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Chinesas se submeterão a testes de gravidez trimestrais

Segundo a comissão de planejamento familiar, os testes permitirão realizar abortos "a tempo" quando não for permitido às grávidas criar um bebê

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 10 de janeiro de 2013 às 12h24.

Pequim - As trabalhadoras chinesas da região de Shangluo, na província de Shaanxi, terão que se submeter a testes de gravidez trimestrais, por ordem das autoridades locais de planejamento familiar, informou nesta quinta-feira o jornal "Global Times".

A Comissão de Planejamento Familiar e Populacional de Shangluo anunciou que as funcionárias que se negarem a se submeter aos testes serão "punidas" e que as que tiverem filhos deverão usar dispositivo intrauterino (DIU), o método anticoncepcional mais comum na China , disse o veículo.

A comissão explicou à imprensa local que os testes permitirão realizar abortos "a tempo" quando não for permitido às grávidas criar um bebê.

"A comissão local precisa tomar certas medidas para cumprir com sua cota familiar", alegou um ex-especialista da comissão e investigador da Academia de Ciências Sociais de Xangai, Liang Zhongtang, citado pelo jornal.

Segundo Liang, embora a lei chinesa não especifique a frequência, os requisitos de testes de gravidez são muito comuns nas cidades e nos povoados chineses.


A medida que, embora tenha sido decretada em agosto de 2012, só se tornou pública no sábado, foi amplamente criticada nos microblogs do país.

Em maio de 2007 a imprensa local denunciou o caso de estudantes de um instituto tecnológico em Urumqi, capital da região autônoma de Xinjiang, que as autoridades educativas obrigavam anualmente a se submeter a exames médicos, que incluíam a detecção de possíveis gravidezes. Se alguma estudante estivesse grávida, seria expulsa do instituto.

Em junho de 2012 veio a público que uma mulher foi forçada a abortar um feto de mais de sete meses de gestação na cidade de Ankang (Shaanxi), o que levou à cassação de três funcionários.

Na China os casais só podem ter um filho, salvo quando os dois progenitores sejam filhos únicos - quando estão autorizados a ter duas crianças -. Na zona rural também é permitido ter um segundo filho se a primogênita for menina.

A política do filho único, muito impopular no país, se instaurou no final de 1970 para refrear a superpopulação na China e segundo as estatísticas governamentais conseguiu reduzir o crescimento demográfico anual de 1,35 milhão de novos habitantes por ano, em 1980, para os 630 mil atuais.

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Pequim - As trabalhadoras chinesas da região de Shangluo, na província de Shaanxi, terão que se submeter a testes de gravidez trimestrais, por ordem das autoridades locais de planejamento familiar, informou nesta quinta-feira o jornal "Global Times".

A Comissão de Planejamento Familiar e Populacional de Shangluo anunciou que as funcionárias que se negarem a se submeter aos testes serão "punidas" e que as que tiverem filhos deverão usar dispositivo intrauterino (DIU), o método anticoncepcional mais comum na China , disse o veículo.

A comissão explicou à imprensa local que os testes permitirão realizar abortos "a tempo" quando não for permitido às grávidas criar um bebê.

"A comissão local precisa tomar certas medidas para cumprir com sua cota familiar", alegou um ex-especialista da comissão e investigador da Academia de Ciências Sociais de Xangai, Liang Zhongtang, citado pelo jornal.

Segundo Liang, embora a lei chinesa não especifique a frequência, os requisitos de testes de gravidez são muito comuns nas cidades e nos povoados chineses.


A medida que, embora tenha sido decretada em agosto de 2012, só se tornou pública no sábado, foi amplamente criticada nos microblogs do país.

Em maio de 2007 a imprensa local denunciou o caso de estudantes de um instituto tecnológico em Urumqi, capital da região autônoma de Xinjiang, que as autoridades educativas obrigavam anualmente a se submeter a exames médicos, que incluíam a detecção de possíveis gravidezes. Se alguma estudante estivesse grávida, seria expulsa do instituto.

Em junho de 2012 veio a público que uma mulher foi forçada a abortar um feto de mais de sete meses de gestação na cidade de Ankang (Shaanxi), o que levou à cassação de três funcionários.

Na China os casais só podem ter um filho, salvo quando os dois progenitores sejam filhos únicos - quando estão autorizados a ter duas crianças -. Na zona rural também é permitido ter um segundo filho se a primogênita for menina.

A política do filho único, muito impopular no país, se instaurou no final de 1970 para refrear a superpopulação na China e segundo as estatísticas governamentais conseguiu reduzir o crescimento demográfico anual de 1,35 milhão de novos habitantes por ano, em 1980, para os 630 mil atuais.

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