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China pede que Japão revise sua postura e volte a negociar

O Japão adquiriu pelo equivalente a US$ 26,3 milhões três ilhas Diaoyu e os chineses responderam com o envio de dois navios patrulheiros do Serviço de Guarda Costeira

Navio de patrulha da China perto das ilhas Diaoyu (Divulgação/11th Regional Coast Guard Headquarters/Reuters)

Navio de patrulha da China perto das ilhas Diaoyu (Divulgação/11th Regional Coast Guard Headquarters/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 12 de setembro de 2012 às 07h57.

Pequim - A China pediu ao Japão nesta quarta-feira que "corrija seus erros" e volte à via da negociação no conflito entre os países pela soberania das ilhas Diaoyu, depois que Tóquio comprou três das ilhotas do polêmico arquipélago.

Em sua entrevista coletiva diária, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Hong Lei, considerou que, neste momento, a 'tarefa mais urgente é que o Japão corrija seus erros, reverta a situação e volte à via do diálogo e da negociação para resolver o conflito'.

Depois que o Japão adquiriu na terça-feira pelo equivalente a US$ 26,3 milhões as três ilhotas, a China respondeu com o envio de dois navios patrulheiros do Serviço de Guarda Costeira, o que aumentou ainda mais a recente escalada de tensão diplomática entre os países.

"A atual situação é culpa do Japão", declarou Hong, insistindo que a China tomará as medidas 'necessárias' para defender seu território, mas descartou especificar de que natureza poderiam ser e se teriam caráter comercial.

O arquipélago em disputa é formado pelas três ilhas adquiridas pelo Japão, junto com outras duas também desabitadas e três penhascos, um território de sete quilômetros quadrados conhecido como Senkaku pelo Japão, Diaoyu pela China e Tiaoyutai por Taiwan, que também o reivindica como seu.

Embora o Japão alegue que tomou o controle do arquipélago na década de 1890, o regime comunista garante que a China descobriu e batizou pela primeira vez as ilhas, e por isso são parte de seu território desde a antiguidade.

A disputa territorial sobre estas ilhotas, administradas formalmente pela província japonesa de Okinawa e que poderiam contar com importantes recursos naturais, aumentou ainda mais desde agosto, quando ativistas chineses e japoneses realizaram desembarques não autorizados no arquipélago.

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