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Com Biden, Índia quer importar mais petróleo de Irã e Venezuela

País asiático suspendeu as importações do Irã — que já foi seu terceiro maior fornecedor de petróleo — em meados de 2019, com a volta das sanções dos EUA

Trabalhador em uma refinaria da Petroleos de Venezuela SA ( PDVSA), perto de Punto Fijo (Diego Giudice/Bloomberg News/Bloomberg)
FS

Fabiane Stefano

Publicado em 21 de janeiro de 2021 às 15h20.

A Índia espera que o governo do presidente dos EUA, Joe Biden, adote uma postura mais branda em relação ao Irã e à Venezuela, permitindo que o terceiro maior importador de petróleo do mundo diversifique suas fontes de compra do combustível.

A Índia ficaria contente com o aumento do número de países produtores, afirmou o ministro do Petróleo, Dharmendra Pradhan, em entrevista à Bloomberg TV, reiterando comentários que fez no mês passado. “Algumas mudanças geopolíticas chegaram”, disse ele. “Vamos esperar pelos desdobramentos.”

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A economia indiana é profundamente dependente de energia importada e suas refinarias penaram com a política externa agressiva da Casa Branca nos últimos anos, que restringiu o acesso ao petróleo do Irã e da Venezuela. Pradhan também se mostrou exasperado com a Arábia Saudita, líder de fato da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo), que anunciou cortes unilaterais de produção em resposta à aceleração do contágio pela Covid-19.

A mudança repentina na política de produção dificulta o planejamento econômico e vai estimular a inflação, segundo ele. “Nós nunca esperamos preços baixos para o petróleo. Mas não deve ser uma reação automática.”

A Índia suspendeu as importações do Irã — que já foi seu terceiro maior fornecedor de petróleo — em meados de 2019, após o término das isenções de sanções dos EUA. O país comprou 7,65 milhões de toneladas de petróleo venezuelano entre janeiro e outubro do ano passado, após adquirir 15,9 milhões de toneladas em 2019. O Irã prometeu aumentar as exportações de petróleo e os embarques para a China quase dobraram entre novembro e dezembro.

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