Exame Logo

Reino Unido já fala em novo estado de relações com a Rússia

Segundo ministro britânico de Relações Exteriores, a crise da Ucrânia mostrou que pode ser preciso estabelecer 'um novo estado de relações' com a Rússia

Kremlin, na Rússia: para William Hague, comportamento 'pistoleiro' sobre a Ucrânia justifica preocupações (Eric Feferberg/AFP/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 23 de março de 2014 às 09h19.

Londres - O ministro de Relações Exteriores do Reino Unido , William Hague, afirmou que a crise da Ucrânia mostrou que pode ser preciso estabelecer 'um novo estado de relações' com a Rússia , diferente do dos últimos 20 anos, em artigo publicado neste domingo no jornal 'Sunday Telegraph'.

Hague alertou Moscou para o 'maior isolamento' do país se continuar com o comportamento 'pistoleiro' sobre a Ucrânia, próprio de 'outra era' e diante do qual os europeus não podem 'fugir assustados'. Ele definiu esta crise como 'de longe o risco mais sério para a segurança europeia no século 21'.

'Com milhares de tropas russas postadas ainda na fronteira da Ucrânia, existe um grave risco que a crise da Ucrânia possa se aprofundar', apontou Hague, que advertiu de novo das 'sanções econômicas de maior alcance'.

'Com nossos aliados, infelizmente, devemos estar prontos para vislumbrar um novo estado de relações com a Rússia muito diferente ao dos últimos 20 anos', acrescentou.

'Isso significará a saída da Rússia de algumas organizações internacionais, restrições em cooperação militar e venda de armas, e de menor influência sobre o resto da Europa', escreveu no 'Telegraph'.

O primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, disse esta semana que a cúpula do G7 que acontece amanhã em Haia, na Holanda, debaterá a expulsão da Rússia do Grupo dos Oito (G8), que é presidido exatamente por Moscou este ano.

O G8 é integrado pelos membros do G7 (Estados Unidos, França, Reino Unido, Itália, Canadá, Japão e Alemanha) mais a Rússia.

No artigo, Hague afirmou que a Rússia enfrenta um futuro de 'dor a curto prazo' com as sanções já aprovadas, mas a longo prazo a perspectiva para o país de Vladimir Putin é de 'isolamento e paralisação'.

Ao mesmo tempo, pede que os países europeus 'diversifiquem' suas fontes de energia para se tornarem menos dependentes do gás russo.

O Ministério das Relações Exteriores britânico atualizou este fim de semana seu aviso sobre o leste da Ucrânia, onde adverte contra qualquer viagem não essencial para as regiões de Kharkov, Donetsk e Lugansk por causa das crescentes tensões.

O Foreign Office mantém também sua advertência contra qualquer viagem à Crimeia e pede aos britânicos que deixem o território. EFE

Veja também

Londres - O ministro de Relações Exteriores do Reino Unido , William Hague, afirmou que a crise da Ucrânia mostrou que pode ser preciso estabelecer 'um novo estado de relações' com a Rússia , diferente do dos últimos 20 anos, em artigo publicado neste domingo no jornal 'Sunday Telegraph'.

Hague alertou Moscou para o 'maior isolamento' do país se continuar com o comportamento 'pistoleiro' sobre a Ucrânia, próprio de 'outra era' e diante do qual os europeus não podem 'fugir assustados'. Ele definiu esta crise como 'de longe o risco mais sério para a segurança europeia no século 21'.

'Com milhares de tropas russas postadas ainda na fronteira da Ucrânia, existe um grave risco que a crise da Ucrânia possa se aprofundar', apontou Hague, que advertiu de novo das 'sanções econômicas de maior alcance'.

'Com nossos aliados, infelizmente, devemos estar prontos para vislumbrar um novo estado de relações com a Rússia muito diferente ao dos últimos 20 anos', acrescentou.

'Isso significará a saída da Rússia de algumas organizações internacionais, restrições em cooperação militar e venda de armas, e de menor influência sobre o resto da Europa', escreveu no 'Telegraph'.

O primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, disse esta semana que a cúpula do G7 que acontece amanhã em Haia, na Holanda, debaterá a expulsão da Rússia do Grupo dos Oito (G8), que é presidido exatamente por Moscou este ano.

O G8 é integrado pelos membros do G7 (Estados Unidos, França, Reino Unido, Itália, Canadá, Japão e Alemanha) mais a Rússia.

No artigo, Hague afirmou que a Rússia enfrenta um futuro de 'dor a curto prazo' com as sanções já aprovadas, mas a longo prazo a perspectiva para o país de Vladimir Putin é de 'isolamento e paralisação'.

Ao mesmo tempo, pede que os países europeus 'diversifiquem' suas fontes de energia para se tornarem menos dependentes do gás russo.

O Ministério das Relações Exteriores britânico atualizou este fim de semana seu aviso sobre o leste da Ucrânia, onde adverte contra qualquer viagem não essencial para as regiões de Kharkov, Donetsk e Lugansk por causa das crescentes tensões.

O Foreign Office mantém também sua advertência contra qualquer viagem à Crimeia e pede aos britânicos que deixem o território. EFE

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaEuropaPaíses ricosReino UnidoRússiaUcrânia

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mundo

Mais na Exame