Andreas Lubitz, copiloto de avião da Germanwings que caiu nos Alpes franceses, em foto de arquivo de 2009 (Team-Mueller/Reuters)
Da Redação
Publicado em 30 de março de 2015 às 08h58.
Berlim - A Clínica Universitária de Düsseldorf, onde o copiloto Andreas Lubitz, que supostamente derrubou deliberadamente um avião da Germanwings, buscou tratamento nos últimos dois meses, entregou nesta segunda-feira seu histórico médico para o Ministério Público da cidade alemã, encarregado de investigar o caso.
Uma porta-voz da clínica confirmou que as atas foram entregues, mas não forneceu detalhes, alegando que as investigações estão em andamento e respeito pela confidencialidade médica.
Na sexta-feira passada, diante das informações sobre a saúde psíquica de Lubitz, o centro hospitalar emitiu um comunicado afirmando que o copiloto tinha ingressado na clínica como paciente em fevereiro e, pela última vez, em 10 de março.
A clínica, no entanto, não revelou detalhes sobre a possível doença que Lubitz sofria, mas negou, ao contrário do divulgado pela imprensa, que ele tinha depressão.
A promotoria de Düsseldorf estuda a documentação apreendida nas revistas feitas nas casas do copiloto. Na semana passada, a justiça alemã informou que foram encontrados receitas médicas que indicavam uma "doença e seu correspondente tratamento".
Além disso, descobriu-se atestados médicos rasgados mas atuais, vigentes inclusive para o dia da tragédia, quando o avião caiu nos Alpes franceses.
Segundo o Ministério Público francês, Lubitz derrubou na terça-feira passada de forma aparentemente voluntária o Airbus A320 da Germanwings, que além dele tinha 149 pessoas a bordo.