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Campanha de Fillon desafia Hollande e marca manifestação em Paris

Fillon prometeu nesta semana lutar "até o final" por sua campanha apesar de seu envolvimento um crescente escândalo financeiro

François Fillon: candidato negou novamente nesta semana quaisquer atos irregulares e aumentou seus ataques contra o judiciário (Jean-Paul Pelissier/Reuters)
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Reuters

Publicado em 3 de março de 2017 às 08h45.

Última atualização em 3 de março de 2017 às 08h45.

Uma manifestação planejada em apoio a François Fillon será um "momento importante" na eleição presidencial francesa , disse um parlamentar apoiador do candidato conservador, e seguirá em frente no domingo contrariando a vontade do presidente francês, François Hollande.

Fillon prometeu nesta semana lutar "até o final" apesar de seu envolvimento um crescente escândalo financeiro pelo qual será colocado sob investigação formal neste mês. Ele se queixou de uma suposta inclinação política do Judiciário e da mídia que levou a um "assassinato político".

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Os ataques do ex-primeiro-ministro geraram críticas do presidente Hollande, que disse na quinta-feira que uma marcha próxima à praça central de Paris dedicada aos direitos humanos não deve ser realizada.

"Você verá dezenas de milhares", disse o senador conservador Bruno Retailleau à rádio Europa 1. "Domingo será uma data importante, um momento importante".

Acusações de que Fillon pagou à esposa centena de milhares de euros com dinheiro público por trabalhos que ela não realizou afetaram sua reputação como um político honesto e tiraram seu favoritismo na eleição.

Pesquisas de opinião mostram a líder da extrema-direita, Marine Le Pen, vencendo o primeiro turno, enquanto Emmanuel Macron, ex-banqueiro e ex-ministro da Economia, venceria uma disputa no segundo turno contra Le Pen.

Fillon negou novamente nesta semana quaisquer atos irregulares e aumentou seus ataques contra o judiciário.

Hollande, em visita à Córsega na quinta-feira, pediu responsabilidade da campanha de Fillon e cancelamento da manifestação.

"Não podemos ter manifestações em nosso país, em nossa república, que questionem nossas instituições, o trabalho do judiciário ou de nossa polícia no meio de uma investigação", disse o presidente.

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