Mundo

Centristas ganham as legislativas da Letônia, segundo primeiras pesquisas

Se o resultado se confirmar, Nova Unidade deverá ser a agremiação que comandará o parlamento do país do Mar Báltico

O primeiro-ministro Krisjanis Karins deposita seu voto na urna em 1º de outubro de 2022 em Sigulda (Letônia) (© Agence France-Presse/AFP)

O primeiro-ministro Krisjanis Karins deposita seu voto na urna em 1º de outubro de 2022 em Sigulda (Letônia) (© Agence France-Presse/AFP)

O partido centrista Nova Unidade venceu as eleições parlamentares realizadas neste sábado, 1, na Letônia, segundo uma pesquisa de boca de urna, enquanto os partidos próximos à minoria russa parecem ter sofrido um revés.

O partido Nova Unidade do atual primeiro-ministro, Krisjanis Karins, obteria 22,5% dos votos, à frente da Lista Unificada (Verdes e partidos regionais, 11,5%) e dos Verdes e Camponeses (centro-direita, 10,9%).

Depois deles, a Aliança Nacional (centro-direita, 8,4%) e os Progressistas (social-democratas, 8,3%).

"Os resultados eleitorais parecem promissores para o meu partido, mas é muito cedo para dizer mais", declarou Karins à AFP após o anúncio dos números.

Se confirmados, os resultados devem aumentar as chances de Karins ser encarregado pelo presidente Egils Levits de formar um novo governo quando o novo Parlamento começar a funcionar no início de novembro.

Sobre a possível ameaça da Rússia no contexto da guerra na Ucrânia, Karins disse: "Nem eu, nem meu governo, nem meu país reagimos por medo (...). Continuaremos investindo na nossa própria defesa como Estado-membro da Otan".

Karins espera que as consultas sobre a formação de um novo governo comecem na segunda-feira.

A pesquisa divulgada pela agência LETA e pela televisão pública LSM também confirma o declínio do partido social-democrata Harmonia, próximo da minoria russófona (30% da população), a quem são atribuídos 3,5% dos votos, portanto não deverá ter nenhum deputado do novo Parlamento.

Outro partido apoiado por uma parte da comunidade de língua russa, chamado "Estabilidade!" mal ultrapassa o limite de elegibilidade com 5,4%, enquanto seu concorrente, a União dos Russos da Letônia, considerado pró-Kremlin, fica com 3,2%.

Alguns letões de língua russa consideram que o comportamento de outros letões em relação a eles se deteriorou desde o início da guerra e que a sua identidade linguística e cultural está sendo questionada.

"É muito provável que Karins consiga que o presidente Egils Levits o nomeie para formar seu segundo gabinete, mas o sucesso dessa tentativa dependerá de quantos partidos pequenos ultrapassarem o limite de elegibilidade de 5% e se concordam em apoiar Karins", disse o cientista político Marcis Krastins à AFP antes da votação.

Mais de Mundo

Trump nomeia Keith Kellogg como encarregado de acabar com guerra na Ucrânia

México adverte para perda de 400 mil empregos nos EUA devido às tarifas de Trump

Israel vai recorrer de ordens de prisão do TPI contra Netanyahu por crimes de guerra em Gaza

SAIC e Volkswagen renovam parceria com plano de eletrificação