China oferece ajuda militar ao Afeganistão
A oferta, feita durante uma rara visita de alto escalão em fevereiro, revela uma mudança na postura diplomática do gigante asiático
Da Redação
Publicado em 9 de março de 2016 às 15h57.
Cabul - A China ofereceu ajuda militar ao exército do Afeganistão no combate ao Taleban, afirmou hoje o Ministério da Defesa afegão.
A oferta, feita durante uma rara visita de alto escalão em fevereiro, revela uma mudança na postura diplomática do gigante asiático, que sempre quis manter uma posição neutra no conflito para ajudar a intermediar as negociações de paz entre o Taleban e o governo local.
No entanto, a deterioração das condições de segurança e a emergência do grupo extremista Estado Islâmico na região parecem ter levado a China a rever sua estratégia.
A visita da delegação chinesa em fevereiro, chefiada pelo general Fang Fenghui, foi também uma forte demonstração de apoio ao governo afegão num momento em que ele está fragilizado por causa da retirada das tropas estrangeiras.
O Taleban controla agora quase um terço do país, de acordo com autoridades norte-americanas e das Nações Unidas.
"Uma comissão foi designada para organizar uma lista de pedidos", disse Mohammad Radmanish, vice-porta-voz do Ministério de Defesa do país. O documento pode incluir armas leves, peças para aeronaves e uniformes, disse.
A ajuda militar chinesa oferecida ao Afeganistão até o momento chega a US$ 70 milhões, e foi prometida durante uma conferência na Rússia, no ano passado.
A quantia é pequena em comparação com o montante gasto por outros países, que ultrapassa os bilhões. Mas vem crescendo rapidamente graças aos interesses de Pequim no Paquistão.
A China tem importantes investimentos no país, que também sofre com problemas de terrorismo. O caos no Afeganistão, sob essa ótica, pode ser prejudicial aos seus projetos na região.
Cabul - A China ofereceu ajuda militar ao exército do Afeganistão no combate ao Taleban, afirmou hoje o Ministério da Defesa afegão.
A oferta, feita durante uma rara visita de alto escalão em fevereiro, revela uma mudança na postura diplomática do gigante asiático, que sempre quis manter uma posição neutra no conflito para ajudar a intermediar as negociações de paz entre o Taleban e o governo local.
No entanto, a deterioração das condições de segurança e a emergência do grupo extremista Estado Islâmico na região parecem ter levado a China a rever sua estratégia.
A visita da delegação chinesa em fevereiro, chefiada pelo general Fang Fenghui, foi também uma forte demonstração de apoio ao governo afegão num momento em que ele está fragilizado por causa da retirada das tropas estrangeiras.
O Taleban controla agora quase um terço do país, de acordo com autoridades norte-americanas e das Nações Unidas.
"Uma comissão foi designada para organizar uma lista de pedidos", disse Mohammad Radmanish, vice-porta-voz do Ministério de Defesa do país. O documento pode incluir armas leves, peças para aeronaves e uniformes, disse.
A ajuda militar chinesa oferecida ao Afeganistão até o momento chega a US$ 70 milhões, e foi prometida durante uma conferência na Rússia, no ano passado.
A quantia é pequena em comparação com o montante gasto por outros países, que ultrapassa os bilhões. Mas vem crescendo rapidamente graças aos interesses de Pequim no Paquistão.
A China tem importantes investimentos no país, que também sofre com problemas de terrorismo. O caos no Afeganistão, sob essa ótica, pode ser prejudicial aos seus projetos na região.