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CCG convoca reunião para tratar relações com o Irã

O CCG é integrado pela Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Kuwait, Bahrein, Catar e Omã, alguns dos quais romperam suas relações diplomáticas com o Irã


	Embaixada saudita: a reunião do CCG vai acontecer um dia antes de um encontro similar da Liga Árabe
 (Mehdi Ghasemi / Reuters)

Embaixada saudita: a reunião do CCG vai acontecer um dia antes de um encontro similar da Liga Árabe (Mehdi Ghasemi / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 5 de janeiro de 2016 às 11h26.

Riad - O Conselho de Cooperação do Golfo (CCG) convocou nesta terça-feira uma reunião extraordinária para o próximo sábado a fim de estudar as repercussões regionais do recente ataque contra a embaixada e o consulado sauditas no Irã.

Segundo um comunicado do CCG, a reunião será presidida pelo chefe da diplomacia saudita, Adel al Yubeir, cujo país desempenha a presidência rotatória do Conselho de Ministros Exteriores do organismo regional.

O CCG é integrado pela Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Kuwait, Bahrein, Catar e Omã, alguns dos quais romperam suas relações diplomáticas com o Irã.

Após os ataques do sábado passado a suas sedes diplomáticas, a Arábia Saudita decidiu no domingo romper suas relações com o Irã e deu 48 horas aos diplomatas desse país para abandonar o reino.

Ontem, Bahrein e Sudão deram o mesmo passo e cortaram seus laços diplomáticos com o Irã, enquanto os Emirados Árabes diminuíram sua representação a nível de um encarregado de negócios.

Por sua vez, as autoridades kuwaitianas chamaram hoje a consultas seu embaixador em Teerã.

A reunião do CCG vai acontecer um dia antes de um encontro similar da Liga Árabe, que convocou ontem os ministros árabes de Relações Exteriores para o próximo domingo com o objetivo de condenar o ataque contra as legações diplomáticas sauditas.

Os ataques à embaixada saudita em Teerã e ao consulado na cidade iraniana de Mashhad ocorreram depois da execução do clérigo xiita Nimr Baqir al Nimr por parte das autoridades de Riad.

A morte de Al Nimr suscitou uma onda de críticas e penas por parte da comunidade xiita do Oriente Médio, assim como distúrbios nos países com população xiita, como Bahrein, e na província saudita de Al Qatif, de onde era original o clérigo.

Al Nimr foi condenado à morte por desobedecer as autoridades e instigar a violência sectária com o apoio aos protestos contra o governo saudita em 2011 e 2012, que ocorreram principalmente em Al Qatif.

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