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Chile reabre caso de desaparecimento de médicos na ditadura

A reabertura será feita em decorrência de recursos impetrados por parentes e amigos dos médicos e ativistas políticos desaparecidos

Partidários de Augusto Pinochet exibem uma foto do ex-ditador chileno: no governo Pinochet, segundo dados de ONGs, mais de 3.200 chilenos foram mortos (Claudio Santana/AFP)
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Da Redação

Publicado em 31 de maio de 2013 às 11h36.

Brasília – As autoridades do Chile deverão reabrir as investigações sobre o desaparecimento de dois ativistas políticos no período da ditadura do ex-presidente Augusto Pinochet (1973-1990). A reabertura será feita em decorrência de recursos impetrados por parentes e amigos. A Justiça chilena deverá investigar o desaparecimento dos médicos Hernán Henríquez e Alejandro Flores.

No governo Pinochet, segundo dados de organizações não governamentais, mais de 3.200 chilenos foram mortos, 37 mil pessoas foram vítimas de prisão forçada e torturas. Ainda estão abertas 1.104 ações sobre denúncias de violação de direitos humanos ocorridas no período. Há registros de 1.192 pessoas desaparecidas.

O caso de Henríquez e Flores deverá ser julgado pelo juiz Álvaro Mesa. Ele apura o desaparecimento de Henríquez e o envolvimento de 16 militares da Força Aérea de Chile. Os parentes contam com o apoio da Fundação Rosa Luxemburgo (que é alemã) e do grupo de advogados liderado por Roberto Garretón. A viúva do médico, Ruth Kries, disse que espera há 40 anos pela Justiça.

Henríquez era o chefe do Serviço Nacional de Saúde nas províncias de Malleco e Cautín (Araucanía). Ele e Alejandro Flores Rivera, que era o presidente da Federação dos Trabalhadores em Saúde, apresentaram-se de forma voluntárias às autoridades em 1973. Em seguida, foi dada a ordem de prisão domiciliar a ambos que, depois, foram detidos e desapareceram.

Kries contou que seu marido era o responsável pela assistência médica aos índios mapuches, que sofriam com elevadas taxas de mortalidade infantil e materna. “Até hoje não sei onde colocaram os restos mortais [do meu marido], já fomos a muitos lugares e temos feito o possível para obter a verdade e a justiça”, ressaltou. Com informações da emissora multiestatal de televisão, Telesur.

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No governo Pinochet, segundo dados de organizações não governamentais, mais de 3.200 chilenos foram mortos, 37 mil pessoas foram vítimas de prisão forçada e torturas. Ainda estão abertas 1.104 ações sobre denúncias de violação de direitos humanos ocorridas no período. Há registros de 1.192 pessoas desaparecidas.

O caso de Henríquez e Flores deverá ser julgado pelo juiz Álvaro Mesa. Ele apura o desaparecimento de Henríquez e o envolvimento de 16 militares da Força Aérea de Chile. Os parentes contam com o apoio da Fundação Rosa Luxemburgo (que é alemã) e do grupo de advogados liderado por Roberto Garretón. A viúva do médico, Ruth Kries, disse que espera há 40 anos pela Justiça.

Henríquez era o chefe do Serviço Nacional de Saúde nas províncias de Malleco e Cautín (Araucanía). Ele e Alejandro Flores Rivera, que era o presidente da Federação dos Trabalhadores em Saúde, apresentaram-se de forma voluntárias às autoridades em 1973. Em seguida, foi dada a ordem de prisão domiciliar a ambos que, depois, foram detidos e desapareceram.

Kries contou que seu marido era o responsável pela assistência médica aos índios mapuches, que sofriam com elevadas taxas de mortalidade infantil e materna. “Até hoje não sei onde colocaram os restos mortais [do meu marido], já fomos a muitos lugares e temos feito o possível para obter a verdade e a justiça”, ressaltou. Com informações da emissora multiestatal de televisão, Telesur.

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