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Canadá diz que se oporá à admissão da Palestina

Ministro das Relações Exteriores destacou na Câmara dos Comuns canadense que amanhã participará da Assembleia Geral da ONU para defender a posição de seu país

Primeiro-ministro canadense, Stephen Harper, se reuniu brevemente na sede das Nações Unidas em Nova York com Mahmoud Abbas (©AFP/Pool/File / Rogerio Barbosa)
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Da Redação

Publicado em 28 de novembro de 2012 às 19h03.

Toronto (Canadá) - O ministro das Relações Exteriores do Canadá , John Baird, disse nesta quarta-feira que o Canadá se oporá à admissão da Palestina como Estado-observador das Nações Unidas e advertiu que sua adesão afetará as relações com a Autoridade Nacional Palestina (ANP).

Baird destacou na Câmara dos Comuns canadense que amanhã participará da Assembleia Geral da ONU para defender a posição de seu país.

''Viajarei amanhã para emitir o voto do Canadá. O que não vamos apoiar é a ação unilateral da Autoridade Palestina na ONU. Estaremos junto do Estado judeu, com o povo de Israel'', declarou Baird.

''Estamos extremamente decepcionados com a Autoridade Palestina pelas ações que estão tomando. É óbvio que isto afetará nossas relações'', acrescentou.

Meios de comunicação canadenses revelaram nos últimos meses que o Governo esteve pressionando vários países que considera próximos para que votem contra os palestinos.

Além disso, o jornal ''The Globe and Mail'' informou na segunda-feira que o primeiro-ministro canadense, Stephen Harper, se reuniu brevemente na sede das Nações Unidas em Nova York com Mahmoud Abbas, líder da Autoridade Palestina, e o ameaçou com ''consequências'' se mantivesse sua posição.

Segundo o jornal, Canadá ameaçou a ANP com o fechamento de sua delegação em Ottawa, que funciona de forma efetiva como a embaixada da Autoridade Palestina, e a expulsão de seu representante.


De acordo com os documentos oficiais aos quais o ''The Globe and Mail'' teve acesso, o Canadá também poderia suspender a ajuda econômica que Ottawa se comprometeu a entregar à Autoridade Palestina e que representa dezenas de milhões de dólares ao ano.

Em abril se soube que Baird entrou em contato com Chile, Panamá e El Salvador, países com os quais Ottawa tem estreitas relações políticas e comerciais, para que votassem contra o pedido palestino.

Além disso, Baird tentou ganhar o apoio dos ministros das Relações Exteriores de Coreia do Sul, Austrália, Nova Zelândia, Cingapura e Tailândia.

Harper e Baird indicaram em várias ocasiões que o Canadá é o aliado mais fiel de Israel no mundo todo e apoiaram de forma incondicional as políticas de Israel desde que o Partido Conservador do Canadá chegou ao poder em 2006.

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Toronto (Canadá) - O ministro das Relações Exteriores do Canadá , John Baird, disse nesta quarta-feira que o Canadá se oporá à admissão da Palestina como Estado-observador das Nações Unidas e advertiu que sua adesão afetará as relações com a Autoridade Nacional Palestina (ANP).

Baird destacou na Câmara dos Comuns canadense que amanhã participará da Assembleia Geral da ONU para defender a posição de seu país.

''Viajarei amanhã para emitir o voto do Canadá. O que não vamos apoiar é a ação unilateral da Autoridade Palestina na ONU. Estaremos junto do Estado judeu, com o povo de Israel'', declarou Baird.

''Estamos extremamente decepcionados com a Autoridade Palestina pelas ações que estão tomando. É óbvio que isto afetará nossas relações'', acrescentou.

Meios de comunicação canadenses revelaram nos últimos meses que o Governo esteve pressionando vários países que considera próximos para que votem contra os palestinos.

Além disso, o jornal ''The Globe and Mail'' informou na segunda-feira que o primeiro-ministro canadense, Stephen Harper, se reuniu brevemente na sede das Nações Unidas em Nova York com Mahmoud Abbas, líder da Autoridade Palestina, e o ameaçou com ''consequências'' se mantivesse sua posição.

Segundo o jornal, Canadá ameaçou a ANP com o fechamento de sua delegação em Ottawa, que funciona de forma efetiva como a embaixada da Autoridade Palestina, e a expulsão de seu representante.


De acordo com os documentos oficiais aos quais o ''The Globe and Mail'' teve acesso, o Canadá também poderia suspender a ajuda econômica que Ottawa se comprometeu a entregar à Autoridade Palestina e que representa dezenas de milhões de dólares ao ano.

Em abril se soube que Baird entrou em contato com Chile, Panamá e El Salvador, países com os quais Ottawa tem estreitas relações políticas e comerciais, para que votassem contra o pedido palestino.

Além disso, Baird tentou ganhar o apoio dos ministros das Relações Exteriores de Coreia do Sul, Austrália, Nova Zelândia, Cingapura e Tailândia.

Harper e Baird indicaram em várias ocasiões que o Canadá é o aliado mais fiel de Israel no mundo todo e apoiaram de forma incondicional as políticas de Israel desde que o Partido Conservador do Canadá chegou ao poder em 2006.

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