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Casa Branca: mudar de presidente não poupa BP

Governo dos EUA reafirma responsabilidade da BP em fechar o poço, limpar os estragos da maré negra e indenizar os que foram prejudicados

Mesmo que Tony Hayward seja substituido da presidência, BP ainda deverá cumprir com suas responsabilidades (Alex Wong/AFP)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h37.

Washington - A Casa Branca advertiu nesta segunda-feira o grupo britânico BP de que a eventual substituição de seu polêmico presidente, Tony Hayward, em nada muda sua obrigação de limpar o petróleo derramado no Golfo do México e indenizar as vítimas do desastre ambiental.

"O presidente da BP (...) se decidir ir embora, é uma coisa", disse o porta-voz da Casa Branca, Robert Gibbs. "O que é certo é que a BP não pode nem deve deixar o golfo sem cumprir com sua responsabilidade de fechar o poço, limpar os estragos causados (pelo óleo derramado) e indenizar os que foram prejudicados", enfatizou.

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Em Londres, a imprensa anunciou como iminente a partida de Hayward, centro de críticas por sua gestão da resposta da empresa à explosão que, no dia 20 de abril, matou 11 operários da BP na plataforma Deepwater Horizon, em frente ao litoral da Louisiana.

Em um breve comunicado à Bolsa de Londres na manhã desta segunda-feira, a British Petroleum (BP ) diz que "tomou nota de especulações na imprensa do final de semana sobre possíveis mudanças da direção e a carga que representam os custos da maré negra no Golfo do México".

Se as notícias se confirmarem, o diretor da BP, que trabalha para o grupo há 28 anos, tem direito a um ano de salário - ou seja, mais de um milhão de libras ou 1,2 milhão de euros -, ao que se soma uma bonificação anual de mais de dois milhões de libras e uma aposentadoria de 600.000 libras por ano.

Segundo a BBC, ele deverá ser substituído pelo americano Bob Dudley, que em junho já havia assumido a direção efetiva das operações do grupo petroleiro contra a maré negra no Golfo do México, até então comandada por Hayward.

O alto funcionário, de 52 anos, foi duramente criticado pelos Estados Unidos por sua gestão da crise.

Segundo a BBC, o presidente da BP, Carl-Henric Svanberg, chegou à conclusão de que só sua saída permitiria ao grupo tentar deixar para trás a catástrofe ambiental.

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