Carlos Gomes vence na Guiné-Bissau, mas irá ao segundo turno
O ex-premiê, que obteve 48,97% dos votos, enfrentará o ex-presidente Kumba Yalá, que ficou em segundo lugar no primeiro turno com 23,36% dos votos
Da Redação
Publicado em 21 de março de 2012 às 20h20.
Dacar - O ex-primeiro-ministro Carlos Gomes Júnior venceu as eleições presidenciais de domingo na Guiné-Bissau com 48,97% dos votos, por isso terá de disputar o segundo turno de 22 de abril com o ex-presidente Kumba Yalá.
Pelos resultados provisórios da Comissão Nacional das Eleições (CNE), Kumba Yalá - que pediu a anulação das eleições por suposta fraude - ficou em segundo lugar, com 23,36% dos votos.
Portanto, Gomes, do governante Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), e Yala, do Partido da Renovação Social (PRS, principal grupo opositor), devem se enfrentar em um segundo turno.
O terceiro candidato mais votado foi Manuel Serifo Nhamadjo, dissidente do PAIGC, com 15,75% dos votos, enquanto em quarto lugar ficou o ex-presidente Henrique Rosa, com 5,4%.
Da mesma forma que Yala, Serifo e Rosa também exigiram a anulação das eleições por suposta fraude.
As eleições - às quais foram convocados cerca de 580 mil guineanos - foram realizadas sem incidentes após a morte, em janeiro, do presidente Malam Bacai Sanha, em um hospital de Paris, sem que tenha sido divulgada a causa de sua morte.
No final da jornada eleitoral, o ex-chefe dos serviços de inteligência militar da Guiné-Bissau Samba Diallo foi assassinado em um tiroteio próximo de sua casa na capital, Bissau, informou à Agência Efe o ministro da Defesa, Baciro Dja.
Dja disse que está investigando a 'execução' do coronel Diallo, que relacionou com antigas desaparições políticas.
Algumas versões não confirmadas oficialmente atribuem a um acerto de contas o assassinato do ex-responsável pela Inteligência militar com o ex-chefe do Estado-Maior José Zamora, substituídos do comando em 2010 em um levante militar.
No entanto, Dja disse que não considerava que o assassinato estivesse diretamente relacionado com as eleições.
As eleições aconteceram em um ambiente de instabilidade política que devasta o país, desde que ele se tornou independente de Portugal em 1974, devido a uma série de enfrentamentos armados, golpes de Estado e motins.
Desde 2000, nenhum dos presidentes escolhidos completou os cinco anos de mandato neste país da África Ocidental.
Guiné-Bissau, que faz fronteira com o Senegal e com Guiné Conacri, tem uma renda per capita e um nível de desenvolvimento dos mais baixos do mundo.
Além disso, o país se transformou nos últimos anos em um grande lugar de passagem do tráfico de drogas que chega à Europa procedente da América Latina.
Dacar - O ex-primeiro-ministro Carlos Gomes Júnior venceu as eleições presidenciais de domingo na Guiné-Bissau com 48,97% dos votos, por isso terá de disputar o segundo turno de 22 de abril com o ex-presidente Kumba Yalá.
Pelos resultados provisórios da Comissão Nacional das Eleições (CNE), Kumba Yalá - que pediu a anulação das eleições por suposta fraude - ficou em segundo lugar, com 23,36% dos votos.
Portanto, Gomes, do governante Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), e Yala, do Partido da Renovação Social (PRS, principal grupo opositor), devem se enfrentar em um segundo turno.
O terceiro candidato mais votado foi Manuel Serifo Nhamadjo, dissidente do PAIGC, com 15,75% dos votos, enquanto em quarto lugar ficou o ex-presidente Henrique Rosa, com 5,4%.
Da mesma forma que Yala, Serifo e Rosa também exigiram a anulação das eleições por suposta fraude.
As eleições - às quais foram convocados cerca de 580 mil guineanos - foram realizadas sem incidentes após a morte, em janeiro, do presidente Malam Bacai Sanha, em um hospital de Paris, sem que tenha sido divulgada a causa de sua morte.
No final da jornada eleitoral, o ex-chefe dos serviços de inteligência militar da Guiné-Bissau Samba Diallo foi assassinado em um tiroteio próximo de sua casa na capital, Bissau, informou à Agência Efe o ministro da Defesa, Baciro Dja.
Dja disse que está investigando a 'execução' do coronel Diallo, que relacionou com antigas desaparições políticas.
Algumas versões não confirmadas oficialmente atribuem a um acerto de contas o assassinato do ex-responsável pela Inteligência militar com o ex-chefe do Estado-Maior José Zamora, substituídos do comando em 2010 em um levante militar.
No entanto, Dja disse que não considerava que o assassinato estivesse diretamente relacionado com as eleições.
As eleições aconteceram em um ambiente de instabilidade política que devasta o país, desde que ele se tornou independente de Portugal em 1974, devido a uma série de enfrentamentos armados, golpes de Estado e motins.
Desde 2000, nenhum dos presidentes escolhidos completou os cinco anos de mandato neste país da África Ocidental.
Guiné-Bissau, que faz fronteira com o Senegal e com Guiné Conacri, tem uma renda per capita e um nível de desenvolvimento dos mais baixos do mundo.
Além disso, o país se transformou nos últimos anos em um grande lugar de passagem do tráfico de drogas que chega à Europa procedente da América Latina.