Começa a segunda sessão do julgamento contra Hosni Mubarak
Ex-líder do Egito chegou deitado em uma maca, com os olhos fechados, enquanto o juiz examinava as provas da acusação
Da Redação
Publicado em 15 de agosto de 2011 às 07h01.
Cairo - A segunda sessão do julgamento contra o ex-presidente egípcio, Hosni Mubarak, começou nesta segunda-feira no Cairo com o acusado deitado em uma maca, com os olhos fechados, enquanto o juiz examinava as provas da acusação.
Os filhos de Mubarak, Alaa e Gamal, também compareceram perante o tribunal e se mantiveram de pé na cela dos acusados tentando ocultar seu pai dos presentes na sala.
Os três são acusados de planejar os ataques contra os manifestantes durante a Revolução do dai 25 de Janeiro e poderiam enfrentar a pena de morte se forem declarados culpados.
Na primeira sessão deste julgamento sem precedentes no mundo árabe, realizada no dia 3 de agosto, tanto Mubarak como seus filhos negaram todas as acusações.
Desta vez, o principal advogado de Mubarak e de seus filhos, Farid el Din, fez uma série de pedidos que incluem pedir ao departamento de ambulâncias egípcio apresentar listas de nomes e número de feridos transferidos aos hospitais de todas as províncias entre os dias 25 e 31 de janeiro.
Por sua vez, um advogado dos familiares das vítimas expressou o interesse de seus defendidos em juntar o julgamento do ex-ministro do Interior Habib al Adli com o de Mubarak.
Adli, cujo julgamento foi adiado para o dia 5 de setembro, também é acusado de planejar os ataques contra os manifestantes, e o no dia 3 de agosto ele e seis de seus assessores compareceram junto a Mubarak.
"Queríamos que este julgamento fosse realizado em sessões consecutivas todos os dias como tínhamos anunciado antes, mas o que ocorreu neste domingo mostrou que o tribunal não pode realizar sua missão desta maneira", disse durante a sessão o juiz Ahmed Refat.
Refat fez desta forma alusão à falta de organização entre os advogados das famílias das vítimas na véspera, o que o obrigou a adiar o julgamento contra Adli.
Por isso, pediu nesta segunda-feira aos advogados das vítimas que apresentem seus pedidos por escrito para economizar tempo e confirmou que o tribunal vai escutar todos os pedidos de ambas as partes.
Além da acusação de estarem envolvidos no assassinato de manifestantes durante a revolução, sobre Mubarak e seus filhos também pesam acusações de corrupção e abuso de poder.
Neste sentido, os advogados da acusação também querem incluir mais acusados relacionados com a exportação de gás a Israel.
Segundo a Promotoria, Mubarak é envolvido na venda de gás a Israel, por um preço inferior a seu valor real no mercado, através de uma companhia do empresário Hussein Salem, detido na Espanha e que é julgado à revelia.
Além disso, Mubarak, sendo presidente do país, aceitou para ele e seus dois filhos cinco vilas e outras propriedades no valor de 39 milhões de libras egípcias (US$ 6,5 milhões) de Salem, em troca de ceder-lhe terrenos privilegiados na localidade de Sharm el-Sheikh.
Cairo - A segunda sessão do julgamento contra o ex-presidente egípcio, Hosni Mubarak, começou nesta segunda-feira no Cairo com o acusado deitado em uma maca, com os olhos fechados, enquanto o juiz examinava as provas da acusação.
Os filhos de Mubarak, Alaa e Gamal, também compareceram perante o tribunal e se mantiveram de pé na cela dos acusados tentando ocultar seu pai dos presentes na sala.
Os três são acusados de planejar os ataques contra os manifestantes durante a Revolução do dai 25 de Janeiro e poderiam enfrentar a pena de morte se forem declarados culpados.
Na primeira sessão deste julgamento sem precedentes no mundo árabe, realizada no dia 3 de agosto, tanto Mubarak como seus filhos negaram todas as acusações.
Desta vez, o principal advogado de Mubarak e de seus filhos, Farid el Din, fez uma série de pedidos que incluem pedir ao departamento de ambulâncias egípcio apresentar listas de nomes e número de feridos transferidos aos hospitais de todas as províncias entre os dias 25 e 31 de janeiro.
Por sua vez, um advogado dos familiares das vítimas expressou o interesse de seus defendidos em juntar o julgamento do ex-ministro do Interior Habib al Adli com o de Mubarak.
Adli, cujo julgamento foi adiado para o dia 5 de setembro, também é acusado de planejar os ataques contra os manifestantes, e o no dia 3 de agosto ele e seis de seus assessores compareceram junto a Mubarak.
"Queríamos que este julgamento fosse realizado em sessões consecutivas todos os dias como tínhamos anunciado antes, mas o que ocorreu neste domingo mostrou que o tribunal não pode realizar sua missão desta maneira", disse durante a sessão o juiz Ahmed Refat.
Refat fez desta forma alusão à falta de organização entre os advogados das famílias das vítimas na véspera, o que o obrigou a adiar o julgamento contra Adli.
Por isso, pediu nesta segunda-feira aos advogados das vítimas que apresentem seus pedidos por escrito para economizar tempo e confirmou que o tribunal vai escutar todos os pedidos de ambas as partes.
Além da acusação de estarem envolvidos no assassinato de manifestantes durante a revolução, sobre Mubarak e seus filhos também pesam acusações de corrupção e abuso de poder.
Neste sentido, os advogados da acusação também querem incluir mais acusados relacionados com a exportação de gás a Israel.
Segundo a Promotoria, Mubarak é envolvido na venda de gás a Israel, por um preço inferior a seu valor real no mercado, através de uma companhia do empresário Hussein Salem, detido na Espanha e que é julgado à revelia.
Além disso, Mubarak, sendo presidente do país, aceitou para ele e seus dois filhos cinco vilas e outras propriedades no valor de 39 milhões de libras egípcias (US$ 6,5 milhões) de Salem, em troca de ceder-lhe terrenos privilegiados na localidade de Sharm el-Sheikh.