A China deve anunciar, até o final do ano, o vencedor de uma licitação para construir quatro usinas nucleares, orçadas entre 1 e 2 bilhões de dólares cada uma. O valor total do contrato, portanto, pode alcançar 8 bilhões de dólares. Os principais candidatos ao negócio bilionário são a americana Westinghouse Electric, a francesa Areva e a russa AtomStroy Export.

Cada planta terá capacidade para gerar 1 000 megawatts. De acordo com o americano The Wall Street Journal, as propostas mais cotadas são as dos Estados Unidos e da França, que oferecem reatores de terceira geração. Já os russos estariam correndo por fora, com um reator de segunda geração.

Nesta semana, as autoridades americanas se movimentaram para pressionar a China a adotar sua oferta. Nesta quinta-feira (14/9), a secretária-assistente de Energia dos Estados Unidos, Karen Harbert, reuniu-se com seus pares chineses para discutir a questão. "Esperamos a divulgação do vencedor em breve. A China está muito próxima de decidir qual rota tecnológica irá seguir", disse.

O governo chinês pretende construir 32 usinas nucleares até 2020. Atualmente, há 10 reatores em uso ou construção no país. O objetivo é elevar a geração nuclear para 4% da sua matriz energética - o equivalente a 40 gigawatts -, ante o 1,5% atuais.