Chefe do Exército da Tailândia descarta golpe militar
O chefe do Exército da Tailândia descartou a possibilidade de uma intervenção militar no país
Da Redação
Publicado em 24 de fevereiro de 2014 às 13h04.
Bangcoc - O chefe do Exército da Tailândia , Prayuth Chan-ocha, descartou a possibilidade de uma intervenção militar no país e pediu para governo e manifestantes antigovernamentais iniciarem um diálogo em busca de uma saída para a crise.
Segundo o jornal local "Bangcoc Post", o general Prayut declarou que seu maior desejo é que "essa crise se resolva por meios pacíficos e que não haja conflito. É preciso insistir no diálogo com urgência (...)".
"Se recorrermos aos meios equivocados ou ao pleno uso da força militar, como poderemos garantir que a situação acabará em paz? O Exército não teme cumprir seu dever, mas se preocupa com a perda de mais vidas (...)", indicou Prayuth.
Nesta ocasião, ao contrário do que chegou a afirmar em janeiro, o chefe do Exército não deixou nenhuma porta aberta para a possibilidade de um golpe militar, como o que ocorreu em 2006 contra Thaksin Shinawatra, irmão mais velho da atual primeira-ministra, Yingluck.
O discurso do general Prayuth, transmitido pela televisão, vem à tona após a morte de quatro pessoas, incluindo três menores, em ataques contra acampamentos antigovernamentais registrados neste fim de semana.
Uma menina de 5 anos morreu e outras 35 pessoas ficaram feridas na noite de sábado em um acampamento antigovernamental na província de Trat, a cerca de 300 quilômetros ao leste de Bangcoc, depois do ataque de um grupo não identificado com armas e explosivos.
No dia seguinte, dois irmãos e uma mulher morreram e 22 pessoas ficaram feridas pelos explosivos lançados contra uma concentração de manifestantes na área comercial de Bangcoc.
O governo de Yingluck e os líderes dos manifestantes condenaram o aumento da violência na Tailândia, assim como o secretário-geral da ONU .
Pelo menos 22 pessoas morreram e mais de 750 ficaram feridas na Tailândia desde o final de novembro, quando os manifestantes começaram a ocupar os ministérios e edifícios públicos.
O líder dos protestos, Suthep Thaugsuban, vice-primeiro-ministro do Partido Democrata entre 2008 e 2011, disse que só dissolverá a mobilização com a criação de um conselho popular (não eleito) que reforme o sistema político para acabar com a corrupção.
Suthep boicotou as eleições parlamentares antecipadas organizadas pelo governo no início do mês, as quais buscavam uma saída para os protestos e cujo resultado está pendente da repetição da votação em várias circunscrições, o que deverá ocorrer apenas em abril.
Yingluck buscou o diálogo e confia em que as urnas legitimem sua posição, ao tempo que os "camisas vermelhas", partidários de Thaksin, advertiram que não tolerarão bagunças e nem ações antidemocráticas.
A Tailândia vive uma grave crise desde o golpe que depôs Thaksin. Desde então, seus seguidores e opositores saem às ruas para tentar derrubar o governo interino, enquanto o ex-primeiro-ministro vive no exterior desde 2008 para evitar uma condenação de dois anos de prisão por abuso de poder.
Bangcoc - O chefe do Exército da Tailândia , Prayuth Chan-ocha, descartou a possibilidade de uma intervenção militar no país e pediu para governo e manifestantes antigovernamentais iniciarem um diálogo em busca de uma saída para a crise.
Segundo o jornal local "Bangcoc Post", o general Prayut declarou que seu maior desejo é que "essa crise se resolva por meios pacíficos e que não haja conflito. É preciso insistir no diálogo com urgência (...)".
"Se recorrermos aos meios equivocados ou ao pleno uso da força militar, como poderemos garantir que a situação acabará em paz? O Exército não teme cumprir seu dever, mas se preocupa com a perda de mais vidas (...)", indicou Prayuth.
Nesta ocasião, ao contrário do que chegou a afirmar em janeiro, o chefe do Exército não deixou nenhuma porta aberta para a possibilidade de um golpe militar, como o que ocorreu em 2006 contra Thaksin Shinawatra, irmão mais velho da atual primeira-ministra, Yingluck.
O discurso do general Prayuth, transmitido pela televisão, vem à tona após a morte de quatro pessoas, incluindo três menores, em ataques contra acampamentos antigovernamentais registrados neste fim de semana.
Uma menina de 5 anos morreu e outras 35 pessoas ficaram feridas na noite de sábado em um acampamento antigovernamental na província de Trat, a cerca de 300 quilômetros ao leste de Bangcoc, depois do ataque de um grupo não identificado com armas e explosivos.
No dia seguinte, dois irmãos e uma mulher morreram e 22 pessoas ficaram feridas pelos explosivos lançados contra uma concentração de manifestantes na área comercial de Bangcoc.
O governo de Yingluck e os líderes dos manifestantes condenaram o aumento da violência na Tailândia, assim como o secretário-geral da ONU .
Pelo menos 22 pessoas morreram e mais de 750 ficaram feridas na Tailândia desde o final de novembro, quando os manifestantes começaram a ocupar os ministérios e edifícios públicos.
O líder dos protestos, Suthep Thaugsuban, vice-primeiro-ministro do Partido Democrata entre 2008 e 2011, disse que só dissolverá a mobilização com a criação de um conselho popular (não eleito) que reforme o sistema político para acabar com a corrupção.
Suthep boicotou as eleições parlamentares antecipadas organizadas pelo governo no início do mês, as quais buscavam uma saída para os protestos e cujo resultado está pendente da repetição da votação em várias circunscrições, o que deverá ocorrer apenas em abril.
Yingluck buscou o diálogo e confia em que as urnas legitimem sua posição, ao tempo que os "camisas vermelhas", partidários de Thaksin, advertiram que não tolerarão bagunças e nem ações antidemocráticas.
A Tailândia vive uma grave crise desde o golpe que depôs Thaksin. Desde então, seus seguidores e opositores saem às ruas para tentar derrubar o governo interino, enquanto o ex-primeiro-ministro vive no exterior desde 2008 para evitar uma condenação de dois anos de prisão por abuso de poder.