Capriles pede formalmente recontagem dos votos na Venezuela
Líder opositor explicou na terça-feira que junto com a solicitação seria entregue uma relação das diversas irregularidades ocorridas durante votação de domingo
Da Redação
Publicado em 17 de abril de 2013 às 20h36.
A oposição venezuelana apresentou nesta quarta-feira um pedido formal ao Conselho Nacional Eleitoral (CNE) para a recontagem de 100% dos votos das eleições presidenciais de domingo, informou o líder opositor Henrique Capriles , derrotado por uma pequena margem pelo chavista Nicolás Maduro no domingo.
"O Comando (Simón Bolívar) está no CNE para exigir a recontagem e a revisão dos votos e das atas eleitorais", escreveu Capriles no Twitter.
"Já apresentamos" o pedido, confirmou à AFP uma fonte da campanha de Capriles, governador do estado de Miranda.
Capriles explicou na terça-feira que junto com a solicitação seria entregue uma relação das diversas irregularidades ocorridas durante a votação de domingo.
Em reunião com 20 governadores chavistas, Maduro disse nesta quarta-feira que apoiará a decisão do CNE, mas recordou que diante da estreita margem de votos, já se realizou uma auditoria sobre 54% dos votos, como determina a lei.
"O que o poder eleitoral decidir em torno do pedido da oposição vamos apoiar total e plenamente porque eles são a autoridade para todo o material eleitoral no país", destacou Maduro.
A presidente do Supremo Tribunal de Justiça (TSJ), Luisa Estela Morales, garantiu nesta quarta-feira que "não existe" no país contagem manual de votos, como solicita Capriles, porque o sistema eleitoral é eletrônico.
"Na Venezuela, desde a Constituição de 1999 se eliminou a forma manual dos processos eleitorais. Na Venezuela, o sistema eleitoral é absolutamente sistematizado, de modo que a contagem nanual não existe".
A presidente do TSJ observou que "estão enganadas as pessoas que acreditam que este tipo de contagem pode ocorrer", e que isto "incita o início de uma luta sem fim nas ruas".
Maduro obteve 50,8% dos votos, contra 49% para Capriles, e venceu por uma diferença de 265.000 votos.
Na noite de domingo, logo após a divulgação dos resultados, Maduro defendeu uma auditoria sobre todas as urnas para "não deixar dúvidas" sobre o resultado.
"Solicito oficialmente ao Conselho Nacional Eleitoral a realização de uma auditoria (...) para que não fique dúvida sobre os resultados eleitorais", disse Maduro a uma multidão de chavistas reunida diante do Palácio Presidencial de Miraflores.
Na segunda-feira, Maduro mudou o discurso e acusou a oposição de golpismo por tentar "vulnerar a maioria democrática" ao ignorar os resultados e pedir a recontagem dos votos.
"Maioria é maioria e isso deve ser respeitado. Na democracia não se pode tentar emboscadas, tramas para vulnerar a soberania popular, a vontade popular (...) Isso só tem um nome: golpismo".
A oposição venezuelana apresentou nesta quarta-feira um pedido formal ao Conselho Nacional Eleitoral (CNE) para a recontagem de 100% dos votos das eleições presidenciais de domingo, informou o líder opositor Henrique Capriles , derrotado por uma pequena margem pelo chavista Nicolás Maduro no domingo.
"O Comando (Simón Bolívar) está no CNE para exigir a recontagem e a revisão dos votos e das atas eleitorais", escreveu Capriles no Twitter.
"Já apresentamos" o pedido, confirmou à AFP uma fonte da campanha de Capriles, governador do estado de Miranda.
Capriles explicou na terça-feira que junto com a solicitação seria entregue uma relação das diversas irregularidades ocorridas durante a votação de domingo.
Em reunião com 20 governadores chavistas, Maduro disse nesta quarta-feira que apoiará a decisão do CNE, mas recordou que diante da estreita margem de votos, já se realizou uma auditoria sobre 54% dos votos, como determina a lei.
"O que o poder eleitoral decidir em torno do pedido da oposição vamos apoiar total e plenamente porque eles são a autoridade para todo o material eleitoral no país", destacou Maduro.
A presidente do Supremo Tribunal de Justiça (TSJ), Luisa Estela Morales, garantiu nesta quarta-feira que "não existe" no país contagem manual de votos, como solicita Capriles, porque o sistema eleitoral é eletrônico.
"Na Venezuela, desde a Constituição de 1999 se eliminou a forma manual dos processos eleitorais. Na Venezuela, o sistema eleitoral é absolutamente sistematizado, de modo que a contagem nanual não existe".
A presidente do TSJ observou que "estão enganadas as pessoas que acreditam que este tipo de contagem pode ocorrer", e que isto "incita o início de uma luta sem fim nas ruas".
Maduro obteve 50,8% dos votos, contra 49% para Capriles, e venceu por uma diferença de 265.000 votos.
Na noite de domingo, logo após a divulgação dos resultados, Maduro defendeu uma auditoria sobre todas as urnas para "não deixar dúvidas" sobre o resultado.
"Solicito oficialmente ao Conselho Nacional Eleitoral a realização de uma auditoria (...) para que não fique dúvida sobre os resultados eleitorais", disse Maduro a uma multidão de chavistas reunida diante do Palácio Presidencial de Miraflores.
Na segunda-feira, Maduro mudou o discurso e acusou a oposição de golpismo por tentar "vulnerar a maioria democrática" ao ignorar os resultados e pedir a recontagem dos votos.
"Maioria é maioria e isso deve ser respeitado. Na democracia não se pode tentar emboscadas, tramas para vulnerar a soberania popular, a vontade popular (...) Isso só tem um nome: golpismo".