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Com mudanças no Ártico, EUA temem catástrofe climática

“O que fizemos em Paris… é crítico que seja implementado agora, mas não é suficiente”, disse o secretário de Estado dos EUA, John Kerry

Iceberg: blocos de gelo gigantes que se separaram de geleiras podem ocasionar uma eventual alta dos níveis oceânicos (Thinckstock)
DR

Da Redação

Publicado em 18 de junho de 2016 às 13h19.

A bordo do HDMS Thetis - De pé ao lado da geleira Jakobshavn, na Groenlândia, o famoso bloco de gelo que afundou o navio Titanic há mais de um século, o secretário de Estado dos EUA , John Kerry , viu evidências de outra catástrofe.

Icebergs gigantes que se separaram da geleira pareciam gemer ao passarem por trás dele, e podem ocasionar uma eventual alta dos níveis oceânicos a qual cientistas alertam para o risco de submergir ilhas e regiões costeiras.

Informado por pesquisadores a bordo de um navio de patrulha da Marinha dinamarquesa, Kerry pareceu impressionado pela velocidade com a qual os mantos de gelo estão derretendo. Ele ficou pasmo pelo alertas mais sombrios que ouviu sobre o mesmo processo na Antártica.

“Essa viagem tem sido um significante alerta para mim, e considere que passei 25 anos engajado neste tema”, disse Kerry no convés do HDMS Thetis junto ao ministro de Relações Exteriores da Dinamarca, Kristian Jensen, durante uma viagem de dois dias encerrada na sexta-feira.

Kerry fez sua primeira visita para esta parte do Ártico a fim de testemunhar os efeitos das mudanças climáticas e pressionar pela necessidade de implementar o acordo traçado em Paris. Ele classificou as mudanças climáticas como “a arma de destruição em massa mais temível do mundo.”

Os Estados Unidos presidem o Conselho do Ártico, um fórum criado em 1996 para lidar com questões acerca da atividade na região.

O acordo de Paris inclui compromissos da maioria dos países para reduzir as emissões de carbono que contribuem para mudanças climáticas, mas não previu nenhum mecanismo de aplicação obrigatória, deixando em aberto a dúvida sobre quem pagará os custos que podem chegar a trilhões de dólares.

“O que fizemos em Paris… é crítico que seja implementado agora, mas não é suficiente”, disse Kerry.

“Temos que nos mover mais rapidamente para abraçarmos novas políticas energéticas que sejam sustentáveis, que sejam limpas, todas as quais estão disponíveis para utilização caso governos e o setor privado façam as escolhas certas.”

Ao visitar a Groenlândia e o território norueguês de Svalbard, no extremo norte global, Kerry focou-se em alguns dos mais visíveis impactos das mudanças climáticas.

“Não há dúvida que estejamos contribuindo para mudanças climáticas, nós humanos temos escolhas que podemos tomar que podem desfazer o dano”, disse Kerry.

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A bordo do HDMS Thetis - De pé ao lado da geleira Jakobshavn, na Groenlândia, o famoso bloco de gelo que afundou o navio Titanic há mais de um século, o secretário de Estado dos EUA , John Kerry , viu evidências de outra catástrofe.

Icebergs gigantes que se separaram da geleira pareciam gemer ao passarem por trás dele, e podem ocasionar uma eventual alta dos níveis oceânicos a qual cientistas alertam para o risco de submergir ilhas e regiões costeiras.

Informado por pesquisadores a bordo de um navio de patrulha da Marinha dinamarquesa, Kerry pareceu impressionado pela velocidade com a qual os mantos de gelo estão derretendo. Ele ficou pasmo pelo alertas mais sombrios que ouviu sobre o mesmo processo na Antártica.

“Essa viagem tem sido um significante alerta para mim, e considere que passei 25 anos engajado neste tema”, disse Kerry no convés do HDMS Thetis junto ao ministro de Relações Exteriores da Dinamarca, Kristian Jensen, durante uma viagem de dois dias encerrada na sexta-feira.

Kerry fez sua primeira visita para esta parte do Ártico a fim de testemunhar os efeitos das mudanças climáticas e pressionar pela necessidade de implementar o acordo traçado em Paris. Ele classificou as mudanças climáticas como “a arma de destruição em massa mais temível do mundo.”

Os Estados Unidos presidem o Conselho do Ártico, um fórum criado em 1996 para lidar com questões acerca da atividade na região.

O acordo de Paris inclui compromissos da maioria dos países para reduzir as emissões de carbono que contribuem para mudanças climáticas, mas não previu nenhum mecanismo de aplicação obrigatória, deixando em aberto a dúvida sobre quem pagará os custos que podem chegar a trilhões de dólares.

“O que fizemos em Paris… é crítico que seja implementado agora, mas não é suficiente”, disse Kerry.

“Temos que nos mover mais rapidamente para abraçarmos novas políticas energéticas que sejam sustentáveis, que sejam limpas, todas as quais estão disponíveis para utilização caso governos e o setor privado façam as escolhas certas.”

Ao visitar a Groenlândia e o território norueguês de Svalbard, no extremo norte global, Kerry focou-se em alguns dos mais visíveis impactos das mudanças climáticas.

“Não há dúvida que estejamos contribuindo para mudanças climáticas, nós humanos temos escolhas que podemos tomar que podem desfazer o dano”, disse Kerry.

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