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Colômbia troca cinco ministros em meio à crise no campo

Dos 16 ministros, o presidente Juan Manuel Santos substituiu os responsáveis pelas pastas do Interior, Justiça, Agricultura, Minas e Meio Ambiente

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 6 de setembro de 2013 às 07h59.

O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, mudou cinco ministros, após a renúncia protocolar de seu gabinete, na última segunda-feira, em meio aos intensos protestos no campo - anunciou nesta quinta à noite.

Dos 16 ministros, Santos substituiu os responsáveis pelas pastas do Interior, Justiça, Agricultura, Minas e Meio Ambiente.

Santos definiu o novo gabinete como uma "unidade para a paz".

Para a pasta do Interior, Santos nomeou Aurelio Irragorri, encarregado das negociações com os camponeses que há três semanas protestam no centro do país, especialmente cultivadores de batata, cebola, hortaliças e produtores de leite.

O ministério da Justiça será ocupado pelo ex-promotor e ex-procurador-geral Alfonso Gómez.

A Agricultura foi entregue a Rubén Darío Lizarralde, que segundo o presidente conta com grande "experiência e trajetória no setor agrícola" e "liderará o Pacto Agrário, que parte de um novo modelo de desenvolvimento baseado no apoio a nossos camponeses e pequenos agricultores e na competitividade do setor agrícola".

Santos destacou que Lizarralde será "encarregado igualmente de aplicar as reformas acertadas em Havana em matéria de desenvolvimento rural", o único ponto de consenso com a guerrilha das Farc nas negociações de paz.

Para as Minas e Energia Santos nomeou o especialista em petrólero Amilkar Acosta, e o Meio Ambiente foi entregue à Luz Elena Samiento.

As demais pastas mantiveram seus atuais ministros.


Ao revelar o novo gabinete, Santos destacou que a Colômbia "não vive momentos fáceis". "Temos desafios que devemos enfrentar com decisão e contundência".

"Devemos aprender a lição dos acontecimentos das últimas semanas", disse Santos sobre os intensos protestos de camponeses, garimpeiros e caminhoneiros, setores com os quais o governo negocia para obter acordos definitivos.

"Precisamos ser um governo ligado ao cidadão, próximo às comunidades, que apoia as regiões, capaz de escutar e antecipar".

Santos governa com o apoio de uma ampla aliança de centro direita e sofre oposição apenas do Polo Democrático Alternativo (PDA), de esquerda.

O presidente atravessa o pior momento de seu governo (2010-2014), com a rejeição de 72% da população, segundo o Instituto Gallup.

Santos deve definir até novembro próximo se concorrerá a um novo mandato, até 2018.

O principal objetivo do atual governo é obter um acordo de paz com a guerrilha das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), com a qual Bogotá mantém conversações desde novembro passado, em Havana, visando acabar com quase meio século de conflito armado no país.

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O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, mudou cinco ministros, após a renúncia protocolar de seu gabinete, na última segunda-feira, em meio aos intensos protestos no campo - anunciou nesta quinta à noite.

Dos 16 ministros, Santos substituiu os responsáveis pelas pastas do Interior, Justiça, Agricultura, Minas e Meio Ambiente.

Santos definiu o novo gabinete como uma "unidade para a paz".

Para a pasta do Interior, Santos nomeou Aurelio Irragorri, encarregado das negociações com os camponeses que há três semanas protestam no centro do país, especialmente cultivadores de batata, cebola, hortaliças e produtores de leite.

O ministério da Justiça será ocupado pelo ex-promotor e ex-procurador-geral Alfonso Gómez.

A Agricultura foi entregue a Rubén Darío Lizarralde, que segundo o presidente conta com grande "experiência e trajetória no setor agrícola" e "liderará o Pacto Agrário, que parte de um novo modelo de desenvolvimento baseado no apoio a nossos camponeses e pequenos agricultores e na competitividade do setor agrícola".

Santos destacou que Lizarralde será "encarregado igualmente de aplicar as reformas acertadas em Havana em matéria de desenvolvimento rural", o único ponto de consenso com a guerrilha das Farc nas negociações de paz.

Para as Minas e Energia Santos nomeou o especialista em petrólero Amilkar Acosta, e o Meio Ambiente foi entregue à Luz Elena Samiento.

As demais pastas mantiveram seus atuais ministros.


Ao revelar o novo gabinete, Santos destacou que a Colômbia "não vive momentos fáceis". "Temos desafios que devemos enfrentar com decisão e contundência".

"Devemos aprender a lição dos acontecimentos das últimas semanas", disse Santos sobre os intensos protestos de camponeses, garimpeiros e caminhoneiros, setores com os quais o governo negocia para obter acordos definitivos.

"Precisamos ser um governo ligado ao cidadão, próximo às comunidades, que apoia as regiões, capaz de escutar e antecipar".

Santos governa com o apoio de uma ampla aliança de centro direita e sofre oposição apenas do Polo Democrático Alternativo (PDA), de esquerda.

O presidente atravessa o pior momento de seu governo (2010-2014), com a rejeição de 72% da população, segundo o Instituto Gallup.

Santos deve definir até novembro próximo se concorrerá a um novo mandato, até 2018.

O principal objetivo do atual governo é obter um acordo de paz com a guerrilha das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), com a qual Bogotá mantém conversações desde novembro passado, em Havana, visando acabar com quase meio século de conflito armado no país.

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