível realizar a votação.
O processo foi conturbado em 18 por cento das zonas eleitorais (69 de 375), afetando 18 das 77 províncias.
Protestos contra o governo ainda bloqueiam parte de Bangcoc, em mais um capítulo de uma disputa que já dura oito anos, contrapondo a classe média, a elite monarquista e os tailandeses do sul, a região mais próspera, aos partidários de Yingluck e do irmão dela, o ex-premiê Thaksin Shinawatra, os quais são majoritariamente pobres e se concentram no norte e nordeste da Tailândia.
Dez pessoas já morreram nos tumultos, mas o ambiente na capital é calmo desde a votação. O número de manifestantes nas ruas diminui, por enquanto, mas a oposição ainda pretende organizar novas manifestações, depois de atrair até 200 mil pessoas nas suas principais passeatas.
Os protestos estão tendo um forte impacto sobre a economia, em especial no setor do turismo.
Bangcoc - Autoridades eleitorais tailandesas tentaram na quinta-feira salvar o processo eleitoral do fim de semana, prejudicado pelos protestos da oposição que impediram o funcionamento normal das sessões em quase um quarto do país.
Os funcionários se reuniram por duas horas, mas suspenderam a reunião sem obter avanços, alegando que "questões jurídicas" precisam ser esclarecidas. Uma nova sessão foi marcada para sexta-feira.
A realização da eleição de domingo foi contestada pelo Partido Democrata, o principal da oposição, que boicotou o pleito. Além disso, a Comissão Eleitoral investiga possíveis irregularidades durante a campanha, que transcorreu em meio a uma prolongada crise política no país.
Se não for anulada, a eleição provavelmente reconduzirá a primeira-ministra Yingluck Shinawatra ao seu cargo. Mas, seja qual for o resultado, ela não irá alterar o status quo disfuncional, após oito anos de polarização e tumulto.
A confiança dos consumidores, que reflete a posição da população quanto ao futuro econômico, as oportunidades de emprego e a renda, chegou em janeiro ao seu menor nível em 26 meses, segundo uma pesquisa divulgada na quinta-feira por uma universidade.
O comparecimento eleitoral no domingo foi de 47,7 por cento dos 43 milhões de tailandeses aptos a votarem, segundo a comissão. O dado exclui o eleitorado de nove províncias onde não foi possível realizar a votação.
O processo foi conturbado em 18 por cento das zonas eleitorais (69 de 375), afetando 18 das 77 províncias.
Protestos contra o governo ainda bloqueiam parte de Bangcoc, em mais um capítulo de uma disputa que já dura oito anos, contrapondo a classe média, a elite monarquista e os tailandeses do sul, a região mais próspera, aos partidários de Yingluck e do irmão dela, o ex-premiê Thaksin Shinawatra, os quais são majoritariamente pobres e se concentram no norte e nordeste da Tailândia.
Dez pessoas já morreram nos tumultos, mas o ambiente na capital é calmo desde a votação. O número de manifestantes nas ruas diminui, por enquanto, mas a oposição ainda pretende organizar novas manifestações, depois de atrair até 200 mil pessoas nas suas principais passeatas.
Os protestos estão tendo um forte impacto sobre a economia, em especial no setor do turismo.