Com Chávez afastado, oposição testa força eleitoral
Henrique Capriles é o candidato preferido da oposição caso Chávez não retorne ao poder
Da Redação
Publicado em 14 de dezembro de 2012 às 17h27.
Caracas - Uma eleição para os governos estaduais no domingo na Venezuela irá definir se a oposição permanece unida em torno do jovial líder Henrique Capriles, em meio a sinais de que o presidente Hugo Chávez pode ter de deixar o poder por motivo de saúde.
Capriles, governador do Estado de Miranda, obteve 45 por cento dos votos na eleição presidencial de outubro, na qual Chávez obteve um novo mandato de seis anos. Ele é visto como o mais provável candidato da oposição caso o presidente, que sofre de câncer, não possa permanecer no poder, e uma eleição seja convocada.
Antes disso, no entanto, ele precisa derrotar o desafio de um peso-pesado do chavismo em Miranda, o segundo Estado mais populoso da Venezuela. Uma derrota dele na disputa estadual pode levar vários outros líderes da oposição a se apresentarem como candidatos numa eventual eleição presidencial.
"Não há candidaturas automáticas", alertou Pedro Benítez, do partido Ação Democrática, um dos cerca de 20 grupos que compõem a heterogênea coalizão da oposição.
A oposição a Chávez governa 7 dos 23 Estados, e espera pelo menos retê-los no domingo.
A campanha foi completamente ofuscada pela cirurgia à qual Chávez foi submetido na terça-feira em Cuba -a quarta em 18 meses. As autoridades disseram que a recuperação será "complexa" e que ele teve uma hemorragia, já controlada.
O adversário de Capriles em Miranda é o ex-vice-presidente Elías Jaua, ex-militante estudantil radical.
"Estamos comprometidos em deixar Chávez feliz mostrando a ele que Miranda foi liberada do fascismo e está sendo dirigida por um socialista, seu filho, que é o que eu sou", disse Jaua num comício.
Eventos de campanha dos candidatos do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) nesta semana se transformaram em lacrimosas vigílias pela recuperação de Chávez, cujo novo mandato começa em 10 de janeiro.
Se Chávez ficar definitivamente impedido de exercer o cargo, uma nova eleição deve ser convocada em até 30 dias. Antes da cirurgia, Chávez apontou o chanceler Nicolás Maduro como presidente interino, e recomendou que os venezuelanos votem nele caso algo lhe aconteça.
Outras disputas estaduais importantes no domingo incluem a de Aragua, onde o ex-ministro chavista do Interior Tareck El Aissami tenta recuperar o Estado para o PSUV. Na quinta-feira, ele fazia campanha com Maduro.
"Com Chávez e Tareck, vamos vencer outra vez!", gritou o presidente interino, diante de uma multidão comovida.
Pablo Pérez, que foi adversário de Capriles nas eleições primárias da oposição, tenta a reeleição no Estado petrolífero de Zulia. Em Lara, o ex-militar Henri Falcon, rompido com o chavismo desde 2010, tenta se manter no cargo. Adán Chávez, irmão do presidente, também busca a reeleição, no Estado de Barinas.
Caracas - Uma eleição para os governos estaduais no domingo na Venezuela irá definir se a oposição permanece unida em torno do jovial líder Henrique Capriles, em meio a sinais de que o presidente Hugo Chávez pode ter de deixar o poder por motivo de saúde.
Capriles, governador do Estado de Miranda, obteve 45 por cento dos votos na eleição presidencial de outubro, na qual Chávez obteve um novo mandato de seis anos. Ele é visto como o mais provável candidato da oposição caso o presidente, que sofre de câncer, não possa permanecer no poder, e uma eleição seja convocada.
Antes disso, no entanto, ele precisa derrotar o desafio de um peso-pesado do chavismo em Miranda, o segundo Estado mais populoso da Venezuela. Uma derrota dele na disputa estadual pode levar vários outros líderes da oposição a se apresentarem como candidatos numa eventual eleição presidencial.
"Não há candidaturas automáticas", alertou Pedro Benítez, do partido Ação Democrática, um dos cerca de 20 grupos que compõem a heterogênea coalizão da oposição.
A oposição a Chávez governa 7 dos 23 Estados, e espera pelo menos retê-los no domingo.
A campanha foi completamente ofuscada pela cirurgia à qual Chávez foi submetido na terça-feira em Cuba -a quarta em 18 meses. As autoridades disseram que a recuperação será "complexa" e que ele teve uma hemorragia, já controlada.
O adversário de Capriles em Miranda é o ex-vice-presidente Elías Jaua, ex-militante estudantil radical.
"Estamos comprometidos em deixar Chávez feliz mostrando a ele que Miranda foi liberada do fascismo e está sendo dirigida por um socialista, seu filho, que é o que eu sou", disse Jaua num comício.
Eventos de campanha dos candidatos do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) nesta semana se transformaram em lacrimosas vigílias pela recuperação de Chávez, cujo novo mandato começa em 10 de janeiro.
Se Chávez ficar definitivamente impedido de exercer o cargo, uma nova eleição deve ser convocada em até 30 dias. Antes da cirurgia, Chávez apontou o chanceler Nicolás Maduro como presidente interino, e recomendou que os venezuelanos votem nele caso algo lhe aconteça.
Outras disputas estaduais importantes no domingo incluem a de Aragua, onde o ex-ministro chavista do Interior Tareck El Aissami tenta recuperar o Estado para o PSUV. Na quinta-feira, ele fazia campanha com Maduro.
"Com Chávez e Tareck, vamos vencer outra vez!", gritou o presidente interino, diante de uma multidão comovida.
Pablo Pérez, que foi adversário de Capriles nas eleições primárias da oposição, tenta a reeleição no Estado petrolífero de Zulia. Em Lara, o ex-militar Henri Falcon, rompido com o chavismo desde 2010, tenta se manter no cargo. Adán Chávez, irmão do presidente, também busca a reeleição, no Estado de Barinas.