Cientistas não creem que Fukushima gere casos de câncer
Desastre nuclear não deve levar a um aumento no número de pessoas com câncer como aconteceu depois de Chernobyl, disseram cientistas da ONU
Da Redação
Publicado em 2 de abril de 2014 às 17h10.
Viena - O desastre nuclear de Fukushima , no Japão, não deve levar a um aumento no número de pessoas com câncer como aconteceu depois de Chernobyl em 1986, embora as crianças mais expostas possam ter um risco maior, disseram cientistas da ONU nesta quarta-feira.
Em um importante estudo, o Comitê Científico das Nações Unidas sobre os Efeitos da Radiação Atômica (Unscear, na sigla em inglês) declarou não esperar "mudanças significativas" nas futuras taxas de câncer, que poderiam ser atribuídas à exposição à radiação dos reatores que derreteram.
A quantidade de substâncias radioativas, como o iodo-131, liberadas depois do acidente de 2011 foi muito menor do que depois de Chernobyl, e as autoridades japonesas também realizaram ações para proteger as pessoas que vivem perto da usina atingida, incluindo retiradas de pessoal.
Entretanto, algumas crianças - estimadas em menos de mil - podem ter recebido doses que podem influenciar no risco de desenvolvimento de câncer da tiróide mais tarde, disse a Unscear, esclarecendo que a probabilidade ainda é baixa.
O presidente da Unscear, Carl-Magnus Larsson, disse haver, em tese, um risco maior entre as crianças mais expostas em relação a este tipo de câncer, uma doença rara entre os jovens.
Mas "não temos certeza de que isso aparecerá nas estatísticas futuras de câncer da tiróide", afirmou ele em uma coletiva de imprensa.
Wolfgang Weiss, que presidiu a investigação de Fukushima, disse que o risco de câncer da tiróide é muito mais baixo do que depois de Chernobyl e que qualquer aumento só afetaria um número limitado de pessoas.
Pior Desastre desde Chernobyl
Em 11 de março de 2011, um terremoto de magnitude 9 seguido de um tsunami devastaram a usina nuclear de Fukushima Daiichi, 220 km a nordeste de Tóquio, espalhando radiação e forçando cerca de 160 mil pessoas a sair de casa.
Foi o pior desastre nuclear do mundo desde a explosão do reator de Chernobyl, que espalhou poeira radioativa por boa parte da Europa. Pessoas próximas da usina foram expostas ao iodo radioativo, que contaminou o leite.
Em comparação, o relatório da Unscear sobre Fukushima diz esperar um impacto pequeno nas taxas de câncer na população, o que é devido em grande parte às "ações rápidas de proteção" das autoridades japoneses na esteira do acidente.
Um raio de 30 km ao redor da usina foi declarado zona de exclusão aérea, e áreas onde a radiação não estava tão criticamente alta adotaram medidas como substituir a terra de parques e áreas de lazer das escolas, descontaminar espaços públicos como calçadas e limitar o tempo de lazer das crianças fora de casa.
"Não se esperam mudanças discerníveis em taxas futuras de câncer e de doenças hereditárias por causa da exposição à radiação resultante do acidente nuclear de Fukushima", declarou a Unscear em um comunicado acompanhando seu estudo de quase 300 páginas.
A Unscear disse que 80 cientistas destacados trabalharam no relatório, e que o material foi analisado por seus 27 países-membros.
Viena - O desastre nuclear de Fukushima , no Japão, não deve levar a um aumento no número de pessoas com câncer como aconteceu depois de Chernobyl em 1986, embora as crianças mais expostas possam ter um risco maior, disseram cientistas da ONU nesta quarta-feira.
Em um importante estudo, o Comitê Científico das Nações Unidas sobre os Efeitos da Radiação Atômica (Unscear, na sigla em inglês) declarou não esperar "mudanças significativas" nas futuras taxas de câncer, que poderiam ser atribuídas à exposição à radiação dos reatores que derreteram.
A quantidade de substâncias radioativas, como o iodo-131, liberadas depois do acidente de 2011 foi muito menor do que depois de Chernobyl, e as autoridades japonesas também realizaram ações para proteger as pessoas que vivem perto da usina atingida, incluindo retiradas de pessoal.
Entretanto, algumas crianças - estimadas em menos de mil - podem ter recebido doses que podem influenciar no risco de desenvolvimento de câncer da tiróide mais tarde, disse a Unscear, esclarecendo que a probabilidade ainda é baixa.
O presidente da Unscear, Carl-Magnus Larsson, disse haver, em tese, um risco maior entre as crianças mais expostas em relação a este tipo de câncer, uma doença rara entre os jovens.
Mas "não temos certeza de que isso aparecerá nas estatísticas futuras de câncer da tiróide", afirmou ele em uma coletiva de imprensa.
Wolfgang Weiss, que presidiu a investigação de Fukushima, disse que o risco de câncer da tiróide é muito mais baixo do que depois de Chernobyl e que qualquer aumento só afetaria um número limitado de pessoas.
Pior Desastre desde Chernobyl
Em 11 de março de 2011, um terremoto de magnitude 9 seguido de um tsunami devastaram a usina nuclear de Fukushima Daiichi, 220 km a nordeste de Tóquio, espalhando radiação e forçando cerca de 160 mil pessoas a sair de casa.
Foi o pior desastre nuclear do mundo desde a explosão do reator de Chernobyl, que espalhou poeira radioativa por boa parte da Europa. Pessoas próximas da usina foram expostas ao iodo radioativo, que contaminou o leite.
Em comparação, o relatório da Unscear sobre Fukushima diz esperar um impacto pequeno nas taxas de câncer na população, o que é devido em grande parte às "ações rápidas de proteção" das autoridades japoneses na esteira do acidente.
Um raio de 30 km ao redor da usina foi declarado zona de exclusão aérea, e áreas onde a radiação não estava tão criticamente alta adotaram medidas como substituir a terra de parques e áreas de lazer das escolas, descontaminar espaços públicos como calçadas e limitar o tempo de lazer das crianças fora de casa.
"Não se esperam mudanças discerníveis em taxas futuras de câncer e de doenças hereditárias por causa da exposição à radiação resultante do acidente nuclear de Fukushima", declarou a Unscear em um comunicado acompanhando seu estudo de quase 300 páginas.
A Unscear disse que 80 cientistas destacados trabalharam no relatório, e que o material foi analisado por seus 27 países-membros.