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Colômbia afirma que conseguirá a paz por bem ou por mal

Presidente referiu às negociações de paz entre seu governo e as Farc durante a inauguração de um Forte de Carabineiros da Polícia na cidade de Santo Agostinho


	Membro das Farc: o governo e as Farc iniciaram em novembro de 2012 em Havana negociações que já produziram acordos em dois pontos da agenda
 (Luis Robayo/AFP)

Membro das Farc: o governo e as Farc iniciaram em novembro de 2012 em Havana negociações que já produziram acordos em dois pontos da agenda (Luis Robayo/AFP)

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Da Redação

Publicado em 7 de fevereiro de 2014 às 16h36.

Bogotá - O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, afirmou nesta sexta-feira que o país conseguirá a paz, seja "por bem ou por mal", porque esse é o anseio nacional, enquanto uma minoria de "irracionais" quer prolongar a guerra que já dura 50 anos.

Ele referiu às negociações de paz entre seu governo e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) durante a inauguração de um Forte de Carabineiros da Polícia na cidade de Santo Agostinho, em Huila.

"O processo de paz será alcançado de qualquer forma, por bem ou por mal. Vamos conseguir a paz porque é o que todo o povo colombiano quer", declarou.

Santos acrescentou que em suas andanças pelo país as pessoas manifestam o desejo que se alcance a paz e, por isso, seguirá mantendo esse propósito.

"Somente alguns poucos irracionais querem manter a guerra na Colômbia. Querem que sigamos matando os filhos da própria nação. Mas a imensa maioria dos colombianos, especialmente em departamentos como Huila, que sofreram tanto com a violência, anseiam a paz e vamos seguir perseverando isso", manifestou.

O governo e as Farc iniciaram em novembro de 2012 em Havana negociações que já produziram acordos em dois pontos da agenda, um sobre terras e outro sobre participação política do grupo armado, e atualmente discutem o tema das drogas ilícitas.

Apesar dos avanços, o processo foi fortemente criticado por alguns setores políticos, entre eles o liderado pelo ex-presidente Álvaro Uribe (2002-2010), que considera que as negociações deixarão impunes os crimes cometidos pela guerrilha.

Ao se referir às tarefas dos membros do Forte de Carabineiros, Santos disse que seus integrantes darão segurança à região do sul do país que foi duramente atingida pela violência, e destacou a ajuda que darão também ao setor rural.

De acordo com o presidente, a maioria dos carabineiros é também técnico agropecuário. Eles fornecerão conhecimentos aos trabalhos cotidianos dos camponeses da região.

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