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China vive o maior deslocamento humano no Ano Novo Lunar

O Ministério de Transporte da China prevê 2,8 bilhões de deslocamentos, 3,4% a mais que no ano passado

Ano novo chinês: o Ministério de Transporte da China prevê 2,8 bilhões de deslocamentos, 3,4% a mais que no ano passado (Feng Li/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 17 de fevereiro de 2015 às 12h32.

Pequim - A China vive nestes dias o maior deslocamento humano do planeta e em suas principais metrópoles, como Pequim, milhões de emigrantes voltam às suas cidades natais para celebrar o Ano Novo Lunar, especialmente de trem, a opção mais acessível para a maioria.

Milhares de viajantes, muito barulho e choques de malas, longas filas nas bilheterias, nervosismo e, sobretudo, muitos rostos de felicidade. Assim era o ambiente hoje em uma das principais estações ferroviárias da capital, onde milhares de pessoas esperavam a hora de saída de seu trem para celebrar a festa mais importante do país.

O Ministério de Transporte da China prevê 2,8 bilhões de deslocamentos, 3,4% a mais que no ano passado, e a expectativa é que as viagens de trem tenham maior demanda, crescendo 10%.

Para as viagens de trem ou pela impossibilidade de conseguir um bilhete com cama devido a alta demanda, muitos são obrigados a viajar durante inumeráveis horas em pé ou em assentos duros.

Apesar da grande melhora nos últimos anos dos serviços de trens de alta velocidade, avião e ônibus - que ajudaram a resolver grande parte dos problemas de capacidade, a China é o terceiro país mais extenso do mundo e ainda é normal que muitos trabalhadores migrantes passem até dois ou três dias no caminho de volta para casa.

Lin Li, de 26 anos, partiu hoje para sua terra natal na cidade litorânea de Fuzhou, na província de Fujian, no sudeste da China. Da mesma forma que muitos outros, não foi nada fácil obter uma passagem esta semana, mesmo para quem o governo permitiu comprar com 60 dias de antecedência devido a grande demanda destas datas.

Após uma grande espera (e sorte), a jovem conseguiu comprar sua passagem quando outro viajante decidiu devolver o seu. Nada apagará seu sorriso de felicidade ao consegui-lo, nem mesmo as 20 horas que passará em um assento duro de trem, para passar duas semanas de férias com seus pais, que vê somente duas vezes ao ano.

"Só passo uma ou duas horas difíceis", contou a jovem, ao lembrar que há pessoas que passam por uma experiência pior, como quem vai em pé e paga o mesmo preço de um bilhete com assento.

"Em cada vagão há entre 15 e 20 pessoas de pé e se revezam para utilizar o vaso sanitário do banheiro para se sentar", explicou.

Há muitos que conseguem suavizar a dureza da viagem usando pequenos tamboretes portáteis para sentar e inclusive contando com a boa vontade dosa outros viajantes que vão sentados e que cedem seu assento um pouco aos que viajam em pé.

Da mesma forma que Lin, Cai Xinghua, uma jovem de 20 anos, passará mais de 20 horas sentada em um trem até Cantão, no sul, onde tomará um ônibus de duas horas, em pé, para chegar a sua cidade natal, Zhaoqing, na província cantonesa.

Cai contou a Efe que, embora "a viagem seja muito longo e pesada, rodeada de muitas pessoas no vagão", vale a pena o esforço e o cansaço só para estar durante alguns dias com sua família.

O Ano Novo chinês acontece na noite de amanhã, quarta-feira, e dará passagem nas duas semanas seguintes ao Festival da Primavera, um evento de caráter familiar.

O Festival da Primavera também é o maior período de férias dos cidadãos chineses -até duas semanas livres- já que, ao contrário de outros países, não têm férias de verão.

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Pequim - A China vive nestes dias o maior deslocamento humano do planeta e em suas principais metrópoles, como Pequim, milhões de emigrantes voltam às suas cidades natais para celebrar o Ano Novo Lunar, especialmente de trem, a opção mais acessível para a maioria.

Milhares de viajantes, muito barulho e choques de malas, longas filas nas bilheterias, nervosismo e, sobretudo, muitos rostos de felicidade. Assim era o ambiente hoje em uma das principais estações ferroviárias da capital, onde milhares de pessoas esperavam a hora de saída de seu trem para celebrar a festa mais importante do país.

O Ministério de Transporte da China prevê 2,8 bilhões de deslocamentos, 3,4% a mais que no ano passado, e a expectativa é que as viagens de trem tenham maior demanda, crescendo 10%.

Para as viagens de trem ou pela impossibilidade de conseguir um bilhete com cama devido a alta demanda, muitos são obrigados a viajar durante inumeráveis horas em pé ou em assentos duros.

Apesar da grande melhora nos últimos anos dos serviços de trens de alta velocidade, avião e ônibus - que ajudaram a resolver grande parte dos problemas de capacidade, a China é o terceiro país mais extenso do mundo e ainda é normal que muitos trabalhadores migrantes passem até dois ou três dias no caminho de volta para casa.

Lin Li, de 26 anos, partiu hoje para sua terra natal na cidade litorânea de Fuzhou, na província de Fujian, no sudeste da China. Da mesma forma que muitos outros, não foi nada fácil obter uma passagem esta semana, mesmo para quem o governo permitiu comprar com 60 dias de antecedência devido a grande demanda destas datas.

Após uma grande espera (e sorte), a jovem conseguiu comprar sua passagem quando outro viajante decidiu devolver o seu. Nada apagará seu sorriso de felicidade ao consegui-lo, nem mesmo as 20 horas que passará em um assento duro de trem, para passar duas semanas de férias com seus pais, que vê somente duas vezes ao ano.

"Só passo uma ou duas horas difíceis", contou a jovem, ao lembrar que há pessoas que passam por uma experiência pior, como quem vai em pé e paga o mesmo preço de um bilhete com assento.

"Em cada vagão há entre 15 e 20 pessoas de pé e se revezam para utilizar o vaso sanitário do banheiro para se sentar", explicou.

Há muitos que conseguem suavizar a dureza da viagem usando pequenos tamboretes portáteis para sentar e inclusive contando com a boa vontade dosa outros viajantes que vão sentados e que cedem seu assento um pouco aos que viajam em pé.

Da mesma forma que Lin, Cai Xinghua, uma jovem de 20 anos, passará mais de 20 horas sentada em um trem até Cantão, no sul, onde tomará um ônibus de duas horas, em pé, para chegar a sua cidade natal, Zhaoqing, na província cantonesa.

Cai contou a Efe que, embora "a viagem seja muito longo e pesada, rodeada de muitas pessoas no vagão", vale a pena o esforço e o cansaço só para estar durante alguns dias com sua família.

O Ano Novo chinês acontece na noite de amanhã, quarta-feira, e dará passagem nas duas semanas seguintes ao Festival da Primavera, um evento de caráter familiar.

O Festival da Primavera também é o maior período de férias dos cidadãos chineses -até duas semanas livres- já que, ao contrário de outros países, não têm férias de verão.

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