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Chefe de segurança de promotor argentino morto é investigado

O chefe de segurança do promotor Alberto Nisman, encontrado morto há dez dias, está sendo investigado e foi suspenso

O promotor Alberto Nisman: o policial Rubén Benítez era um homem de confiança de Nisman (Marcelo Capece/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 28 de janeiro de 2015 às 14h38.

Buenos Aires - O chefe de segurança do promotor argentino Alberto Nisman, que apareceu morto com um tiro na têmpora há dez dias, está sendo investigado, e se tornou o terceiro integrante da polícia a ser suspenso por este caso, que intriga a Argentina , informou nesta quarta-feira uma fonte judicial.

O policial Rubén Benítez, que coordenava a segurança composta por dez efetivos, era um homem de confiança de Nisman e disse que o havia dissuadido de comprar uma arma dias antes de sua morte, segundo a declaração que fez ante a promotora encarregada do caso, Viviana Fein, vazada à imprensa.

Os encarregados da segurança de Nisman, que investigava o atentado contra a Associação Mutual Israelita Argentina (Amia) em 1994, ficaram sob os holofotes pelas contradições em que caíram em suas declarações a Fein.

As autoridades policiais afirmam que eles não cumpriram com o protocolo estabelecido, já que no dia 18 de janeiro passaram-se várias horas sem que Nisman tivesse aparecido ou se comunicado com eles e, ainda assim, não advertiram seus superiores.

Além de Benítez, outros dois seguranças foram "passados à disponibilidade". Eles são Armando Niz, suboficial superior da Polícia Federal, e o sargento Luis Ismael Miño.

Os pormenores da investigação seguem concentrando a atenção dos argentinos, que nesta quarta-feira aguardam às 15h00 locais (16h00 de Brasília) uma coletiva de imprensa de Diego Lagomarsino, o único acusado neste caso por ter emprestado a arma calibre 22 de onde saiu a bala que matou o promotor.

Lagomarsino, colaborador próximo de Nisman, parece ser até agora a última pessoa a ter visto com vida o promotor, que quatro dias antes de sua morte fez uma grave denúncia contra a presidente argentina Cristina Kirchner e o chanceler Héctor Timerman.

Os preparativos para o velório de Nisman avançavam nesta quarta-feira, depois que Fein providenciou na véspera a entrega do corpo.

O enterro está previsto para quinta-feira no cemitério judeu de La Tablada, nos arredores de Buenos Aires.

Nisman apareceu morto com um tiro na têmpora na noite de domingo em seu apartamento no bairro de Puerto Madero, localizado em um edifício que tem fortes medidas de segurança.

Sua morte ocorreu dias depois de denunciar a presidente Cristina Kirchner e o chanceler Héctor Timerman de tentativa de acobertar os acusados iranianos pelo ataque contra a AMIA, o maior ataque terrorista na Argentina, que deixou 85 mortos e 300 feridos.

O promotor, de 51 anos, era o encarregado do caso desde 2004 e se reuniu com líderes da comunidade judaica na quinta-feira anterior a sua morte.

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Buenos Aires - O chefe de segurança do promotor argentino Alberto Nisman, que apareceu morto com um tiro na têmpora há dez dias, está sendo investigado, e se tornou o terceiro integrante da polícia a ser suspenso por este caso, que intriga a Argentina , informou nesta quarta-feira uma fonte judicial.

O policial Rubén Benítez, que coordenava a segurança composta por dez efetivos, era um homem de confiança de Nisman e disse que o havia dissuadido de comprar uma arma dias antes de sua morte, segundo a declaração que fez ante a promotora encarregada do caso, Viviana Fein, vazada à imprensa.

Os encarregados da segurança de Nisman, que investigava o atentado contra a Associação Mutual Israelita Argentina (Amia) em 1994, ficaram sob os holofotes pelas contradições em que caíram em suas declarações a Fein.

As autoridades policiais afirmam que eles não cumpriram com o protocolo estabelecido, já que no dia 18 de janeiro passaram-se várias horas sem que Nisman tivesse aparecido ou se comunicado com eles e, ainda assim, não advertiram seus superiores.

Além de Benítez, outros dois seguranças foram "passados à disponibilidade". Eles são Armando Niz, suboficial superior da Polícia Federal, e o sargento Luis Ismael Miño.

Os pormenores da investigação seguem concentrando a atenção dos argentinos, que nesta quarta-feira aguardam às 15h00 locais (16h00 de Brasília) uma coletiva de imprensa de Diego Lagomarsino, o único acusado neste caso por ter emprestado a arma calibre 22 de onde saiu a bala que matou o promotor.

Lagomarsino, colaborador próximo de Nisman, parece ser até agora a última pessoa a ter visto com vida o promotor, que quatro dias antes de sua morte fez uma grave denúncia contra a presidente argentina Cristina Kirchner e o chanceler Héctor Timerman.

Os preparativos para o velório de Nisman avançavam nesta quarta-feira, depois que Fein providenciou na véspera a entrega do corpo.

O enterro está previsto para quinta-feira no cemitério judeu de La Tablada, nos arredores de Buenos Aires.

Nisman apareceu morto com um tiro na têmpora na noite de domingo em seu apartamento no bairro de Puerto Madero, localizado em um edifício que tem fortes medidas de segurança.

Sua morte ocorreu dias depois de denunciar a presidente Cristina Kirchner e o chanceler Héctor Timerman de tentativa de acobertar os acusados iranianos pelo ataque contra a AMIA, o maior ataque terrorista na Argentina, que deixou 85 mortos e 300 feridos.

O promotor, de 51 anos, era o encarregado do caso desde 2004 e se reuniu com líderes da comunidade judaica na quinta-feira anterior a sua morte.

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