Com pouco caixa, Pfizer estuda a venda de sua linha de consumo
Concorrência com medicamentos genéricos está prejudicando o desempenho da empresa americana, que propõe a venda de sua divisão de produtos de consumo como forma de se capitalizar
Da Redação
Publicado em 12 de outubro de 2010 às 18h38.
A Pfizer, maior empresa farmacêutica do mundo, pode vir a vender sua divisão de produtos de consumo e outros medicamentos que não exigem receita médica. A proposta será discutida com os acionistas da companhia nesta sexta-feira (10/2).
Pressionada pela competição com medicamentos genéricos, a Pfizer procura uma forma de melhorar seu caixa. A venda total ou parcial do segmento de consumo pessoal aparece como uma das soluções. Como esse tipo de produto continua em alta, tudo indica que a Pfizer receberá boas ofertas. Colgate-Palmolive, Unilever e Procter & Gamble seriam os mais prováveis interessados, segundo o jornal The Wall Street Journal, que prevê o valor do negócio em 11 bilhões de dólares.
Qualquer que seja a decisão da Pfizer, os analistas acreditam que a empresa terá de assegurar aos investidores que o dinheiro gerado com a venda será usado adequadamente, seja na recompra de ações ou em futuros investimentos.
No ano passado, as vendas da unidade de consumo cujo carro-chefe é o anti-séptico bucal Listerine cresceram 10%, enquanto os medicamentos com receita médica caíram 4%.
A perda de patentes de seus principais produtos para marcas genéricas está prejudicando não apenas a Pfizer. Outras companhias farmacêuticas também estão se movimentando para lidar com a queda nas vendas. No ano passado, a Bristol Myers Squibb vendeu sua divisão de consumo e medicamentos sem prescrição médica para a suíça Novartis por 660 milhões de dólares.