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Chefe da OEA pede paz no Paraguai, que vive violência política

O país vive uma situação insólita, em que os opositores classificaram como um "golpe parlamentar"

Paraguai: no último sábado, um manifestante foi morto pelas mãos da política durante uma intervenção no Congresso (Marcos Brindicci/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 3 de abril de 2017 às 11h29.

Washington - O secretário-geral da OEA, Luis Almagro, pediu paz às forças políticas do Paraguai e solicitou, neste sábado, que o governo investigue a morte de um opositor pelas mãos da polícia depois que manifestantes entraram no Congresso.

Após um dia de violentos confrontos, na sexta-feira, que deixaram 30 feridos e mais de 200 detidos, Almagro fez um "chamado às forças políticas do Paraguai pela paz e pelo respeito à democracia", segundo uma nota oficial.

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Manifestantes opositores destruíram grades, portões e janelas do Congresso e atearam fogo em várias partes do edifício como protesto por uma emenda constitucional que busca permitir a reeleição presidencial.

O presidente da Juventude Liberal, Rodrigo Quintana, de 25 anos, morreu com o impacto de uma bala na cabeça, depois da violenta invasão da polícia na sede desta formação política.

"A violência não é a forma de resolver os conflitos políticos na democracia. Se não há garantias para um jovem dirigente, estão está acabando o respeito aos direitos humanos e às liberdades fundamentais", disse Almagro.

O ex-chanceler uruguaio condenou "energicamente" a entrada violenta dos opositores no Congresso.

Mas acusou as forças de ordem de se excederem "absolutamente" em suas funções ao tomarem a sede política e assassinarem o dirigente, e pediu que o governo puna os responsáveis.

"Se um setor da sociedade viola este componente fundamental atacando a institucionalidade por meio de um incêndio no edifício ícone da representação popular, isso não justifica, de maneira alguma, a invasão de uma sede política, a repressão indiscriminada e o assassinato de um jovem dirigente político", afirmou.

O início da confusão se deu por uma votação no Senado de uma emenda constitucional que busca permitir a reeleição, considerada pelos opositores um "golpe parlamentar".

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