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Cinco homens presos por estupro de turista japonesa na Índia

O drama da jovem de 22 anos começou pouco depois de sua chegada à Índia em novembro; casos de agressão sexual contra a mulher em Nova Délhi aumentaram em 2014

Protestos contra estupros de mulheres na Índia: casos de violência sexual em Nova Délhi aumentou um terço em 2014 (Raveendran/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 4 de janeiro de 2015 às 11h15.

Cinco homens suspeitos de extorquir e estuprar durante quase um mês uma turista japonesa mantida em cativeiro num subsolo na Índia foram presos - em mais um grave episódio de violência contra a mulher no país.

O drama da jovem de 22 anos começou pouco depois de sua chegada a Calcutá, capital de Bengala Ocidental (leste da Índia), em 20 de novembro - explicou a polícia à AFP, neste domingo.

Na cidade, conheceu três homens, um deles falava japonês. Primeiro, convenceram a mulher a sacar 1.200 dólares para acompanhá-la ao santuário religioso de Bodh Gaya, no estado vizinho de Bihar.

Ali, foi entregue a dois irmãos que a trancaram no subsolo de uma casa isolada, onde foi estuprada diversas vezes durante quase um mês.

Os dois irmãos, que trabalhavam como guias turísticos, foram presos na última sexta-feira e levados a Calcutá. Acusados de estupro, compareceram ao tribunal no sábado e foram colocados em prisão preventiva até que a audiência seja retomada, em 9 de janeiro. Os investigadores querem que a vítima os identifique.

Os outros três homens foram acusados de extorsão e de ter levado a vítima aos futuros estupradores, explicou o policial Pallab Kanti Ghosh.

"Prendemos três pessoas que haviam se envolvido de forma amistosa com a vítima em Calcutá. Eles são acusados de complô para cometer o sequestro e os estupros", disse. "Estes homens conseguiram 1.200 dólares e convenceram a vítima a acompanhá-los até Bodh Gaya de carro".

A jovem conseguiu fugir e chegar a Varanasi, onde encontrou outros turistas japoneses que a ajudaram a entrar em contato com o consulado do Japão em Calcutá.

A data precisa do fim do calvário da mulher ainda não foi informada, mas a polícia disse que a vítima fez a denúncia no final de dezembro.

Um crime muito comum
A irmã dos dois irmãos acusados de estupro, Samina Khatoon, desmentiu as acusações feitas sobre eles, e pediu uma investigação mais aprofundada.

"Queremos que a vítima passe por uma avaliação médica. Isso demostrará a inocência dos meus irmãos", disse ela à AFP.

Desde 2012, quando uma jovem morreu após ser estuprada por vários homens em Nova Délhi, as atenções do mundo se voltaram para os altos índices de violência contra a mulher na Índia.

O caso do estupro coletivo gerou uma série de manifestações em todo o país, e teve como consequência punições mais rígidas contra os agressores. Além disso, campanhas de sensibilização tem sido feitas.

Embora os casos de violência sexual contra mulheres ocidentais sejam amplamente repercutidos pela imprensa indiana, o mesmo não ocorre quando as vítimas são asiáticas.

No caso da jovem japonesa, o assunto ganhou as páginas dos jornais de forma discreta e sem muito alarde - sendo praticamente ignorado pelos principais veículos.

Na sexta-feira, a polícia anunciou que o número de casos de violência sexual em Nova Délhi, merecedora da triste alcunha de "capital do estupro", aumentou um terço em 2014.

A polícia atribui o aumento ao fato de que as mulheres agora se sentem mais seguras para denunciar os crimes, apesar do tabu que ainda cerca as vítimas de estupro na Índia.

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Cinco homens suspeitos de extorquir e estuprar durante quase um mês uma turista japonesa mantida em cativeiro num subsolo na Índia foram presos - em mais um grave episódio de violência contra a mulher no país.

O drama da jovem de 22 anos começou pouco depois de sua chegada a Calcutá, capital de Bengala Ocidental (leste da Índia), em 20 de novembro - explicou a polícia à AFP, neste domingo.

Na cidade, conheceu três homens, um deles falava japonês. Primeiro, convenceram a mulher a sacar 1.200 dólares para acompanhá-la ao santuário religioso de Bodh Gaya, no estado vizinho de Bihar.

Ali, foi entregue a dois irmãos que a trancaram no subsolo de uma casa isolada, onde foi estuprada diversas vezes durante quase um mês.

Os dois irmãos, que trabalhavam como guias turísticos, foram presos na última sexta-feira e levados a Calcutá. Acusados de estupro, compareceram ao tribunal no sábado e foram colocados em prisão preventiva até que a audiência seja retomada, em 9 de janeiro. Os investigadores querem que a vítima os identifique.

Os outros três homens foram acusados de extorsão e de ter levado a vítima aos futuros estupradores, explicou o policial Pallab Kanti Ghosh.

"Prendemos três pessoas que haviam se envolvido de forma amistosa com a vítima em Calcutá. Eles são acusados de complô para cometer o sequestro e os estupros", disse. "Estes homens conseguiram 1.200 dólares e convenceram a vítima a acompanhá-los até Bodh Gaya de carro".

A jovem conseguiu fugir e chegar a Varanasi, onde encontrou outros turistas japoneses que a ajudaram a entrar em contato com o consulado do Japão em Calcutá.

A data precisa do fim do calvário da mulher ainda não foi informada, mas a polícia disse que a vítima fez a denúncia no final de dezembro.

Um crime muito comum
A irmã dos dois irmãos acusados de estupro, Samina Khatoon, desmentiu as acusações feitas sobre eles, e pediu uma investigação mais aprofundada.

"Queremos que a vítima passe por uma avaliação médica. Isso demostrará a inocência dos meus irmãos", disse ela à AFP.

Desde 2012, quando uma jovem morreu após ser estuprada por vários homens em Nova Délhi, as atenções do mundo se voltaram para os altos índices de violência contra a mulher na Índia.

O caso do estupro coletivo gerou uma série de manifestações em todo o país, e teve como consequência punições mais rígidas contra os agressores. Além disso, campanhas de sensibilização tem sido feitas.

Embora os casos de violência sexual contra mulheres ocidentais sejam amplamente repercutidos pela imprensa indiana, o mesmo não ocorre quando as vítimas são asiáticas.

No caso da jovem japonesa, o assunto ganhou as páginas dos jornais de forma discreta e sem muito alarde - sendo praticamente ignorado pelos principais veículos.

Na sexta-feira, a polícia anunciou que o número de casos de violência sexual em Nova Délhi, merecedora da triste alcunha de "capital do estupro", aumentou um terço em 2014.

A polícia atribui o aumento ao fato de que as mulheres agora se sentem mais seguras para denunciar os crimes, apesar do tabu que ainda cerca as vítimas de estupro na Índia.

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