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China diz que já faz parte do esforço para ajudar a Europa

Como detentora das maiores reservas internacionais do mundo, China é um dos poucos governos com dinheiro suficiente para comprar uma porção da dívida europeia

China é um dos poucos governos com dinheiro suficiente para comprar uma porção considerável da dívida do governo europeu e ajudar a tirar a região do mal-estar econômico (Feng Li/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 10 de dezembro de 2011 às 15h24.

VIENA - A China continuará fazendo parte dos esforços internacionais para ajudar a Europa a enfrentar a crise, disse a vice-ministra das Relações Exteriores do país, Fu Ying, neste sábado, rejeitando a ideia de que Pequim apenas observava enquanto a região sofria.

"A China será parte do esforço internacional para ajudar a Europa. Já fizemos muito, participamos bastante e os europeus sabem disso", ela disse a jornalistas nos bastidores de uma conferência em Viena. Questionada como a China ajudaria, disse: "Queremos investir, estamos importando mais, estamos enviando delegações para comprar, adquirir, que ajudarão a criar empregos, que ajudarão a estimular a economia. A China vai continuar sendo parte do esforço porque estamos interligados, somos interdependentes. Estamos nisso juntos. Estamos no mesmo barco", disse ela.

Como detentora das maiores reservas internacionais do mundo, a China é um dos poucos governos com dinheiro suficiente para comprar uma porção considerável da dívida do governo europeu e ajudar a tirar a região do mal-estar econômico.

Partidários desta ideia dizem que a China estaria se ajudando se auxiliasse a zona do euro, porque iria permitir que Pequim diversificasse suas reservas em dólar e incentivaria o crescimento econômico no maior mercado exportador da China.

A China recebeu de forma fria essas sugestões e não se comprometeu publicamente em contribuir para um fundo de resgate da Europa, apesar de ter sido cortejada pelo chefe do fundo no mês passado.

Fu disse em Viena que a ideia da China dar "ajuda" à Europa era frequentemente mal compreendida.

"Quando é traduzida para o mandarim, parece como ajuda ao desenvolvimento e não é isso o que estamos dizendo", disse. "O que queremos fazer é ser parte do esforço para estimular a economia", disse, acrescentando que a China esperava aumentar suas importações da Europa no próximo ano.

"A China tem 120 milhões de pessoas vivendo com um dólar por dia, então não é o tipo de país rico o bastante para falar em salvar outros. Isso não quer dizer que a China está tentando ficar longe deste esforço global... somos todos interdependentes", disse.

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Como detentora das maiores reservas internacionais do mundo, a China é um dos poucos governos com dinheiro suficiente para comprar uma porção considerável da dívida do governo europeu e ajudar a tirar a região do mal-estar econômico.

Partidários desta ideia dizem que a China estaria se ajudando se auxiliasse a zona do euro, porque iria permitir que Pequim diversificasse suas reservas em dólar e incentivaria o crescimento econômico no maior mercado exportador da China.

A China recebeu de forma fria essas sugestões e não se comprometeu publicamente em contribuir para um fundo de resgate da Europa, apesar de ter sido cortejada pelo chefe do fundo no mês passado.

Fu disse em Viena que a ideia da China dar "ajuda" à Europa era frequentemente mal compreendida.

"Quando é traduzida para o mandarim, parece como ajuda ao desenvolvimento e não é isso o que estamos dizendo", disse. "O que queremos fazer é ser parte do esforço para estimular a economia", disse, acrescentando que a China esperava aumentar suas importações da Europa no próximo ano.

"A China tem 120 milhões de pessoas vivendo com um dólar por dia, então não é o tipo de país rico o bastante para falar em salvar outros. Isso não quer dizer que a China está tentando ficar longe deste esforço global... somos todos interdependentes", disse.

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