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China completa esquema de monitoramento no Tibet

Tibetanos já são observados de perto, devido às várias décadas de protestos contra o regime chinês, muitos deles violentos

Menino e um homem tibetanos sentados em um rua próximo do monastério Dzamthang Jonang, onde Kalkyi se auto-imolou em protesto contra as leis chinesas, em Barma (Kim Kyung-Hoon/Reuters)

Menino e um homem tibetanos sentados em um rua próximo do monastério Dzamthang Jonang, onde Kalkyi se auto-imolou em protesto contra as leis chinesas, em Barma (Kim Kyung-Hoon/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 19 de junho de 2013 às 11h05.

Pequim - A China concluiu um esquema de monitoramento na turbulenta região do Tibet, exigindo que todos os usuários de telefones e Internet se registrem com seus nomes reais, disse a imprensa estatal nesta quarta-feira.

Os tibetanos já são observados de perto, devido às várias décadas de protestos contra o regime chinês, muitos deles violentos.

Até o final do ano passado, todos os 2,76 milhões de usuários de telefones fixos e celulares e 1,47 milhão de usuários da Internet na remota região precisaram se cadastrar, segundo a agência de notícias Xinhua.

O esquema é propício para proteger as informações pessoais dos cidadãos e restringir a difusão de informações prejudiciais”, disse o funcionário público Nyima Doje à agência.

A crescente popularização da Internet e dos celulares “causou problemas sociais, incluindo a desenfreada circulação de rumores online, pornografia e mensagens de spam, disse outro funcionário, Dai Jianguo.

O registro com nome real ajudará a resolver esses problemas, ao mesmo tempo em que beneficia o desenvolvimento sólido e de longo prazo da Internet, acrescentou Dai.

O governo central chinês aprovou no ano passado uma lei que estabelece um registro com nomes reais para o uso da Internet, e também começou a exigir que usuários do popular serviço Sina Weibo, uma espécie de Twitter chinês, cadastrem seus nomes reais.

Já a fiscalização de regras semelhantes para celulares, especialmente os pré-pagos, costuma ser falha.

O anúncio da conclusão do programa de monitoramento das comunicações do Tibete ocorre num momento em que o governo chinês manifestou indignação com as denúncias de que os EUA monitoraram milhões de usuários de telefones e Internet.

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