Cerca de 900 mil nigerianos já fugiram do Boko Haram
Grupo islâmico radical realiza ataques no Nordeste do país africano nos últimos meses
Da Redação
Publicado em 18 de janeiro de 2015 às 23h24.
O clima de terror que os ataques do grupo radical islâmico Boko Haram espalharam pelo Nordeste da Nigéria nos últimos meses já obrigou cerca de 900 mil nigerianos a deixar seus lares e pertences e migrar para outras localidades em busca de proteção, comida e medicamentos.
Segundo a Agência Nacional de Gestão de Emergência (Nema), na última quinta-feira (15), o total de deslocados pela ação extremista do Boko Haram chegava a 868.235.
Parte dessas pessoas em fuga está abrigada em um dos 20 acampamentos montados pelas autoridades nigerianas para receber os necessitados.
Além dos que fogem do Boko Haram, os acampamentos abrigam uma parcela dos 66.087 nigerianos afetados por desastres naturais recentes.
Segundo o diretor de Busca e Salvamento da agência, Charles Otegbade, apenas os cinco campos que mais receberam refugiados abrigavam, há quatro dias, 389.284 pessoas.
Só Adamawa havia recebido, na quinta-feira, 123.601 nigerianos e 125.991 estavam em Yobe. Em Taraba, havia 81.790, além de 11.483 em Gombe e 46.419 em um espaço do estado de Bauchi.
Só da cidade de Bago, principal alvo da ação do Boko Haram, cerca de 3,2 mil pessoas buscaram abrigo em campos da região.
Imagens de satélite divulgadas esta semana pela Anistia Internacional e pela Human Rights Watch mostram que a cidade às margens do Lago Chade, no estado de Borno, foi praticamente dizimada.
Em colaboração com o Comitê Internacional da Cruz Vermelha, a Nema tem distribuído alimentos, água, medicamentos, roupas, cobertores e outros artigos essenciais.
A violência tem obrigado muitos nigerianos a cruzar as fronteiras com países vizinhos. Camarões e, principalmente, a República do Níger receberam vários desses desalojados.
No Níger, segundo a Cruz Vermelha, mais de 25 mil pessoas receberam ajuda humanitária desde outubro do ano passado.
"Além de dar assistência aos feridos, precisamos fornecer, com urgência, alimentos, água potável e artigos básicos para as milhares de pessoas – a maioria mulheres e crianças – que continuam fugindo da violência", diz o chefe da delegação do Comitê Internacional da Cruz Vermelha, Loukas Petridis, em um comunicado em que a organização humanitária afirma que os confrontos e a segurança precária têm esvaziado as cidades e povoados fronteiriços no Nordeste da Nigéria.
Já Charles Otegbade garantiu que o governo nigeriano vem se empenhando para repatriar essas pessoas.
Daqui a menos de um mês, a Nigéria realizará novas eleições presidenciais e legislativas, mas segundo o presidente da Comissão Eleitoral Nacional Independente (Inec), Attahiru Jega, é pouco provável que o pleito ocorra em áreas ocupadas pelo Boko Haram.
“Há áreas ocupadas por insurgentes e, obviamente, é lógico que as eleições não são suscetíveis de ocorrer nessas áreas”, disse Jega essa semana.
Na última quinta-feira (15), o atual presidente, Goodluck Jonathan, que concorrerá à reeleição, fez uma visita surpresa a Maiduguri, onde conversou com civis refugiados em um acampamento e soldados que lutam contra o grupo radical.
Jonathan não viajava à região desde o primeiro semestre de 2014, quando foi declarado estado de emergência.
O clima de terror que os ataques do grupo radical islâmico Boko Haram espalharam pelo Nordeste da Nigéria nos últimos meses já obrigou cerca de 900 mil nigerianos a deixar seus lares e pertences e migrar para outras localidades em busca de proteção, comida e medicamentos.
Segundo a Agência Nacional de Gestão de Emergência (Nema), na última quinta-feira (15), o total de deslocados pela ação extremista do Boko Haram chegava a 868.235.
Parte dessas pessoas em fuga está abrigada em um dos 20 acampamentos montados pelas autoridades nigerianas para receber os necessitados.
Além dos que fogem do Boko Haram, os acampamentos abrigam uma parcela dos 66.087 nigerianos afetados por desastres naturais recentes.
Segundo o diretor de Busca e Salvamento da agência, Charles Otegbade, apenas os cinco campos que mais receberam refugiados abrigavam, há quatro dias, 389.284 pessoas.
Só Adamawa havia recebido, na quinta-feira, 123.601 nigerianos e 125.991 estavam em Yobe. Em Taraba, havia 81.790, além de 11.483 em Gombe e 46.419 em um espaço do estado de Bauchi.
Só da cidade de Bago, principal alvo da ação do Boko Haram, cerca de 3,2 mil pessoas buscaram abrigo em campos da região.
Imagens de satélite divulgadas esta semana pela Anistia Internacional e pela Human Rights Watch mostram que a cidade às margens do Lago Chade, no estado de Borno, foi praticamente dizimada.
Em colaboração com o Comitê Internacional da Cruz Vermelha, a Nema tem distribuído alimentos, água, medicamentos, roupas, cobertores e outros artigos essenciais.
A violência tem obrigado muitos nigerianos a cruzar as fronteiras com países vizinhos. Camarões e, principalmente, a República do Níger receberam vários desses desalojados.
No Níger, segundo a Cruz Vermelha, mais de 25 mil pessoas receberam ajuda humanitária desde outubro do ano passado.
"Além de dar assistência aos feridos, precisamos fornecer, com urgência, alimentos, água potável e artigos básicos para as milhares de pessoas – a maioria mulheres e crianças – que continuam fugindo da violência", diz o chefe da delegação do Comitê Internacional da Cruz Vermelha, Loukas Petridis, em um comunicado em que a organização humanitária afirma que os confrontos e a segurança precária têm esvaziado as cidades e povoados fronteiriços no Nordeste da Nigéria.
Já Charles Otegbade garantiu que o governo nigeriano vem se empenhando para repatriar essas pessoas.
Daqui a menos de um mês, a Nigéria realizará novas eleições presidenciais e legislativas, mas segundo o presidente da Comissão Eleitoral Nacional Independente (Inec), Attahiru Jega, é pouco provável que o pleito ocorra em áreas ocupadas pelo Boko Haram.
“Há áreas ocupadas por insurgentes e, obviamente, é lógico que as eleições não são suscetíveis de ocorrer nessas áreas”, disse Jega essa semana.
Na última quinta-feira (15), o atual presidente, Goodluck Jonathan, que concorrerá à reeleição, fez uma visita surpresa a Maiduguri, onde conversou com civis refugiados em um acampamento e soldados que lutam contra o grupo radical.
Jonathan não viajava à região desde o primeiro semestre de 2014, quando foi declarado estado de emergência.