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Caminhões de água tentam resfriar reator 3 de Fukushima

Nível de radiação ao redor da central chegava nesta quinta a 3 mil microsievert por hora, enquanto patamar considerado seguro é de mil microsievert por ano

Exame após acidente nuclear em Fukushima: Japão retirou 200 mil pessoas do local (©AFP Yomiuri Shimbun)
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Da Redação

Publicado em 17 de março de 2011 às 10h21.

Tóquio - As equipes de emergência do complexo nuclear de Fukushima começaram nesta quinta-feira a utilizar caminhões com canhões de água para tentar resfriar o reator 3 da usina, horas depois de dois helicópteros jogarem água do mar sobre o local.

Segundo a emissora de televisão pública "NHK", vários caminhões das Forças de Autodefesa e da Polícia com canhões de água começaram as operações na unidade 3, onde os esforços se concentram em reduzir a temperatura da piscina de combustível.

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Além disso, os responsáveis da empresa Tepco, operadora da usina, trabalham contra o relógio para devolver eletricidade à central e assim reativar, pelo menos parcialmente, o sistema de refrigeração do complexo, danificado pelo terremoto e posterior tsunami do último dia 11.

Nesta manhã, helicópteros militares lançaram toneladas de água do mar sobre a usina, sem que isso conseguisse reduzir os altos índices de radiação da zona, informou a Tepco.

O nível de radiação ao redor da central, onde se encontram cerca de 50 funcionários, chegava nesta quinta-feira a 3 mil microsievert por hora - enquanto o patamar considerado seguro para a saúde humana é de 1 mil microsievert por ano.


O Governo do Japão, no entanto, afirma que não há planos de ampliar o perímetro de segurança além do raio já estabelecido de 20 quilômetros da usina de Fukushima e da orientação para aqueles que vivem entre 20 e 30 quilômetros de não saírem de suas casas, fecharem as janelas e evitarem usar os aparelhos de ar-condicionado.

A Agência de Segurança Nuclear do Japão destacou que a prioridade é resfriar com a água suficiente os reatores 3 e 4, e especialmente suas piscinas de combustível atômico.

Estas servem para guardar o combustível já utilizado submerso em água a fim de evitar superaquecimento. Se o nível de água diminuir, a alta de temperatura pode chegar a provocar fogo e, portanto, nuvens de material radioativo.

Segundo os ocupantes de um dos helicópteros militares que sobrevoaram a área, ainda era possível ver água na piscina da unidade 4, indicou a Tepco. Por isso, o reator 3 foi considerado prioritário.

As piscinas dessas duas unidades estavam situadas perto do teto do edifício que abrigava os reatores, mas este ficou seriamente danificado por causa de explosões de hidrogênio.

O Governo do Japão evacuou mais de 200 mil pessoas em um raio de 20 quilômetros em torno da central.

A embaixada dos Estados Unidos no Japão, por sua vez, recomendou nesta quinta-feira aos cidadãos americanos em um raio de 80 quilômetros da usina que abandonem a área.

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