Colômbia perde 608 mil hectare de matas por cultivo de coca
Publicação contém estatísticas de 1998 até 2012 e revela que anualmente o país perde 40,5 mil hectares de floresta pelo tráfico de drogas
Da Redação
Publicado em 2 de março de 2015 às 17h40.
Bogotá - Em um período de 15 anos, a Colômbia perdeu pelo menos 608 mil hectares de floresta tropical úmida e cerca de 35 espécies de mamíferos estão ameaçadas de extinção pela semeadura de cultivos de coca, segundo um relatório divulgado nesta segunda-feira.
O estudo "Coca: Desmatamento, contaminação e pobreza", que foi elaborado pelo departamento Antinarcóticos da Polícia, com apoio do Centro Internacional de Estudos Estratégicos contra o Tráfico de Drogas (CIENA), faz um balanço dos impactos que os cultivos ilícitos tiveram na Colômbia do ponto de vista ambiental.
"Com a semeadura da coca é possível observar um desmatamento e a erosão sobre grandes pastos e a ampliação da fronteira agrícola, assim como a desertificação em zonas com uma história de colonização e uso excessivo do solo em atividades criadoras de gado", explicou o diretor da divisão Antinarcóticos da Polícia, o general Ricardo Restrepo Londoño, na apresentação do relatório.
A publicação contém estatísticas de 1998 até 2012 e revela que anualmente o país perde 40,5 mil hectares de floresta pelo tráfico de drogas, o que significa que, em média, 111 hectares de vegetação nativa são destruídos por dia.
"O cultivo de coca na Colômbia foi em áreas de colonização recente na Orinoquía e na Amazônia, em particular as regiões de Guaviare e Caquetá", segundo a pesquisa.
Essas regiões são, quase em sua totalidade, selváticas e com uma grande diversidade de fauna e flora.
Segundo o estudo, baseado em dados de satélites, os cultivos de coca na Colômbia chegaram ao auge no ano 2000, quando foram detectados 163.289 hectares.
A partir desse ano ocorreu uma redução, apesar de algumas altas em 2005 e 2007, até chegar aos 47.790 hectares de 2012, o que significa uma queda de 70,7%.
No último ano compreendido no relatório, os departamentos com mais hectares dedicados ao cultivo ilícito foram Nariño, no sudoeste, que faz fronteira com o Equador, com 10.733, seguido pelo vizinho Putumayo (6.148 hectares), Norte de Santander, na fronteira nordeste com a Venezuela (4.516) e Cauca, no sudoeste, com 4.325.
No fim de 2012, 39,7% das áreas semeadas de coca no país ficava na região do Oceano Pacífico, que também possui grande biodiversidade. Cerca de 22% das plantações ilegais estavam na Amazônia.
Os principais danos ambientais gerados pela atividade ilícita são a produção de dióxido de carbono (CO2) pela queima de árvores, contaminação de recursos hídricos pelo vazamento de substâncias químicas, ameaças a espécies animais pela destruição do habitat, assim como perda da flora ao deixá-la exposta às pragas, acrescenta o estudo.
Bogotá - Em um período de 15 anos, a Colômbia perdeu pelo menos 608 mil hectares de floresta tropical úmida e cerca de 35 espécies de mamíferos estão ameaçadas de extinção pela semeadura de cultivos de coca, segundo um relatório divulgado nesta segunda-feira.
O estudo "Coca: Desmatamento, contaminação e pobreza", que foi elaborado pelo departamento Antinarcóticos da Polícia, com apoio do Centro Internacional de Estudos Estratégicos contra o Tráfico de Drogas (CIENA), faz um balanço dos impactos que os cultivos ilícitos tiveram na Colômbia do ponto de vista ambiental.
"Com a semeadura da coca é possível observar um desmatamento e a erosão sobre grandes pastos e a ampliação da fronteira agrícola, assim como a desertificação em zonas com uma história de colonização e uso excessivo do solo em atividades criadoras de gado", explicou o diretor da divisão Antinarcóticos da Polícia, o general Ricardo Restrepo Londoño, na apresentação do relatório.
A publicação contém estatísticas de 1998 até 2012 e revela que anualmente o país perde 40,5 mil hectares de floresta pelo tráfico de drogas, o que significa que, em média, 111 hectares de vegetação nativa são destruídos por dia.
"O cultivo de coca na Colômbia foi em áreas de colonização recente na Orinoquía e na Amazônia, em particular as regiões de Guaviare e Caquetá", segundo a pesquisa.
Essas regiões são, quase em sua totalidade, selváticas e com uma grande diversidade de fauna e flora.
Segundo o estudo, baseado em dados de satélites, os cultivos de coca na Colômbia chegaram ao auge no ano 2000, quando foram detectados 163.289 hectares.
A partir desse ano ocorreu uma redução, apesar de algumas altas em 2005 e 2007, até chegar aos 47.790 hectares de 2012, o que significa uma queda de 70,7%.
No último ano compreendido no relatório, os departamentos com mais hectares dedicados ao cultivo ilícito foram Nariño, no sudoeste, que faz fronteira com o Equador, com 10.733, seguido pelo vizinho Putumayo (6.148 hectares), Norte de Santander, na fronteira nordeste com a Venezuela (4.516) e Cauca, no sudoeste, com 4.325.
No fim de 2012, 39,7% das áreas semeadas de coca no país ficava na região do Oceano Pacífico, que também possui grande biodiversidade. Cerca de 22% das plantações ilegais estavam na Amazônia.
Os principais danos ambientais gerados pela atividade ilícita são a produção de dióxido de carbono (CO2) pela queima de árvores, contaminação de recursos hídricos pelo vazamento de substâncias químicas, ameaças a espécies animais pela destruição do habitat, assim como perda da flora ao deixá-la exposta às pragas, acrescenta o estudo.