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Chanceler mexicano insiste que não alterou discurso de Trump

A emissora CBS relatou que Videgaray editou o discurso que Trump fez em janeiro ao apresentar a ordem para dar início à construção do muro

Videgaray, chanceler mexicano: ele disse que somente conversou com a equipe de Trump antes do discurso sobre sua preocupação com uma retórica "anti-mexicana" (Henry Romero/Reuters)
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AFP

Publicado em 13 de fevereiro de 2017 às 18h28.

O chanceler mexicano , Luis Videgaray, insistiu nesta segunda-feira (13) que não ajudou o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump , a alterar seu discurso sobre o polêmico muro, mas que fez advertências à equipe do novo presidente que repetir a "retórica anti-mexicana" seria preocupante.

A emissora americana CBS relatou na quinta-feira (9) que, durante sua primeira visita aos Estados Unidos desde a mudança de governo, Videgaray editou o discurso que Trump fez em 25 de janeiro ao apresentar a ordem executiva para dar início à construção do muro.

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Mas nessa mesma noite Videgaray tuitou muito irritado. "Nunca pensei que chegaria o dia em que eu usaria esta frase, mas hoje se aplica: FAKE NEWS", escreveu. A mesma mensagem foi postada em inglês, mas sem se aprofundar no assunto.

"Vi pela televisão" o discurso de 25 de janeiro e certamente teve um "tom mais positivo a respeito do México" em comparação com as declarações feitas por Trump enquanto era candidato, declarou nesta segunda-feira o chanceler em entrevista à Noticieros Televisa.

Videgaray disse que somente conversou com a equipe de Trump antes do discurso sobre o quão "preocupante" seria o presidente americano "voltar" a se referir ao México "com a mesma retórica anti-mexicana".

Trump insiste que o muro deverá ser pago pelo governo do México, que terminantemente se nega a fazer.

Por conta disso, um encontro que aconteceria em Washington entre Trump e o presidente Enrique Peña Nieto foi cancelado.

Videgaray disse que o número de ligações de mexicanos para os consulados nos Estados Unidos preocupados com as batidas policiais cresceu "de maneira exponencial", com uma alta de pelo menos "três vezes" na média diária de perguntas sobre os procedimentos migratórios nos Estados Unidos.

O chanceler também assegurou que a deportação de mexicanos "se mantém nas mesmas tendências do ano passado, inclusive ligeiramente abaixo do ano passado".

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