Coalizão italiana busca acordo sobre imposto imobiliário
Dividida coalizão tentava nesta terça-feira superar divergências a respeito de um imposto imobiliário que pode ser o estopim de uma nova crise
Da Redação
Publicado em 27 de agosto de 2013 às 11h10.
São Paulo - A dividida coalizão que governa a Itália tentava nesta terça-feira superar divergências a respeito de um imposto imobiliário que pode ser o estopim de uma nova crise, num momento em que o processo de cassação do senador Silvio Berlusconi já ameaça derrubar o governo.
A instabilidade política deixa os mercados financeiros nervosos. A bolsa de Milão caiu pelo segundo dia consecutivo, e os juros dos títulos públicos subiram à espera de um leilão na quinta-feira.
O gabinete deve se reunir na quarta-feira para decidir o que fazer com o imposto sobre domicílios. O partido Povo da Liberdade (PDL), de Berlusconi, ameaça deixar a coalizão liderada pelo Partido Democrático (PD) se o tributo não for revogado.
Essa polêmica se arrasta desde a formação da frágil coalizão dos partidos rivais, em fevereiro. Líderes políticos, incluindo o premiê Enrico Letta, alertam que a instabilidade pode levar a Itália de volta à turbulência financeira em que se viu no auge da crise da dívida na zona do euro.
Em 2011, Berlusconi teve de deixar o cargo de primeiro-ministro para dar lugar a um governo tecnocrata que evitasse uma moratória da dívida pública.
Mas, apesar de alguns sinais de progresso, incluindo propostas para substituir o imposto por uma nova taxação local sobre serviços, não houve um acordo concreto sobre de onde tirar os 4 bilhões de euros anuais (5,35 bilhões de dólares) que seriam necessários para cobrir a arrecadação do imposto imobiliário.
"Essa é uma questão administrativa fundamental", disse o deputado Renato Brunetta, seguidor de Berlusconi, à rádio pública RAI. "O fato de governo ter até agora deixado de apresentar uma proposta sólida criou muitas dúvidas, não é sério proceder dessa forma." Contribuindo para a crise política, membros do PDL ameaçaram nesta semana deixar a coalizão se Berlusconi tiver seu mandato parlamentar cassado, em decorrência de uma condenação por fraude tributária. O processo de cassação deve ser votado em setembro pelo Senado.
Na terça-feira, Berlusconi pediu a radicais do PDL que parem de fazer ameaças ao governo por causa do imposto tributário. O PD diz que é impossível aboli-lo, embora aceite negociar uma eliminação parcial que poupe a maioria dos italianos, mas continue onerando os proprietários mais ricos.
São Paulo - A dividida coalizão que governa a Itália tentava nesta terça-feira superar divergências a respeito de um imposto imobiliário que pode ser o estopim de uma nova crise, num momento em que o processo de cassação do senador Silvio Berlusconi já ameaça derrubar o governo.
A instabilidade política deixa os mercados financeiros nervosos. A bolsa de Milão caiu pelo segundo dia consecutivo, e os juros dos títulos públicos subiram à espera de um leilão na quinta-feira.
O gabinete deve se reunir na quarta-feira para decidir o que fazer com o imposto sobre domicílios. O partido Povo da Liberdade (PDL), de Berlusconi, ameaça deixar a coalizão liderada pelo Partido Democrático (PD) se o tributo não for revogado.
Essa polêmica se arrasta desde a formação da frágil coalizão dos partidos rivais, em fevereiro. Líderes políticos, incluindo o premiê Enrico Letta, alertam que a instabilidade pode levar a Itália de volta à turbulência financeira em que se viu no auge da crise da dívida na zona do euro.
Em 2011, Berlusconi teve de deixar o cargo de primeiro-ministro para dar lugar a um governo tecnocrata que evitasse uma moratória da dívida pública.
Mas, apesar de alguns sinais de progresso, incluindo propostas para substituir o imposto por uma nova taxação local sobre serviços, não houve um acordo concreto sobre de onde tirar os 4 bilhões de euros anuais (5,35 bilhões de dólares) que seriam necessários para cobrir a arrecadação do imposto imobiliário.
"Essa é uma questão administrativa fundamental", disse o deputado Renato Brunetta, seguidor de Berlusconi, à rádio pública RAI. "O fato de governo ter até agora deixado de apresentar uma proposta sólida criou muitas dúvidas, não é sério proceder dessa forma." Contribuindo para a crise política, membros do PDL ameaçaram nesta semana deixar a coalizão se Berlusconi tiver seu mandato parlamentar cassado, em decorrência de uma condenação por fraude tributária. O processo de cassação deve ser votado em setembro pelo Senado.
Na terça-feira, Berlusconi pediu a radicais do PDL que parem de fazer ameaças ao governo por causa do imposto tributário. O PD diz que é impossível aboli-lo, embora aceite negociar uma eliminação parcial que poupe a maioria dos italianos, mas continue onerando os proprietários mais ricos.